CAPÍTULO 16

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Park Jimin

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Park Jimin

Acordei na manhã seguinte, enrolado em meio aos lençóis da cama macia do quarto do Jungkook.

Ele permitiu que eu dormisse sozinho em seu quarto, para o meu completo alívio. Bom, ele deve ter dormido no sofá e espero que não acorde de mau humor.

Ergo os meus olhos para o teto branco e respiro fundo, tentando aliviar a minha mente dos pensamentos que tanto a perturbavam ultimamente.

Antes de dormir eu mandei uma mensagem para Jiyoung, avisando que não iria dormir em casa, mas que durante a tarde de hoje, eu ia voltar pra sua casa.

Eu tenho tantas coisas para resolver.

Escutei duas batidas vindo da porta do quarto e passei a mão pelo meu cabelo, tentando parecer um pouco mais apresentável diante do moreno.

Jungkook entrou no cômodo com uma bandeja de café nas mãos e ficou me encarando estranho, então foi se aproximando de mim e parou na minha frente, sorrindo.

— Anda, senta aí pra tomar café. — Ele disse, como se fosse um ordem. Revirei os meus olhos, estava muito bom para ser verdade.

Apoiei as mãos na cama e me levantei, olhando para a bandeja; havia pães, queijo, presunto, alguns morangos e uvas verdes, iogurte e um copo de café e outro copo com leite até a metade.

— Acho que não vou conseguir comer isso tudo. — Murmurei, quando ele colocou a bandeja no meu colo.

— Não precisa comer tudo, só o suficiente.

— Jungkook, você tem uma escova de dentes?

— Só tenho uma pra mim, mas posso pedir uma pra você, se quiser.

— Oh, não, então deixa. Mas obrigado por oferecer, e também obrigado pelo café da manhã. Tudo parece ótimo. — O elogiei e vi as covinhas surgindo em suas bochechas. — Eu vou para casa daqui a pouco e então eu escovo meus dentes lá, sem problemas.

Seu semblante se fechou na mesma hora, após escutar as minha palavras, percebi seus dedos se fechando em punho. Eu fiquei parado esperando a sua reação.

— Você não vai poder sair dessa casa durante um tempo, Jimin.

— Ué, como assim? Vai me manter prisioneiro?

— Isso não é porquê eu quero, e sim, pelo quê aconteceu ontem quando você estava na moto com o Hoseok.

— Mas já passou, eu estou bem e o Hoseok também. Ele não quer me levar para casa, é isso?

— Não, eu vou ser bem sincero contigo agora. — Ele fez uma pausa e começou a me olhar com pena. — Você não vai poder sair por um tempo porquê seu rosto está nos noticiários.

— O quê?

— Sim, você apareceu no jornal da madrugada e no dessa manhã. Os policiais que estavam atrás do Hoseok, tinham uma câmera no carro, eles filmaram a fuga e a imagem está bem nítida do seu rosto.

— Não posso acreditar nisso.. — Comecei a me desesperar, colocando a bandeja de lado na cama, pronto para me levantar. — Me diz que você está inventando isso tudo, por favor?

— Infelizmente não estou, eu queria estar Jimin. Sinto muito, mas pelo menos eles ainda não sabem seu nome.

— E no que isso me ajuda?! — Gritei.

— Sua ficha é limpa e você ainda é menor de idade, então com certeza não vai ser preso.

— Nossa, que ótimo. Uma ficha limpinha pra ficar suja! — Joguei meus braços para cima e depois os abaixei, quase descontrolado.

— Você precisa ficar calmo agora.

— Como eu posso ficar calmo sabendo de uma coisa dessas, Jungkook? Com certeza você é maluco. — Me levantei, andando de um lado para o outro no quarto. — Perdi até a fome.

— Mano, eu tô tentando ser paciente contigo, então come a porra do café que eu fiz pra você. — Ele disse.

— Eu quero ir embora agora. Se for pra eu ficar preso, vou ficar na casa da minha tia sem sair de lá. — Cruzei os meus braços.

— Tu não pode ficar lá, certamente vai ser o primeiro lugar que os canas vão ir te procurar. — Ele tentou se aproximar de mim, mas estendi os meus braços, não querendo nenhum contato.

— Se me acharem, o máximo que podem fazer é me darem uma bronca, me entregarem para os meus pais. E quer saber? A culpa é deles mesmo, por me fazer vir morar nesse maldito lugar. — Gritei.

— Uma bronca? Mano, eles vão te comer na porrada até você entregar o Hoseok. — Jungkook riu. — Eles vão querer arrancar tudo de você, vão te fazer falar tudo o quê você sabe e viu.

— Mas eu não vi nada.

— Não? Você está na droga da minha segunda casa, e lá na frente meus homens estão enchendo saquinhos de drogas, enrolando baseados pra vender. Tu viu tudo! — Ele começou a se alterar, apontando pro lado de fora da casa.

— Mas eu não pedi pra vir aqui, foi o Hoseok que mandou eu te procurar em meio a fuga da polícia. Sem falar que foi você que mandou ele me chamar. — O acusei, sentindo meus olhos ficarem marejados. — A culpa disso tudo é somente sua.

— Quer saber, Jimin? Foda-se. Eu só queria te ver mais uma vez. Fiquei descontrolado quando aquele merdinha ousou querer transar com você. — Ele disse e foi andando até a porta para sair do quarto. — É tão errado ficar perto de quem a gente gosta?

𝐍𝐚 𝐦𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐧𝐨 • 𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤Onde histórias criam vida. Descubra agora