Rotina real

1 0 0
                                    

 Por Betty:



- Elizabeth Cooper! Vamos, acorde. Temos muito o que fazer hoje. - acordei com os gritos de Weathearbee.

- Não...só mais cinco minutinhos. - choraminguei, cobrindo o rosto com o travesseiro.

- Nem um minuto a mais. Já dormiu o suficiente.

- São seis da manhã, Weathearbee. - olhei no despertador.

Weathearbee já estava pronto, acompanhado de duas empregadas do castelo.

- Uma princesa se levanta junto aos primeiros raios de sol. Isso significa que já está atrasada. Meninas, a aprontem! E você, princesa, levante-se. - mandou antes de sair fechando a porta.

- Bom dia, alteza. - falaram juntas.

- Bom dia...- respondi, sonolenta.

Elas me arrumaram rapidamente. Logo eu estava maquiada, com o cabelo arrumado em um coque bem preso e com minha roupa de ballet.

- Não acredito que sou obrigada a dançar! - reclamei enquanto Bianca, uma das criadas, colocava minhas sapatilhas.

- São para o seu bem, senhorita. Uma princesa que se preze dança com perfeição. E não é isso que se circula pelos corredores sobre você. - as duas deram risada. - Com todo respeito.

Não fiquei brava. Elas já cuidam de mim a bastante tempo. E eu não danço bem mesmo.

- Uma pena, porque eu não sou nada delicada. - entrei na brincadeira.

- Terá de ser, um dia. - deu um último laço.

- Talvez. Ou...posso me tornar uma guerreira. Há! - peguei minha escova de cabelo, fingindo ser uma espada. - Guerreiras não sabem dançar. - apontei a escova para seu peito.

- Sabe que seu pai nunca deixaria. - Rebeca, a mais nova, disse.

- Eu sei. - bufei.

- Então.. terá que substituí isso. - Bianca tirou a escova das minhas mãos. - Por isso. - colocou a tiara com pedras brilhantes em minha cabeça. Olhei-me no espelho com uma careta. - Vá tomar seu café. - outra ordem.

- Tenho direito de escolha?

- Não. - responderam.

Obedeci

***************************************



Por Jughead:



- Jughead! Jug! Filho, acorda! - acordei com meu pai me sacudindo. Abri os olhos sem entender nada, ainda era noite lá fora.

- Que horas são? Cinco? - apoiei-me com os cotovelos na cama.

- Hora de começar seu treinamento. - ele já estava vestido com a farda de soldado. Seu nome bordado no peito. Forsythe Pendleton Jones II. General.

Não pense que só porque ele é um soldado que nossas vidas foram mais fáceis. Isso não é motivo de honra em Riverdale, muito pelo contrário.

Meu pai herdou o título de meu avô, Forsythe I, trabalhou como guarda real, passando definitivamente para as trincheiras. Digamos que ele não teve muita sorte. A guerra lá fora é terrível. Todos os dias temos a notícia de que algum soldado foi morto na frente de batalha, mais um filho, pai, irmão, mais um de nós para a lista.

Por isso todas as vezes que meu pai saía para a guerra, eu sentia que estava o perdendo, que a qualquer momento um mensageiro bateria em nossa porta e daria a triste notícia. Mas ele sempre voltou. Com algumas cicatrizes a mais, mas ainda inteiro e vivo.

Princesa ao contrário.Onde histórias criam vida. Descubra agora