8_ sereia

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notas: oi oi! algumas paradas da vida estão rolando e, por isso, prefiro não combinar um dia certo pra postar, porque não quero criar um expectativa que talvez não consiga cumprir :( o que prometo é uma atualização por semana! nos próximos 15 dias estarei resolvendo umas questões pessoais, então já adianto que posso vir a atrasar o próximo capítulo... boa leitura :)

"Clara como a luz do sol

Clareira luminosa nessa escuridão

Bela como a luz da lua

Estrela do oriente nesses mares do sul

Clareira azul no céu

Na paisagem

Será magia, miragem, milagre

Será mistério"

sereia_lulu santos

Por alguns instantes, os dois trocam olhares como se trocassem tiros. Helo assiste tudo de camarote. Quando a situação beira o constrangimento, ela precisa dizer alguma coisa.

— Marcos...

— Helo, Marcos. Marcos, minha esposa Helo.

Stenio os apresenta sem tirar os olhos, primeiro de Marcos, e depois da mão dele ao cumprimentar Helo. Ela não vai se acostumar a ser chamada de esposa tão cedo.

— Helo, um prazer conhecê-la. Sócio da Segretto Meirelles Advogados Associados.

— Delegada. Polícia Federal.

— Uau. Um casal da lei, se assim posso dizer.

— Tipo isso.

Uma das características mais marcantes de Helo, definitivamente, é seu faro. Não só o policial, mas até na leitura de situações sociais cotidianas. Ela percebe de longe que esse tal de Marcos não é lá flor que se cheire, até porque Stenio não baixou a guarda em nenhum momento até agora. Por isso, sabe muito bem que não deve florescer o assunto como fez com Sérgio, mais cedo.


— Veio passar férias, Stenio? Ou a negócios?

— Marcos, vamos fingir que você não sabe o porquê estou aqui, enquanto eu finjo que não sei o porquê você esta aqui. Que tal?

Direto. Ok. Posso jogar esse jogo com você. Nenhuma outra firma tem chances de conseguir a Farmatech. Não sou autorizado a entrar em detalhes sobre isso, mas... posso te dar um conselho? Pula fora. Ou prefere perder publicamente?

— Você é quem precisa se preocupar em perder... de novo. Lembra? Do caso do Golding?

— Bom, eu lavo as minhas mãos. Helo, sinto muito em te conhecer nessas circunstâncias. Se quiser estar do lado do time vencedor, pra variar... estou a disposição.


Marcos alcança dentro do bolso do paletó um cartão azul escuro de visita e o desliza pela mesa em direção a Helo. Em seguida, caminha em direção ao fundo do salão e se senta algumas mesas depois. Stenio pega o cartão, amassa em uma bolinha e joga para trás, pocesso.


— Ele... ele tentou me cantar na tua frente?

— Não vamos falar desse filho da puta. Ele é um babaca, medíocre e incompetente. Não quero estragar o jantar.

o acordoOnde histórias criam vida. Descubra agora