louis é um rico herdeiro que precisa urgentemente de um compromisso falso, harry é um garoto humilde e que necessita juntar dinheiro para ajudar a ong em que trabalha.
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Per Se, 10 Columbus Circle, Manhattan, NY
Péssima ideia.
Tais palavras eram as únicas presentes na mente de Harry Styles naquele momento.
Em frente ao Deutsche Bank Center, um glorioso prédio localizado em Columbus Circle, Harry sentia as mãos suarem o suficiente para nem mesmo o gélido frio da brisa nova-iorquina lhe salvar daquela situação constrangedora.
Atrás de si, o taxista abandonou o destino final, logo tornando-se apenas mais um veículo em meio a toda agitação comumente assistida pelos telespectadores da bela Big Apple.
Camisa social, calça de linho e sapatos bem lustrados eram sua armadura para aquela batalha. Talvez pudesse considerar o caro sobretudo como um escudo, que logo lhe seria retirado ao pisar no andar onde o famoso Per Se restaurant ficava localizado.
Harry respirou profundamente, seu peito enchendo-se de ar. O barulho dos sapatos sociais ressoando contra o chão encerado.
Per Se era glorioso. O belo restaurante mergulhado entre o mar de uma tradicional culinária francesa com toques americanos. Seu ambiente transparecia tamanho luxo, que até mesmo o cheiro delicioso de fragrâncias das casas mais luxuosas parecia um elemento característico seu.
Sob o olhar de um recepcionista bonito, bem vestido e dono de um nariz empinado, Harry caminhou até o limite entre o corredor e a entrada do Per Se.
— Boa noite — cumprimentou o homem — eu tenho uma reserva para hoje.
— Seu nome, por favor — pediu, abrindo o imenso livro sobre o púlpito, com uma qualificada lista de nomes escritos à mão, por uma caligrafia digna de admiração.
— Sparks — repetiu o sobrenome, analisando as informações da reserva escritas no papel — reserva para dois?
— Isso — acenou, esforçando-se para aparentar costume.
— A mesa está reservada na ala superior, portanto um privilégio exclusivo para membros do Club Per Se, poderia me mostrar seu cartão de acesso, senhor Sparks?
Harry colocou a mão em seu bolso, os dedos trêmulos encontrando dificuldades para realizar aquele simples ato de retirar o objeto.
— Aqui — o levantou no ar, em frente ao jovem homem, torcendo para que sua mão trêmula não fosse evidente naquele momento.
O olhar observador sob ele era quase desesperador para sua própria sanidade. Se sentia como alguém que havia acabado de assaltar o item mais caro do catálogo de uma loja da 5ª Avenida. Um criminoso.
— Me acompanhe, por favor.
Harry sentiu a tonelada de culpa saindo de seus ombros, a ansiedade abandonando uma parte de seus nervos antes completamente dominados pelo martírio de haver aceitado a proposta de Spencer.
