Um silêncio tenso havia sido feito naquela caverna. Yan Song não podia fazer nada além de olhar para aquela mão machucada e ver a luva de Zhao Cheng na outra, bem apertada. Aquele homem havia salvado sua vida duas vezes naquela perigosa competição e ainda não entendia o porquê.
- Por quê...? - ele começou a dizer algo cabisbaixo na frente de um confuso Zhao Cheng- Por que você está me ajudando?
- Quem sabe - foi a única resposta de Zhao Cheng- talvez... foi quando ouvi o nome do seu cavalo. É um nome bonito.
- Não pode ser por isso - esclareceu Yan Song.
- Sabe como se chama o meu? - Zhao Cheng sorriu - "Heiye". Você acredita em coincidências, Yan Song?
Ao ouvir o nome, Yan Song congelou por um segundo, era verdade que mudou alguma coisa, mas os dois haviam se referido à noite nos nomes de seus cavalos. Não poderia ser uma mera coincidência.
- Por um momento, quando ouvi isso, pensei que era possível que tivéssemos uma ligação, sei lá... não pode ser coincidência pensarmos algo parecido - Zhao Cheng sorriu - e aí está o problema do sua família, muito fraco agora e você me lembrou da ação do meu irmão quando ele te salvou daquele cultivador que tentou te sequestrar, sei lá Yan Song... você criou uma fraqueza em mim. Não quero ver você morrer aqui. Você é muito jovem para morrer em um lugar como este.
- Coloquei por causa das estrelas naquela noite - Yan Song disse com um sorriso - além disso... as estrelas é algo típico da nossa família.
- No dia em que me trouxeram o meu cavalo, a noite estava extremamente escura - Zhao Cheng sorriu.
-Talvez nós olhássemos para o céu ao mesmo tempo.-Yan Song sorriu.
- É possível. Vem, chega mais perto, quero ver como está sua mão.
Yan Song retirou as mantas de cima e se aproximou do fogo onde dois peixes estavam sendo assados, com certeza Zhao Cheng os havia pegado antes de fechar aquela caverna. Com cuidado, Zhao Cheng desfez o nó no pano e começou a removê-lo para verificar a ferida. O sangramento havia parado, mas ele mal conseguia fechar a mão de dor.
-Vai deixar uma boa cicatriz.- Zhao Cheng esclareceu.
- Não importa. Eu ainda estou vivo.
- É - Zhao Cheng sussurrou, tirando um vidro de pomada de dentro da roupa - isso vai ajudar a cicatrizar mais rápido.
"Ahah" - reclamou Yan Song tentando afastar a mão quando sentiu os dedos de Zhao Cheng passando o creme.
- Me desculpe, não posso fazer nada com a dor. Será difícil para você lutar com esta mão por um tempo.
- Está tudo bem, estou bem.
- Segure um pouco a dor. Eu tenho que curá-lo ou pode infeccionar.
Yan Song abriu a palma da mão, apesar de ter dificuldade em mantê-la aberta com dor. Os olhos escuros do Zhao se fixaram mais uma vez na ferida. O sangue havia coagulado, mas mesmo assim, ele conseguiu identificar claramente o buraco onde aquela adaga estava presa. Para ser honesto, nem parecia uma batalha muito decente para ele. Como alguém poderia colocar uma adaga na mão de outra pessoa? Era quase impossível em combate.
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Destino do amor
CasualeZhao Chen foi assassino nas margens do rio, mas seu irmão mais velho conseguiu chegar em seu momento final para ouvir seu último sussurro. Movido pelo ódio e pela dor da perda de seu irmão, ele fará justiça por Chen. Zhao Cheng encontra sua cha...