"Nós todos estamos na beira de um penhasco. A escolha é se queremos ir a força e gritando. Ou se queremos abrir nossos olhos e corações para ver o que acontece enquanto caímos."- Desconhecido
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Houve um momento parado no ar ou no tempo e Soraya sabe que houve porque as horas estavam passando e ela continuava não sentindo o espaço do mundo.
Simone era a culpada, com certeza, tudo o que englobava ela a tornava perdida.
Elas ainda estavam na clareia, e o sol estava sinais de que iria se esconder nas nuvens logo logo, as próprias nuvens se tornando pesadas e escuras, mas nenhuma das duas conseguia se mexer ainda. Simone continuava com a blusa aberta, e Soraya tinha a cabeça repousada em seu peito, a mão dela acariciava e penteava seus cabelos, enquanto a outra segurava a sua em cima da barriga dela.
Simone ainda se sentia letárgica com tudo, e também não conseguia se acostumar com aquilo, aquela necessidade de querer ficar perto de Soraya a cada segundo, mesmo que ela tivesse feito aquilo a tarde toda.
Talvez as palavras dela também tenham lhe causada aquele efeito sufocante e intenso.
Apaixonada.
Ela não disse gostar, encantada, admirada... ela estava apaixonada. E ela conseguia sentir o coração dela batendo contra seu peito naquele momento, o coração que estava apaixonado por ela.
Você é toda a minha existência... desde que eu me lembro. Foi só o que ela conseguiu respondê-la, era a verdade mais absoluta nela.
— Me diz o que está pensando - Pediu e ela finalmente tirou os olhos de seus peitos enquanto aproveitava os últimos resquícios do sol sobre ela, se apoiando no cotovelo para poder olhar em seus olhos. - Ainda não saber é estranho.
Ela deu um sorriso sarcástico.
— Sabe de uma coisa, todos se sentem assim o tempo todo - Falou.
— Isso é uma vida difícil. Mas você ainda não me respondeu.
— Eu queria saber o que você estava pensando...
— E?
— Não sei, quando você me respondesse eu iria pensar mais - Ela disse naturalmente, voltando a se deitar em seu peito, e ela riu. - Eu achei que... Você fosse como pedra - Falou hesitante.
— E eu sou.
— Não, você é macia - Contrariou, apertando gentilmente sua mão que segurava a dela.
— Sou, é?
— Muito.
De repente Soraya se apoiou nela, se ajeitando, o que deixou seu pescoço completamente colado a boca de Simone, que a fez virar a cabeça no mesmo segundo, trincando os dentes.
— Porra - Ela xingou baixo ao sentir a garganta doer.
Seu organismo tinha tanto sangue que ela se sentia "cheia", mas ela sabia que o sangue de Soraya sempre seria atrativo para ela, fazendo seu corpo reagir a ela não importava o quanto tivesse se alimentado.
— Desculpa, desculpa - Ela pediu urgente, se afastando, mas Simone segurou sua cintura, a mantendo perto.
— Calma, está tudo bem - Falou devagar, a garganta em brasa, como se tivesse sido cortada.
— Eu esqueci - Ela sussurrou lamentável.
Simone a encarou, e então se sentou, deixando Soraya ao seu lado, ainda a tocando, mas se mantendo mais afastada, tentando se livrar da sensação.
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50 Tons De Um Crepúsculo ( Versão Simoraya ) PAUSADA
Science FictionO perigo sobrenatural, as incertezas do começo da vida adulta; a atração, a ansiedade que antecede em cada palavra, cada gesto, e todos os medos. o clichê do amor proibido. Simone Tebet é linda, perfeita, misteriosa, e elegantemente hostil. E é uma...