In The Shadows - a noite dos demônios

prólogo

  A caverna estava escura e fria, as botas faziam as poças de água escura salpicarem nas rochas pontiagudas que ladeavam todo o corredor. As lanternas que seguravam eram constantemente religadas, pois, por algum motivo, eram desligadas.
  Quando saíram daquele corredor eles adentraram o que parecia ser um saguão enorme, o piso era de rocha polida, haviam muitos desenhos cravados no chão, e por todo o lugar haviam gaiolas.
  Seguindo em frente, o pequeno grupo começou a se separar, alguns olhando para as caveiras dentro das enormes gaiolas, outros investigando o que parecia ser outro corredor com paredes cobertas de ossos, já o outro grupo se prontificou em seguir vasculhando os desenhos no chão.
  A luz da lanterna clareou o que parecia ser o desenho de algum ser, tinha um corpo esquelético com longos braços em garras, as pernas eram tortas para traz e saindo de sua testa haviam dois chifres encurvados para trás.
  O homem soltou um assovio baixo que ecoou por toda parte.
- dê uma olhada nisso. – a mulher mais distante falou.
  No chão havia o mesmo ser, mas dessa vez estava acompanhado de outros três, todos no que pareciam ser tronos feitos de ossos, o desenho de um enorme dragão de três cabeças estava logo acima.
- Gink Khidorah. – ela apontou.
- é o lugar certo.
  Mais na frente, depois de algumas poças de líquido escuro e o que pareciam ser cabelos, haviam desenhos de múltiplos seres deformados, aqueles quatro estavam no centro apontando com garras para um enorme globo no alto, o dragão voando em cima com a boca aberta prestes a engoli-lo.
  O globo tinha uma elevação diferente, e foi alí que ele pressionou.
  No mesmo instante todo o lugar parede sacudir um pouco, os outros se juntaram a eles enquanto se erguiam, todas as lanternas apontadas para aquele centro que afundou.
  E então, o chão se partiu e se abriu, e uma plataforma começou a se erguer da escuridão, ossos foram empilhados em cima de ossos num tipo de apoio, e quando a plataforma se firmou com um estrondo eles iluminaram o que tinha no topo.
  Fechado com garras e encapado no que parecia pele seca e costurada, havia um livro.
  O sorriso foi inevitável.
- não acredito. – ele falou ao se aproximar daquilo que era um altar. Ele iluminou a pele costurada e ergueu um dedo para tocar, passando pela costura.
  Um arrepio percorreu a coluna de todos alí.
- tragam a mochila. – seu pedido foi atendido, e ele pegou o livro da pilha de ossos, o colocando com cuidado na mochila. Logo após, pressionou seu stelk.
- conseguiu? – outra voz falou do outro lado.
- sim.
- ótimo. Tive que resolver umas coisas e estarei fora por alguns dias.
- e meu dinheiro?
- já está depositado, o de todos.
  Eles sorriram entre si.
- e como vou despachar o pacote?
- pra isso vou precisar que você deixe num lugar específico, mandarei meu filho pegar.
- pode deixar.
- bom trabalho.