Capítulo sem título 78

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"Não sei, não me lembro. Além disso, o que significa abraçar?

"Significado? Bastante. Significa que você está me dando permissão.

'Permissão para dar mais um passo dentro da barreira que Dorothea estava sempre construindo. Para se tornar um relacionamento um pouco mais compreensível e aceitável.'

Para Ray, isso era mais importante do que qualquer outra coisa.

"Se você me der um abraço, eu realmente vou convencer Sua Majestade, Dorothea. Você vai desistir deste plano assim?"

Rey mudou sua estratégia e começou a persuadi-la racionalmente.

Depois de tanto trabalho, ela não deveria desistir só porque não conseguiu dar um abraço.

"Não posso fazer outra coisa?"

"Algo mais? Que tal um beijo na minha bochecha?

"Eca..."

O rosto de Dorothea se enrugou assim que Ray fez a sugestão com um largo sorriso.

"Olhe para isso. Um abraço é o mais barato."

Ray apertou o queixo e inclinou a cabeça sobre a mesa, olhando fixamente para Dorothea.

'Vamos, aceite a oferta. Passei por um preço muito baixo!'

Dorothea via Ray assim e achava que ele tinha crescido muito. Ele sabia como oferecer um acordo como este.

"OK..."

Os olhos de Dorothea se estreitaram quando ela respondeu. Ao mesmo tempo, o rosto de Ray ficou brilhante como a primavera.

"Realmente?"

"No entanto, você paga antecipadamente."

Dorothea traçou uma linha firme, olhando para Ray, que estava animado como se estivesse prestes a correr para os braços dela a qualquer momento.

"Eu pago adiantado?"

"Receba a permissão de Sua Majestade."

"Então você não está me abraçando agora?"

"Não faça isso, se você não gosta."

Ray balançou a cabeça apressadamente como se Dorothea estivesse prestes a fechar o negócio.

"Não! Espere, Doroteia. Terei permissão em alguns dias.

* * *

Um terrível exame de Episteme estava chegando, mas Ray estava de bom humor.

'Lindo, Dorothea.'

Ray achava Dorothea adorável, mesmo quando ela estava resmungando e suspirando e dando-lhe um tapinha nas costas.

A maneira como ela franzia as sobrancelhas sempre que ele mencionava abraços e pedia a Dorothea para chamá-lo de irmão, como ela mexia na caneta, como dizia 'Ray!'

'Mas Dorothea parece ter se aberto muito mais do que costumava, não é?'

Ele saiu do quarto de Dorothea e sorriu feliz sozinho.

— Não esperava que você aceitasse esta oferta.

Ray, que estava pensando em suas ofertas com Dorothea, parou de andar abruptamente.

Na frente dele estava pendurado o retrato de uma mulher.

Imperatriz Alice, mãe dele e de Dorothea. Ray pensou que, com o passar do tempo, o rosto de Dorothea começou a se assemelhar ao deste retrato.

Ray tinha lembranças vívidas de quando sua mãe morreu. Embora ele tivesse apenas três anos na época.

'Eu não vi a cena em que ele morreu porque os adultos me impediram de entrar, mas o rosto branco puro da mãe, deitado no caixão de vidro, parecia ser visível quando eu fechei os olhos.'

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