louis é um rico herdeiro que precisa urgentemente de um compromisso falso, harry é um garoto humilde e que necessita juntar dinheiro para ajudar a ong em que trabalha.
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Crown Heights, Brooklyn New York, September 28th
Um dia e uma semana haviam se passado. Nenhum contato havia sido estabelecido entre eles.
Em Hamptons soaram como a primeira maravilha. A Festa Branca fora como qualquer outra, naquele meio social, para Harry. Pessoas endinheiradas, usando trajes caros e exclusivos, e embebedando-se de champagne para usar como escapatória das monótonas conversas fúteis.
Como verdadeiro centro das atenções, o casal atrativo arrecadou olhares e elogios onde firmavam os pés. Aquela pequena conversa em particular compartilhada na primeira manhã de ambos em Hamptons não interrompeu a conexão existente entre eles.
Quanto às reais intenções de Louis para com Harry e seu "acordo" de noivado, tais haviam sido engavetadas pela mente de Harry, durante toda viagem e seu retorno para a gloriosa Manhattan. A volta para casa afastou-os como previa Louis.
Nada de mensagens, ligações ou pequenos encontros.
Louis gostaria de soar como uma pessoa realmente madura, por esse motivo respeitou o espaço de Harry, pois ele próprio havia sugerido um momento distantes para que seu companheiro pudesse compreender a situação e a si mesmo, assim decidindo o que realmente gostaria de escolher.
Louis queria o melhor para Harry, no entanto permanecia seu medo de perdê-lo.
Inúmeras vezes desejou que houvesse sido honesto quanto às suas intenções desde o princípio. Porém, o acordo e as formalidades foram usados como um modo de assegurar Harry ao seu lado, até que o ato da convivência levasse-o a perceber como poderia ser um companheiro digno.
Louis apaixonou-se rapidamente, desejava que Harry nutrisse interesse verdadeiro por ele.
E, enquanto não o correspondia verbalmente e a altura, Harry concentrava-se em seu novo cargo como diretor da ONG. Por opção sua, havia passado alguns dias da semana na casa de seus pais, sentia necessidade de um conforto familiar em meio a batalha árdua em sua mente.
Apenas ontem, na quarta-feira, retornou para seu apartamento em Crown Heights, no Brooklyn.
A solidão era óbvia, em seu peito e dentro de seu apartamento. Havia acostumado-se com a presença de Louis e o cuidado demonstrado por seu companheiro.
— Harry? — a voz feminina o retirou de seus pensamentos — pensei que houvesse ido embora a meia hora atrás.
Estava cômodo em seu assento atrás da mesa amadeirada, no pequeno escritório de diretor na ONG.
— Fiquei um pouco mais após o horário do almoço — disse a Lila — eu quis conferir se a farmácia havia recebido o pagamento dos medicamentos que foram encomendados a dois dias.
— Engraçado — ela cruzou os braços, caminhando em sua direção — porque poderia jurar que você confirmou o pagamento dos medicamentos por meio de ligação essa manhã. Eu te escutei falando no celular, enquanto você estava na área clínica.
