Área VIP.
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5 anos antes.Dance Studio — Nova York City.
Eu movia meu corpo ao som da música, a sala de dança vazia, me permitindo mais liberdade para explorar e testar alguns passos. Meus olhos presos no meu reflexo no espelho enquanto eu mexia meu quadril sensualmente de um lado para o outro junto dos ombros, me animando e tomando mais confiança enquanto improvisava uma coreografia.
Rio de mim mesma, descrente do quanto aquilo estava ficando bom enquanto eu prosseguia. Era quase como automático, meu corpo era levado pelo ritmo com tamanha leveza, tão natural quanto respirar.
Era tão maravilhoso... Estar dançando era tão revigorante. A dança fazia parte de mim, e não importava o quanto tentasse ignorar, era inevitável. Estava em minhas veias. A dança foi o meu primeiro amor, era nela que eu me encontrava.
Respiro fundo quando a música acaba, ainda me olhando no espelho quando noto uma presença atrás de mim, me fazendo girar os calcanhares para encontrar Mason, um sorrisinho nos lábios enquanto ele batia palmas lentas, me fazendo sorrir sem jeito.
— Está aí tem muito tempo? — questiono.
Ele dá de ombros, dando alguns passos em minha direção.
— Tem um tempinho sim. — entorta os lábios, pondo a mão no bolso de sua calça jeans. Ele usava uma de suas típicas regatas, desta vez preta, uma correntinha em seu pescoço. O maxilar cerrado, exalando masculinidade aos auge de seus dezenove.
Suspirei com o anúncio, levemente envergonhada. Eu não costumo mostrar minhas ideias para ninguém.
— Você é ótima. — elogia animadamente.
— Você achou? — levo uma mecha do cabelo para atrás da orelha.
— Sem dúvidas. — garante, chegando perto o suficiente para que eu pudesse ver o risquinho em sua sobrancelha. — Você foi feita para isso.
Ri, balançando a cabeça enquanto evitava olhá-lo nos olhos. Eu estava nervosa. Vinha me sentindo assim nas últimas semanas, estranha, à cada aproximação do garoto. Eu não conseguia entender o porquê do meu corpo inteiro enrigecer apenas por escutá-lo. Era difícil evitar todos os calafrios que ele vinha me causando nos últimos tempos.
— Eu também sei alguns passos, quer ver? — diz divertido, caminhando até a caixa de som.
Ergui as sobrancelhas para ele, curiosa sobre tal. Em todos os nossos anos de amizade eu nunca o vi dançar. Isso certamente era uma novidade.
Um sorriso maroto nos lábios quando a música 'Last Night' de Diddy e Kayshia começou a tocar. Gargalho ao vê-lo se requebrar por inteiro, balançando os quadris enquanto caminhava até mim, segurando em minha mão e me insentivando a dançar junto consigo.
Ainda risonha eu começo a me mexer timidamente, balançando os ombros no ritmo da música.
Num jesto divertido ele enrola meus braços em seus ombros, se aproximando ainda mais para segurar em meu quadril, sincronizando nossos movimentos. Meu coração acelerado quando eu comecei à respirar com dificuldade, ele me olhava nos olhos. As íris eram meigas, amigáveis até, mas com um toque de algo mais.
Pisquei para ele, engolindo à seco quando chegamos perto o bastante para os nossos peitos se tocarem, o ar denso quando a atenção desceu para os meus lábios, enquanto ele mordia o cantinho da boca sensualmente.
Ai caramba...
Foi lento, quase que resistente quando instintivamente nos inclinamos, a mente nublada pelo instrumental ao fundo, os narizes se tocando e finalmente... Nossas bocas.
Os lábios carnudos investiam contra os meus inesperientes, enquanto eu tentava acompanhá-lo, o coração de repente batendo mais devagar e as borboletas na barriga se tornando um real incômodo. Franzi o cenho quando investi contra ele, procurando a sensação arrebatadora que eu tanto procurava, mas tudo só se tornou desengonçado, esquisito. Insistimos por um tempo, mas acabamos por ceder, nos afastando enquanto nos olhávamos estranho.
Engoli à seco, piscando para ele e não conseguindo sentir mais nada à não ser estranheza. Ela não parecia muito diferente quando juntou as sobrancelhas em minha direção, a boca entre-aberta quando ele iniciou:
— Eu acho que...
— Não. — completo, maneando a cabeça.
— Não é com você-
— Eu sei, eu entendo. Só... Não funcionou. — digo com pesar, realmente decepcionada com a situação.
Eu realmente achei que estivesse apaixonada por meu melhor amigo?
Lentamente nos soltamos, evitando nos olhar nos olhos com tamanho constrangimento. Fala sério...
— Desculpa por isso. — ele pedia ansioso.
Balancei as mãos no ar, o tranquilizando mesmo estando prestes à ter um colapso. Minha pré-adolescente de doze anos, certamente vomitaria ao saber de tal ocorrido. Era algo inimaginável, Mason era quase como um irmão. Nos conhecemos dês de que eu cheguei na cidade aos oito anos, e éramos amigos desde então. Não podíamos estragar nossa amizade desse jeito...
— Vamos só... Esquecer isso, que tal? — aconcelho, tendo a imediata concordância do mesmo. — Sem ressentimentos? — receosa estendo a mão para ele, que riu antes de assentir, apertando minha mão com uma força medida.
— Sem ressentimentos. — confirma.
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Estranha tensão hétero...
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Área VIP. - Jenna Ortega
Fiksi Penggemar(TEMPORARIAMENTE PAUSADA) . Ter um melhor amigo famoso tinham lá suas vantagens. Depois de receber um convite especial para assistí-lo em um clássico de basquete na cede da NBA, Agatha prontamente se livra de todo e qualquer afazer que pudesse impe...