O verão que mudou minha vida - Steven Conklin

Capítulo 4 - Jogo de Amor

Hannah narrando.

    Steven e Conrad estavam demorando muito para voltar, e a saída repentina do meu irmão me deixou preocupada. Levantei saindo pela porta da frente, o pessoal estava bem distraído com o filme para perceberem que eu estava indo para fora.

    Vi os dois indo embora da praia. - Con, o que aconteceu? - Perguntei quando nos encontramos - ainda na areia.

    - Nada, eu estou bem. - Ele disse fazendo um sinal para que continuassemos a andar, mas fiquei parada na frente deles.

    - Connie, por favor, fala comigo. Não é porque você é o mais velho que tem que passar por toda a merda sozinho. Eu tô aqui para te ajudar, nós todos estamos. Mas você precisa conversar.

    - Acho melhor eu ir para dentro. - Steven disse sem jeito.

    - Não, está tudo bem. Fica aqui por favor. - Conrad pediu, franzi minhas sobrancelhas confusa. Ouvi meu irmão suspirar. - Tive um ataque de pânico. 

    O olhei preocupada, o que está acontecendo com Conrad? - Connie, o que aconteceu? - Perguntei tentando entender ele.

    - Fui aceito em Stanford. - Meu irmão disse dando de ombros.

    - Cara, isso é incrível. Seu sonho vai se tornar realidade. - Falei tentando animá-lo.

    - Não faz sentido se eu for transferido agora. As coisas com o Jere estão ficando melhores e ele até já foi aceito na Brown. Ele nem se quer sabe sobre minha inscrição.

    Assenti minha cabeça mostrando que entendi seu ponto. Coloquei minha mão no seu ombro e observei-o - Entendo seu ponto, mas tenho certeza que Jeremiah não vai ficar chateado, é seu sonho e nós dois sabemos disso. Sem contar que não precisa decidir agora, vai ficar tudo bem.

    - Obrigado. - Ele falou me puxando para um abraço, que logo retribuí.

    - Sempre que precisar, eu estou aqui. - Afirmei séria para ele saber que estou falando a verdade. 

    Depois dessa breve conversa, eu, Steven e Con começamos a andar abraçados em direção a casa. 

    É por isso que amamos tanto esse lugar, aqui faz nós nos unirmos, aqui a gente é feliz, temos paz, e o mais importante de tudo, aqui nos lembra a mamãe.

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    - Sabe filha, fico pensanso como vai ser quando vocês estiverem todos grandes, crescidos, cada um com seus filhos. - Minha mãe falou para o meu eu de doze anos.

    - Vai ser igual mãe, nós continuaremos com a tradição que você e a Tia Laurel começaram, traremos nossos filhos para cá todo verão, e é claro que as vovós estarão juntas.

    - Tenho certeza disso, adorarei cuidar dos meus netinhos, mimar eles o máximo possível, sei que ainda é cedo, mas mal vejo a hora.

    Em pensar que ela nunca vai poder ter a sensação de cuidar dos netos...

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    Acordei com cheiro de muffins, decidi descer as escadas. Vi Bells e Skye conversando. Ótimo, tia Julia - a vaca - está aqui. - Bom dia. - Falei.

    - Bom dia, acordou cedo assim porque? Sentiu o cheiro também? - Bells me perguntou sorrindo.

    Ri de seu comentário e assenti. - Cheiro de comida é sempre bom, e gosto quando coisas boas me acordam. - Ela me olha de um jeito estranho tentando entender minha lógica.