Mαrαisα's point of view
Optei por não acordar tão cedo, meu celular despertou às 9h da manhã. Priorizei ter mais horas de sono e consequentemente um descanso maior. Maiara provavelmente fez o mesmo, já que combinamos antes de dormir.
Levantei e fui em direção ao banheiro, onde fiz minha higiene matinal, tirei meu pijama e desembaracei meu cabelo, que por sinal estava mais baixo hoje. Depois de pronta, desci as escadas indo em direção a cozinha.
— Bom dia — Disse me juntando a minha família — Mãe, a senhora acredita que hoje eu não acordei com o cabelo todo embaraçado como sempre acontece.
— Isso é bom, significa sorte — Almira, minha mãe, respondeu com um sorriso no rosto.
— Ai meu Deus!! Hoje eu acordei com um nó gigantesco no meu — Maiara se desesperou fazendo todos caírem na risada.
— Calma Maiara, é apenas uma superstição — Meu pai falou para tranquiliza-la.
Passamos a café da manhã conversando sobre os mais diversos assuntos, somos uma família de papagaios.
— Vamos subir para arrumar, não podemos atrasar, a prova é iniciada às 14h da tarde — Puxei Maiara que se levantou indo em direção aos quartos junto comigo.
Peguei minha roupa que já estava separada em cima da escrivaninha. Minha ansiedade me fez separar um dia antes, assim como fazia nos primeiros dias de aula durante o ensino fundamental.
Tomei um banho rápido mas extremamente relaxante, estava tensa e realmente precisando disso. Vesti minha calça jeans, uma camisa sem decote azul clara e nos pés, calcei meu all star.
Comecei a secar meu cabelo uma hora e meia depois de tomar café, demoro por volta de 30 minutos para finalizar, então não me atrasaria.
Decidi não passar nenhuma maquiagem e ir arrumar uma pequena bolsinha, lá coloquei três canetas azuis, dois lápis de escrever e duas borrachas. Um pouco exagerada, mas hoje nada pode dar errado. E para minha felicidade, podemos fazer a prova a lápis e usar a caneta apenas para o gabarito e os nossos dados.
Com tudo pronto, fui em direção ao quarto da Maiara, assim que abri a porta minha cara foi no chão, estávamos literalmente com a mesma roupa.
— Mai, já pode ir trocando de blusa — disse rindo, não gostamos de usar roupas iguais, apenas durante a infância.
Maiara me acompanhou na risada indo em direção ao guarda roupas, tirando de lá uma camisa preta.
— Ainda bem que você veio aqui antes, imagina os monitores nos vendo, além de gêmeas estaríamos usando a mesma roupa, seria cômico — Mai falou trocando as blusas.
Assim que Maiara trocou de roupa, descemos as escadas para almoçar. Minha mãe fez nossa camida favorita, fricassê de frango, segundo ela era para nos motivar, uma fofa.
— Vamos Maraisa, daqui a pouco o ônibus chega.
— Não vou deixar vocês irem de ônibus, vou pagar um Uber — meu pai afirmou.
— Não tem necessidade do senhor gastar com Uber, conseguimos ir de ônibus — respondi rapidamente mesmo conhecendo meu pai e sabendo o quanto ele consegue ser teimoso.
— Faço questão, falei que ajudaria vocês com o que posso, no momento é pagar o Uber.
Apesar de ter sido pai muito novo, Marco sempre foi bastante dedicado e presente em minha vida. Trabalhava por horas e quando chegava em casa ainda dava sua atenção para as filhas. Quando começamos a estudar para os processos seletivos, ele gastou toda a poupança de nossa família comprando uma impressora para facilitar os estudos e a realização das provas anteriores.
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Little Angel - Malila
FanfictionCom o objetivo de melhorar sua qualidade vida, Carla Maraisa, uma garota de 17 anos é aprovada no Processo Seletivo do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET) em Brasília. Lá conhece Marília Mendonça, sua professora de Inglês para Fins Acad...