Capítulo 2

2K 67 2
                                    

Ana Cecília

Tiro meus óculos e desço do avião, finalmente cheguei no rio. Vou pegar minhas malas e vou direto pra o hotel que eu aluguei, ainda não comprei nenhuma casa, não estou preocupada com isso no momento.

Como hoje é sexta, mais tarde a Gabi vai pra lá e vamos matar a saudade, não vejo a hora de ver o meu amor, tô com tanta saudade.

Chego no hall do hotel e vou pegar a chave do meu quarto na recepção, o copacabana palace é muito lindo e sofisticado, a decoração é perfeita, mas também o que tem de rico com a cara de cu aqui não é brincadeira.

Sigo até onde vai ser o meu quarto e passo o cartão na porta, o quarto é perfeito, tem uma vista deslumbrante do mar do outro lado da rua. Coloco as malas no canto e só de pensar em desfazê-las já me dá uma dor de cabeça, mas vou aproveitar que a Gabriella vem pra cá e vou obrigar ela a me ajudar.

Escuto meu celular tocar e vejo o nome da Gabi na tela. Atendi e ela disse que estava no hall do hotel me esperando.

Troco de roupa rápido e coloco um biquíni branco, desço de pressa pra não deixar ela esperando muito.

Vejo a Gabriella e quando ela me vê abre um sorriso de orelha a orelha e vem correndo me abraçar e pula em cima de mim, me enchendo de beijinhos.

Gabriella: Ceci!!! Meu deus que saudade, parece que não nos vemos a anos! - sai de cima de mim.

Cecília: Nem me fale, mas o importante é que agora não vou mais desgrudar de você. - puxo ela pra sentar no sofá que tinha ali.

Gabriella: Amiga, quanto rico da cara feia, em.

Cecília: Sim! Mas tirando isso, é perfeito. - olho a cara dos ricos nojentos. - Mas vamos ao que importa, as fofocas, conta tudo!

Ela me olha divertida e começamos a falar de tudo que vocês imaginarem. Desde conversas profundas a muita, muita, muita putaria.

Depois decidimos ir à praia, que tínhamos combinado. Demos um mergulho e agora estamos tomando uma água de coco, olhando os cariocas gostosos, ô Rio de Janeiro abençoado!

Gabriella estava falando do trabalho dela, que era muito bom e ela folgava quando queria, só não folgava muito porque ela gosta de trabalhar.

Ela transa com o chefe dela.

Gabriella: O que você vai fazer com a sua mega mansão em SP? - toma sua água de coco.

Cecília: Decidi não vender, vou deixa ela lá. Agora ela pode não me lembrar de coisas boas, mas, eu cresci lá, tenho um apego emocional.

Gabriella: Te entendo amiga. - me dá um sorriso confortante. - E sua mãe?

Cecília: Desde aquele dia não soube mais nada dela. - olho pro mar. - Deus me perdoe, sei que ela é minha mãe, mas quero que continue assim. Não sinto falta dela.

A Gabi sabe como minha mãe era, nunca ligou pra mim, só se importava consigo mesma, pra mim ela não era uma boa mãe. E eu até acho que antes do meu pai morrer ela tinha um caso com alguém.

E não sai da minha cabeça, o jeito que ela falou pro homem não fazer nada comigo.

Já estava ficando de noite e decidimos voltar pro hotel, a Gabi também tinha que ir embora já que amanhã ela iria trabalhar e tinha que estar cedo em casa.

Mas antes dela ir, obriguei ela a me ajudar a arrumar as malas.

Gabriella: Ceci, amanhã vai ter baile lá no morro. - me olhou maliciosa. - E a gente vai, você já aproveita e conhecer minha house.

Cecília: Hum, lembra de quando a gente aprontava nos baile lá em São Paulo? - lembrei da nossa adolescência, demos muita dor de cabeça em.

Gabriella: Como eu vou esquecer! A gente sempre era o centro das atenções. - rimos ao lembrar das nossas loucuras.

Na maioria das vezes a gente ia escondida, dizíamos que ia dormir uma na casa da outra e íamos pros baile. Pagávamos vários, e até nos paredões a gente subia, pra vocês terem noção de como éramos apocalípticas. Depois que a Gabi veio pro rio, eu parei mais, já que sem a minha dupla não tem tanta graça.

Gabriella: Já vou indo vadia, amanhã a tarde você vai pra lá em. - dá um beijo na minha bochecha.

Cecília: Tá bom, minha puta. - dou um tapa na sua bunda.

Levo ela até a porta e me despeço.

DomOnde histórias criam vida. Descubra agora