04| Sonhos, pesadelos ou lembranças?

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"E não há remédio para as lembranças,
seu rosto é como uma melodia,
que não sai da minha cabeça."
Dark Paradise - Lana Del Rey

- Não faz isso na frente delas, querido - uma mulher que eu não sabia quem era

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- Não faz isso na frente delas, querido - uma mulher que eu não sabia quem era.

- É bom elas verem, pra aprender a não fazer o mesmo que você.

Eu estava sentada no sofá, abraçando uma outra menina, nós éramos criança e estávamos com muito medo. O homem avançou violentamente pra cima da mulher. Eu não conseguia ver o rosto deles.

- Não toca na mamãe - eu gritei e corri pra frente da mulher, que era minha mãe.

- Você não deveria ter feito isso, pirralha.

O homem me deu um tapa tão forte, que fez meu corpo de criança ser jogado contra a parede. Eu fiquei sem forças encostada na parede, e aquele homem veio andando no meu rumo, de um forma assustadora. Ele chegou perto de mim e me pegou pelo pescoço e me colocou contra a parede. Meu ar foi sumindo aos poucos e ficava cada vez mais difícil respirar.

A falta de ar foi me atingindo ao pouco e quando eu percebi estava acordada na minha cama. O suor frio escorria pelo meu rosto e minha respiração estava ofegante. Desde que meu pai morreu, eu não tive mais esses sonhos. Mas parece que eles voltaram e voltaram com tudo.

Eu levantei e fui direto tomar um banho, para vê se tirava aquele sonho, sonho não, pesadelo da minha cabeça. Já se passou 2 dias do ocorrido com o Ronnie e Nick não apareceu em casa, já mandei mensagem mas nem visualizou.

Hoje Rafaella vai levar eu e Noah para uma entrevista na St Marie College, sim entrevista, até parece estou concorrendo a uma vaga de emprego. Bem, Will falou com a minha mãe sobre eu estudar lá, mesmo eu insistindo que não tinha necessidade. Ela gostou da ideia, já que é uma ótima escola e vai me proporcionar um ótimo estudo.

Desci para o café já pronta, com um top preto com algumas falhas no tecido, uma saia xadrez plissada de preto e amarelo, e uma coturno preto. Quando cheguei na cozinha todos já estavam na mesa.

- Bom dia!

- Bom dia! - responderam em uníssono.

- Estão animadas para a entrevista? - perguntou Rafaella.

Para ser sincera, não, não estava, mas minha mãe estava e tio Will fez questão de arrumar um vaga lá, então eu tinha que dizer que sim.

- Um pouco.

- Nenhum pouco - falou Noah com zero animação.

- Esse é uma dos melhores colégios de EUA, deveria estar grata por ter a oportunidade de estudar lá.

- Você quer que eu estude lá, não eu.

- Sinceramente Noah... - Rafaella balançava a cabeça em negação e não falou mais nada.

𝒄𝒉𝒂𝒏𝒈𝒆𝒔 - minhα culpαOnde histórias criam vida. Descubra agora