Capítulo I

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Grécia Antiga, em 1268 a.c

Tálassa Narrando

Olhei para as ondas do mar e me senti meramente feliz, não era a primeira vez. Desde que eu nasci eu e minha mãe vamos á está praia. Nunca entendi o porque, mas sempre sinto-me bem aqui.

- Eu não sei porque, mas amo esse lugar... - deixei escapar e olhei para minha mãe.

-Eu entendo... Mas me diga, aquilo aconteceu de novo?

-Sim.

-Conte-me.

-Eu... eu fui na fonte da cidade com meu pai uma vez e... Eu vi uma uma criança machucada, era só um arranhão em sua mão, mas mesmo assim desejei muito que ela se curasse, quando eu toquei a sua mão o arranhão se curou.

-Entendo...

Depois de um tempo fui surpreendida por uma onda imensa e logo depôs por uma figura saindo de lá. Eu tinha uma hipótese. Não, não pode ser.

Olhei para minha mãe e vi que só eu estava surpresa, ela estava imóvel, segurando a minha mão, e com um olhar vago.

O homem saiu das ondas, e a minha hipótese se confirmou: era Poseidon

Mas como?

Ele se aproximou de nós sem uma única gota de água em sua pele parda, como a minha, muito menos em seus cabelos azuis. Ele cumprimentou a minha mãe e seus olhar de voltaram para mim e em seguida disse:

- Faz muito tempo que não nós vemos, minha filha - disse com um mero sorriso, e um olhar gentil.

Dei um passo para trás na esperança de tudo ser um sonho e cair em um precipício de trevas e escuridão, mas eu apenas senti a areia da praia sob meus pés e a mão de minha mãe apertar a minha.

-"Filha" ?... Faz quatro anos que você não vem me ver... E eu sei porque veio agora, é por causa dos meus poderes, certo? Como você soube deles?


Sua expressão era calma em meio as minhas perguntas, assim como sua voz:

-Respondendo sua pergunta, eu vi seus poderes se manifestando do Olimpo. E é sobre eles que eu vim falar com sua mãe.

- Não poderia falar sobre isso comigo também? Por Atena, você não poderia ao menos fingir ser um bom pai, por...

- CALE-SE, E NÃO OUSE ME INSULTAR NOVAMENTE, MUITO MENOS CHAMAR POR AQUELA VADIA! COMO IMAGINEI, VOCÊ TAMBÉM É O OPOSTO DE SEU IRMÃO!

Neste momento, o mar se enfureceu como eu nunca vi antes, a expressão do meu progenitor não era mais calma, era de ódio.

-Tritão parece mais seu servo que seu filho, pelo que escuto! - falei com o mesmo ódio - Fico feliz em não ter que servir alguém como você!

- É por isso que não quero que ouça o que tenho a dizer!

-Imaginei - falei com uma voz fria e fui até a beira da praia em silêncio.

A raiva que eu sentia se não se esvaiu junto com as ondas da praia que molhava minhas pernas, quando olhei para trás, vi Poseidon conversando com minha mãe, ela ficou brava com algo, e decidiu que era melhor irmos embora. Não entendi muito bem o que aconteceu, mas ouvi algum nome com "Q".

Romance Mitológico-ApoloOnde histórias criam vida. Descubra agora