Capítulo 5: "Humanidade/Sociedade"

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Tweek POV

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Tweek POV

Craig é... uma pessoa difícil de lidar. Ter que fingir ser namorado dele não vai ser tão fácil. E é muita, MUITA pressão.

No caminho de casa, meus pais ficaram me enchendo com aqueles comentários de "briga de casal". Foi chato, bem chato. Tentei ignorar e pensar em outra coisa, mas não era tão simples.

— FALEM DE OUTRA COISA!!! –  Berrei. Se eu tivesse que escutar a palavra "gay" mais uma vez, ia me jogar da janela. De uma forma literal.

Eles se entreolharam, ficaram quietos, e depois começaram a falar baixo um pro outro.

Cheguei em casa ansioso como de costume, mas exclusivamente estressado. Mais uma noite que eu passaria em claro, porém dessa vez, seria com algo realmente preocupante preenchendo meus pensamentos.

Pela primeira vez em muito tempo, desejei dormir. Dormir pra não ter que pensar em tudo isso.

Mas logo que pisei os pés em casa, corri pra cozinha beber café, nem sei por que, já virou costume. E agora não ia mais conseguir dormir.

No meu quarto, abri meu celular pra tentar me distrair. Vi um tweet não muito legal de uma das meninas da escola.

* Allie Nelson
"Não acredito que o Tweek e o Craig são dois viadinhos. Que nojo."

Li umas dez vezes pra confirmar que estava lendo certo. E era isso mesmo! "Tweek", "Craig", "viadinhos" e "nojo" em UMA MESMA FRASE!

Não estava preparado pra isso, realmente, não estava. O pior de acharem que somos gays, é serem homofóbicos!

Abri os comentários, e tinham algumas pessoas nos defendendo, e outras concordando com Allie.

— AGH! Quem essa vagabunda pensa que é?!

Tinha começado a digitar, mas algo me chamou atenção. Craig já tinha comentado. Um dedo do meio.

Óbvio.

Desisti de comentar. Só bloqueei a menina.

Continuei vendo o Xwitter. Era tudo sobre mim e Craig. Quanto mais eu rolava pra baixo, mais meus braços tremiam.

— AAAAGH QUE SACO! – Desliguei o celular e joguei pro lado. Não quero ser o centro das atenções. Isso me deixa ansioso. E se eu fizer algo errado? Eu não quero e nem mereço toda essa atenção.

Pensando nas coisas que vi, só me afundava mais na angustia, quando voltei dos meus pensamentos, eu estava me arranhando e gemendo baixinho.

Parei de me arranhar, meus braços estavam doloridos e cansados. Suspirei e relaxei o corpo. A dor me acalmou...

...Porém, só por um momento.

Então fiquei ali. Me mexia inquietamente na cama, levantava e andava em círculos, socava travesseiros, enfiava a cara e gritava neles, tentava me distrair com legos...

Mas ainda sim, continuava pensando em todas as possibilidades de tudo dar errado. E se eles se ligarem que não somos gays e nos odiarem a vida toda? Ou todos vão virar homofóbicos e nos matar? E se eles acabarem não se convencendo de que não sou gay, vou ficar a vida toda com esse rótulo, e vou perder oportunidades pela homofobia das pessoas?

Desci, bebi café, voltei pro meu quarto, andava em círculos e tentava me distrair; e aí, tudo se repetia. Até chegar de manhã.

Craig me mandou mensagem, fiquei surpreso quando vi a notificação: "Me encontra na entrada"

Pensei em fugir e matar aula. Mas minha mãe insistiu em me levar pra escola de carro. Não tinha saída. Mordi as unhas o caminho inteiro.

Pisei na calçada e minha mãe se despediu.

Comecei a tremer quando vi Craig na porta da escola, ele tinha um semblante até que calmo, mas ficava olhando pros lados, e acenou pra mim quando me avistou. Ele não sorriu. Segurei firme as alças da mochila. Minhas pernas tremeram, andei até ele mesmo assim.

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⏰ Última atualização: Nov 25, 2023 ⏰

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"Fingir mais um pouco." (South Park - Creek)Onde histórias criam vida. Descubra agora