- O chefe tá chamando vocês pro camarote.Olho confusa pra Gabi.
Cecília: Se o seu chefe quiser a nossa presença, ele mesmo venha chamar. - dei de ombros.
Gabriella olhou pra mim como se eu tivesse dito a maior barbaridade do mundo.
- Ih, mó marrenta. - cruzou os braços rindo. - Passar o papo pra você Barbie, é melhor tu subir.
Sorri irônica. Agora eu sou obrigada?
Gabriella: A gente sobe daqui a pouco. - ele concordou e ficou lá parado esperando.
Agora pronto.
Cecília: Vamos aonde Gabriella? Se esse chefe dele quiser que a gente suba, ela que venha chamar.
Gabriella: Ana Cecília, é melhor a gente subir. - cruzei os braços. Que medo é esse, eu em.- Afinal, o Yago tá lá e eu quero que ele veja como eu tô linda. E você não precisa fazer nada.
Cecília: Então é por isso que você quer tanto subir, né sua safada? - ri.
Quando íamos o menino pegou no meu braço pra ir. Ele acha que eu não sei andar?
Cecília: Eu sei andar sozinha caralho. - me soltei dele já irritada.
Andamos pelo baile, onde as meninas desciam até o chão, gente se pagava, fumava maconha, cheirava suas drogas e os traficantes com os fuzis pra cima.
Chegamos numa escada e no topo dela tinham caras com fuzis atravessados no peito. O menino mandou a gente ir e saiu, nem pra levar até lá em cima.
Subimos e eles barraram a gente, mas alguém gritou pra eles nos deixarem passar.
Os homens que estavam lá, começaram a me encarar, e eu fiquei um pouco incomodada.
Já vi o Yago conversando com uns homens e com uma mulher sentada na perna que gargalhava de tudo que eles diziam, e ao lado dele estava o Guedes. Quando ele viu a Gabriella tirou a mulher de cima dele. Eu em.
Todos olhavam pra gente, até que notei o cara que ia me atropelando mais cedo, ele me olhava nos olhos e estava mais afastado dos outro, apenas observando o movimento.
O Guedes vem até a gente tirando a minha atenção dele. Ele da bebida a gente e ficamos conversando no canto, ele é muito gente boa, tem um papo bom, e uma boquinha também...
Notei o cara lá levantado e indo pra grade, vi ele acender um baseado e começar a fumar encostado na grade.
Que homem gostoso da porra.
Todo de preto, só a correntinha brilhando, braços forte e um físico do caralho, cabelo na régua, liso mas baixo, e cavanhaque. E sem contar na presença que esse homem tem. Minha nossa senhora da bicicleta.
Guedes deixa a gente sozinha por uns instantes sozinhas e foi conversar com os amigos dele.
Cecília: Quem é aquele? - mostrei pra Gabi desfarçadamente ele, que fumava seu baseado sozinho na grade.
Gabriella: O Dom.
Cecília: Dom?
Gabriella: Pedro Dom, chefe do tráfico aqui do alemão. - falou naturalmente e eu arregalei os olhos.
Se não me engano, já ouvi falar dele na tv, e pelo que vi, ele é bem perigoso. Mas por que tinha que ser tão lindo?
Gabriella: Tá querendo dá pra traficante, Ana Cecília? - zombou de mim.
Cecília: Aí, credo Gabriella. Só perguntei. - revirei os olhos rindo.
Dei um gole da minha bebida e voltei a olhar pra ele. Só que dessa vez ele me olhava também, me olhava de canto e soprava a fumaça do seu baseado, o que deixava ele mais lindo ainda.
Comecei a tomar minha bebida olhando nos olhos dele, e ele se virou pra trás da grade e fumava olhando não meus olhos também. Ele sempre olha no olho, isso intimidava muito.
Saí de onde eu tava deixando a Gabi conversando com o cara que ela tava fazendo ciúmes no Yago, e fui em direção ao Dom.
Cheguei próxima dele, ele soprou a fumaça na minha cara e continuava sério, mas notei seus olhos sobre a minha boca, ele passou a língua nos lábios e olhou da minha boca, aos meus olhos.
Caralho. Chega fiquei toda excitada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dom
Romance"Seu jeito insano de amar, minhas travessuras. Sem ninguém pra atrapalhar, sem testemunha. Só eu, você, o mar, o sol, e a lua."