⎯⎯ Seu brutamontes! ⎯⎯ Respondi, após o homem me tirar bruscamente do carro.
Eu não fazia ideia do que estava acontecendo. Tentei racionar do porquê isso haveria de acontecer. O rapaz me trouxe em um lugar com muitas pessoas, e de fato estava lotado.
O grande homem parecia ser algum tipo de segurança, o mesmo tinha uma escuta no ouvido, isso ia me assustando cada vez mais.
⎯⎯ O que está acontecendo? Por que me trouxe aqui desse jeito? ⎯⎯ Perguntei, tentando manter a calma.
O segurança apenas me encarou com uma expressão séria, sem dizer uma palavra. Fiquei nervosa, sem entender o que estava acontecendo. Será que foi algum engano? Será que eu estava sendo confundida com outra pessoa?
⎯⎯ Por favor, me explique o que está acontecendo. Eu não fiz nada de errado. ⎯⎯ Insisti, olhando ao redor e notando que algumas pessoas me observavam com curiosidade.
Mas novamente ele não me deu ouvidos, e me puxou para andar, ele dava passos largos, eu mal conseguia acompanhá-lo. Desisti de perguntar onde estaria, e apenas "cooperei" para saber o que aconteceria.
Mas de fato eu reconhecia o lugar. Corridas idiotas.
Por um minuto, suspirei e o frio na minha barriga se alastrou ao ver o homem trancado da Bang se levantando do lugar onde estava sentado, para chegar a encontro conosco.
⎯⎯ Foi difícil trazê-la!? ⎯⎯ Ele debocha e o segurança responde com um suspiro.
⎯⎯, Mas que-
⎯⎯ Porra! Que diabos está acontecendo aqui? ⎯⎯ Berrei, mas ele apenas fez um gesto com os dedos para que eu me calasse.
⎯⎯ Você sempre recusou os convites para me conhecer, só dei um empurrãozinho para que mudasse de ideia! ⎯⎯ Ele responde sorrindo ladino. ⎯⎯ Marcus, pode voltar para seu turno. ⎯⎯ O rapaz diz e o segurança se vai.
⎯⎯ Quem é você? O que você quer de mim? ⎯⎯ Perguntei, ainda confusa e assustada, com a situação.
⎯⎯ Me conhecer vai ser um pouquinho difícil, mas eu, quero te conhecer melhor. Desde que te vi, não consigo tirar você da minha cabeça, e já lhe disse isso antes. ⎯⎯ Ele respondeu, se aproximando de mim.
Me senti ainda mais desconfortável com a situação. Não sabia o que fazer, estava completamente perdida e vulnerável naquele lugar lotado.
⎯⎯ Desculpe, mas eu não estou interessada. Por favor, me deixe ir embora. ⎯⎯ Pedi, tentando manter a calma e controlar o medo que sentia.
⎯⎯ Não vai ser tão fácil, querida. Você vai me dar uma chance. ⎯⎯ Ele disse, segurando firme em meu braço.
Foi nesse momento que decidi que não iria deixar aquilo acontecer. Com um movimento rápido, consegui me soltar de seu agarro e sair correndo em direção à saída.
O rapaz tentou me seguir, mas não conseguiu me alcançar.
Foi isso que imaginei. Inesperadamente, senti meu corpo ser puxado e mãos se agarrando à minha cintura.
⎯⎯ Me solte! ⎯⎯ Berrei.
⎯⎯ Não seja tão difícil! ⎯⎯ Eu sentia sua respiração em meu pescoço. Desesperada, comecei a gritar por ajuda, chamando a atenção de algumas pessoas ao redor.
⎯⎯ Porra, porra! Cale a boca! ⎯⎯ Ele colocou sua mão áspera e gélida em minha boca, não me permitindo gritar. ⎯⎯ Grite mais uma vez e irá se arrepender.
