In The Shadows - a noite dos demônios

o bar

  A noite estava se arrastando rápido e ele preparava drinks atrás de drinks. Ele terminou de balançar a coqueteleira e despejou o conteúdo em um copo néon, pôs um canudo e um pedaço de fruta e o entregou ao garoto sorridente no balcão.
- e duas águas, por favor.
  Ele se virou e abriu o freezer, tirando duas garrafas de dentro.
- Sônia, trás outro fardo de água! – ele gritou para a outra sala. – aqui está. – e entregou as garrafas ao garoto.
- obrigado. – ele respondeu e entregou os pinks antes de sair.
  O próximo da fila se aproximou e pediu o drink, ele se apressou em limpar a coqueteleira e começar a mistura as bebidas. Depois de servir ele se apressou para atender o próximo. Se afastou e abriu a freezer para pegar a última garrafa de água alí.
- Sônia, a água! – gritou novamente.
  Ele ouviu uma batida forte vinda da outra sala.
- seus drinks. – entregou as bebidas para as garotas e elas o pagaram. Enquanto contava os pinks e os guardava na caixa ele se apressou em atender o próximo.
- duas águas, por favor.
- um instante. – ele abriu a freezer e puxou o fardo vazio. – me deem um minuto. – ele avisou e se afastou. – Sônia, cadê a água? – ele entrou na sala adjacente ao bar e paralisou.
  Havia sangue no chão. O balcão com as frutas para cortar estava uma bagunça e muitas facas estavam espalhadas pelo lugar. Algumas frutas estavam pelo chão. E num canto da parede estava Sônia de costas. Os cabelos crespos no topo da cabeça tinham umas manchas escuras e pingava.
- Sônia? O que houve? Se cortou?
  Ele deu um passo em frente e pisou no sangue.
- Sônia, você precisa ir pra enfermaria!
  Ela continuou de costas, tinha um braço erguido e mexia, ele ouviu algo molhado e a poça de sangue que vinha dos pés dela aumentou.
- Sônia... Ele tocou no ombro dela e ela se virou. Ele tropeçou para trás.
  O rosto dela estava coberto de profundos cortes, a carne estava partida e sangue escorria. Ela puxou a faca e terminou de cortar o lábio inferior fora. O pedaço cortado caiu no chão sem barulho.
- Sô... Sônia...
  Os olhos dela estavam negros e ela se virou por completo. Havia um enorme rasgo no meio de seu peito, e sua pele preta estava coberta de cortes, alguns nas pernas estavam faltando pedaços de carne, deixando o osso à mostra.
  Ela baixou o rosto e mais sangue saiu de sua boca, os dentes inferiores à mostra pela falta do lábio. Ela balançava a cabeça em espasmos, então ergueu aqueles olhos para ele e um grito rouco saiu de dentro dela.
  Então ela deu um passo em frente segurando a faca.
  Ele gritou e se virou, mas deu de cara com uma garota. Esta estava banhada em sangue, um braço estava faltando e no outro segurava um facão.
  E foi esse braço que ela ergueu e empurrou, enfiando a lâmina na barriga dele. Ele gritou, o som sendo abafado pela música alta. A garota deu alguns passos vacilantes para frente e ele encostou na bancada.
  Ela puxou o braço de volta muito devagar, e ele gritou quando a lâmina saiu de seu corpo. Sangue começou a escorrer. Ele pressionou uma mão na dor lancinante. Os olhos enchendo de água.
  A garota o fitou com olhos negros e ele tateou ao redor, segurou uma faca e esticou o braço, enfiando a lâmina no pescoço dela. Por um instante ela ficou imóvel. Mas então girou o braço com rapidez e ele ergueu as mãos para se defender, mas a lâmina zuniu no ar e cortou seus dedos fora.
  Ele gritou novamente, sangue esguichando fora de onde antes haviam dedos. Ele escorregou e caiu no chão gritando. Ele ergueu o rosto e viu quando a garota cravou o facão na própria barriga e levou a mão livre até o pescoço, segurou o cabo da faca e a puxou enquanto sorria.
  Então ela baixou o rosto para ele e uma voz extremamente grossa e desumana falou:
- essa doeu.
  Ele ouviu um guincho e virou, Sônia agora sacudia os ombros enquanto gargalhava na mesma voz, sangue escorrendo dos cortes. Ela começou a andar na direção dele.
- NÃO! SÔNIA, NÃO!  - ele gritou. Mas ela apenas segurou outra faca e deu outro passo.
  Ele chutou as pernas dela e ela caiu no chão. No mesmo instante ele sentiu quando mais sangue caiu no chão e ele ouviu quando uma faca caiu no chão. Ele virou a cabeça e viu enquanto a garota puxava o facão de dentro da barriga novamente, e quando a lâmina saiu algo molenga e cilíndrico caiu do corpo dela e balançou pendente. As entranhas dela.
- Pedro – ele se virou para a voz e viu Sônia se arrastando no sangue até ele. – Pedro, bobinho. Vamos brincar. – aquela voz cantarolou.
- NÃO!
  Ele fez menção de chutar novamente mas o facão desceu e furou seu joelho. Ele gritou novamente, lágrimas caindo dos olhos e limpando o sangue nas bochechas.
- não... Não...
  Então Sônia alcançou suas pernas, se agarrando e subindo, e quando chegou perto do facão ela expôs sua língua.
- lembra quando brincamos outra noite? – a voz extremamente grossa soou divertida. Então ela se aproximou da lâmina e lambeu o sangue. – ainda sinto seu gosto na língua, sabia? – e então ela pressionou a língua com força na lâmina e ela começou a se partir, ela arrastou para cima devagar e a língua começou a expulsar sangue enquanto se bifurcava.
  Ele chutou com a outra perna, aos berros, mas então Sônia se afastou da lâmina banhando a perna dele com sangue.
- quer saber o gosto que tem? – mais sangue saiu da boca dela.
  Foi então que a garota puxou o facão do joelho dele, mas antes que pudesse fazer algo Sônia saltou e pousou com força no peito dele, fazendo ele engasgar. Então ela vomitou sangue nele, enchendo sua boca e narinas.
  Ele gritou enquanto se debatia, e quando ela parou ele sacudiu a cabeça com força, cuspindo o sangue da boca. Ele nem teve tempo de tirar o sangue dos olhos quando o facão desceu em seu peito, ele expulsou sangue e engasgou.
  Então o facão foi puxado, e Sônia se muniu com a faca. A música alta impediu de seus gritos chegarem lá fora quando ela começou a arrancar pedaço e mais pedaço de carne dele enquanto a garota assistia dando gargalhadas demoníacas.