Capítulo 4

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- O chefe tá chamando vocês pro camarote.

Olho confusa pra Gabi.

Cecília: Se o seu chefe quiser a nossa presença, ele mesmo venha chamar. - dei de ombros.

Gabriella olhou pra mim como se eu tivesse dito a maior barbaridade do mundo.

- Ih, mó marrenta. - cruzou os braços rindo. - Passar o papo pra você Barbie, é melhor tu subir.

Sorri irônica. Agora eu sou obrigada?

Gabriella: A gente sobe daqui a pouco. - ele concordou e ficou lá parado esperando.

Agora pronto.

Cecília: Vamos aonde Gabriella? Se esse chefe dele quiser que a gente suba, ela que venha chamar.

Gabriella: Ana Cecília, é melhor a gente subir. - cruzei os braços. Que medo é esse, eu em.- Afinal, o Yago tá lá e eu quero que ele veja como eu tô linda. E você não precisa fazer nada.

Cecília: Então é por isso que você quer tanto subir, né sua safada? - ri.

Quando íamos o menino pegou no meu braço pra ir. Ele acha que eu não sei andar?

Cecília: Eu sei andar sozinha caralho. - me soltei dele já irritada.

Andamos pelo baile, onde as meninas desciam até o chão, gente se pagava, fumava maconha, cheirava suas drogas e os traficantes com os fuzis pra cima.

Chegamos numa escada e no topo dela tinham caras com fuzis atravessados no peito. O menino mandou a gente ir e saiu, nem pra levar até lá em cima.

Subimos e eles barraram a gente, mas alguém gritou pra eles nos deixarem passar.

Os homens que estavam lá, começaram a me encarar, e eu fiquei um pouco incomodada.

Já vi o Yago conversando com uns homens e com uma mulher sentada na perna que gargalhava de tudo que eles diziam, e ao lado dele estava o Guedes. Quando ele viu a Gabriella tirou a mulher de cima dele. Eu em.

Todos olhavam pra gente, até que notei o cara que ia me atropelando mais cedo, ele me olhava nos olhos e estava mais afastado dos outro, apenas observando o movimento.

O Guedes vem até a gente tirando a minha atenção dele. Ele da bebida a gente e ficamos conversando no canto, ele é muito gente boa, tem um papo bom, e uma boquinha também...

Notei o cara lá levantado e indo pra grade, vi ele acender um baseado e começar a fumar encostado na grade.

Que homem gostoso da porra.

Todo de preto, só a correntinha brilhando, braços forte e um físico do caralho, cabelo na régua, liso mas baixo, e cavanhaque. E sem contar na presença que esse homem tem. Minha nossa senhora da bicicleta.

Guedes deixa a gente sozinha por uns instantes sozinhas e foi conversar com os amigos dele.

Cecília: Quem é aquele? - mostrei pra Gabi desfarçadamente ele, que fumava seu baseado sozinho na grade.

Gabriella: O Dom.

Cecília: Dom?

Gabriella: Pedro Dom, chefe do tráfico aqui do alemão. - falou naturalmente e eu arregalei os olhos.

Se não me engano, já ouvi falar dele na tv, e pelo que vi, ele é bem perigoso. Mas por que tinha que ser tão lindo?

Gabriella: Tá querendo dá pra traficante, Ana Cecília? - zombou de mim.

Cecília: Aí, credo Gabriella. Só perguntei. - revirei os olhos rindo.

Dei um gole da minha bebida e voltei a olhar pra ele. Só que dessa vez ele me olhava também, me olhava de canto e soprava a fumaça do seu baseado, o que deixava ele mais lindo ainda.

Comecei a tomar minha bebida olhando nos olhos dele, e ele se virou pra trás da grade e fumava olhando não meus olhos também. Ele sempre olha no olho, isso intimidava muito.

Saí de onde eu tava deixando a Gabi conversando com o cara que ela tava fazendo ciúmes no Yago, e fui em direção ao Dom.

Cheguei próxima dele, ele soprou a fumaça na minha cara e continuava sério, mas notei seus olhos sobre a minha boca, ele passou a língua nos lábios e olhou da minha boca, aos meus olhos.

Caralho. Chega fiquei toda excitada.

DomOnde histórias criam vida. Descubra agora