Desesperadamente, mordo sua mão e ele me solta, mas não consegui correr, pois o mesmo foi mais rápido e segurou novamente. Estávamos um pouco afastados das pessoas, então ninguém me escutaria.
⎯⎯ Vadia! ⎯⎯ Ele murmura, e puxa meu braço, me levando para algum lugar.
⎯⎯ Ah, chega! ⎯⎯ Berrei, puxando meu braço de volta. ⎯⎯ Fui puxada por aquele brutamontes tantas vezes que já me irritei com isso. Me diz que merda que está acontecendo, agora mesmo! Exijo uma explicação!
⎯⎯ O que pensa que aconteceu? ⎯⎯ Ele ri. ⎯⎯ Junte as peças! ⎯⎯ Ele me olhou com um sorriso ladino. ⎯⎯ Vamos lá! Sei que você não é boba! ⎯⎯ Ele passou uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha, mas tirei rapidamente sua mão de meu rosto. ⎯⎯ Você acordou em outro quarto, sua amiguinha insistindo para vir a essa corrida, o cheiro de álcool no nariz, seguranças, eu.
Perdi meu fôlego ao escutar tudo isso. ⎯⎯ Voc-
⎯⎯ Voc-
⎯⎯ Te sequestrei!? ⎯⎯ Exclamou ele, com os olhos sombrios.
Ele apenas riu, como se aquilo fosse engraçado.
⎯⎯ Se preferir chamar assim, pode chamar. Mas prefiro dizer que te dei uma oportunidade que você recusou várias vezes. Agora você vai ficar aqui e vai aproveitar a noite comigo. ⎯⎯ Ele disse, deixando claro que não havia opção.
Eu me senti impotente e assustada, sem saber o que fazer. O que ele queria de mim? Por que ele estava fazendo aquilo?
⎯⎯ Eu não irei ficar aqui. ⎯⎯ Digo, com a voz trêmula.
⎯⎯ Ah, meu amor! Você sabe que não tem opção! ⎯⎯ Ele apenas ignorou.
⎯⎯ Droga! Não! Eu não vou fazer parte dessa merda. ⎯⎯ Berrei, me afastando dele.
Mas o mesmo puxou minha mão e colocou-a na cintura do mesmo, me fazendo sentir um objeto gélido.
⎯⎯ Você sabe muito bem o que está tocando! Ou você faz a merda que eu estou mandando, ou teremos problemas.
Eu sabia que precisava encontrar uma maneira de sair daquela situação, mas a presença intimidadora do rapaz ao meu lado me impedia de agir. Senti que estava presa em um pesadelo, sem saber se conseguiria acordar.
Sem pensar direito, gritei por ajuda, mas a música alta do local impediu de alguém me ouvir. Por outro lado, novamente o rapaz me prendeu em seu corpo e colocou sua mão em minha boca.
Me debati, para sair de perto do mesmo, mas ele não me deixava por conta de sua força.
⎯⎯ Eu não quero te machucar, caramba! ⎯⎯ Lágrimas contactaram meu rosto. ⎯⎯ Se eu tirar a mão, você promete não gritar? ⎯⎯ Eu conseguia ouvir sua respiração desesperada.
Fiz que sim com a cabeça e o mesmo soltou sua mão devagar, olhando no fundo de meus olhos.
Eu me senti aliviada quando ele finalmente retirou a mão da minha boca, mas não pude evitar o impulso de gritar por ajuda. Eu sabia que a música alta abafaria o som, mas precisava tentar de qualquer maneira.
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𝐘𝐨𝐮 𝐌𝐚𝐤𝐞 𝐌𝐞 𝐒𝐢𝐜𝐤 || Segunda Versão.
ФанфикVOCÊ ME DEIXA DOENTE - Uma história de perigo e redenção. Jade Campbell, sempre foi uma mulher cercada por traumas em sua vida. Após presenciar constantes brigas violentas entre seus pais, ela se vê envolvida em um mundo de crimes, sem ao menos perc...