Acordei com uma forte dor de cabeça, vejo a minha mão ligada ao soro. Não percebo como vim parar aqui, tento lembrar alguma coisa mas a minha cabeça doía demais.
Aperto em um botão na cama e vejo a enfermeira e o doutor entrando no quarto.
- Está tudo bem sra.Petrov? - indagou o doutor.
- Só sinto muita dor de cabeça, poderia me dizer o que aconteceu? - indaguei.
- A senhora levou uma pancada na cabeça e o seu marido à trouxe.
- Onde ele está? - indaguei.
- O sr.Petrov acabou de sair - era óbvio, ele só sabe fugir essas coisas, tentei levantar da cama e eles foram ajudar-me - não faça muito esforço, por conta do bebê.
- Bebê? - indaguei incrédula.
- Sim, está grávida de 2 semanas - respondeu sorrindo.
Eu não queria acreditar nisso, talvez esteja sonhando.
- Já posso ir embora? - indaguei.
- Não, ainda precisa ficar em observação pra termos a certeza que está tudo bem com a senhora e o bebê.
- Certo... - respirei fundo para não surtar- poderiam me deixar sozinha?
- Sim senhora - responderam em uníssono.
- Obrigada - depois que saíram, fiquei refletindo o facto de estar grávida, eu queria muito estar feliz mas essa vida não é nada própria para uma criança, Evan e eu não somos uma família e nem sequer planeámos isso.
Eu não quero criar uma criança nesse meio. Na verdade eu não queria que ele fosse o pai dessa criança, Evan é instável e insensível.
E provavelmente eu não seria forte o suficiente para cuidar do bebê.
Vejo a porta ser aberta pelo Evan, ele parece calmo vindo na minha direção embora o no seu pescoço tenha uma mancha de sangue, que situação.
- Você está bem? - indagou.
- Sim - falei quase em um sussuro - o médico já falou com você?
- Já, o conselho já está a par de tudo, não posso fazer um anúncio no momento porque estamos sendo atacados e você seria um alvo fácil, já deve notar pelo que aconteceu hoje.
- Então eles tentaram me matar?
- Se fosse, não seriam tão carinhosos - respondeu irónico.
- Não estou com paciência para a sua ironia, agora mais do que nunca preciso me preparar para qualquer ataque, porque não serei apenas eu - disse apontando para a barriga.
- Você não tem com o que se preocupar, terá o Death e vários seguranças de olho em você.
- Me dê uma arma, não confio a minha vida à vocês.
- Sozinha não consegue espantar nem uma formiga, então faça o favor de não fazer besteiras novamente.
- O que eu gosto em ser subestimada é a surpresa no rosto de quem duvidou.
- Interessante, veremos isso depois. Tenho que ir - respondeu ríspido.
- Que dia memorável... a conversa mais longa que tivemos foi essa, será que você consegue ser sociável?
- Vou pensar que é a gravidez - falou mais pra si que outra coisa, saíndo do quarto.
Esse lugar é bem mais entediante que outra coisa, retiro o soro e levanto, com um pouco de dificuldade vou até a porta e abro, encontro Death e o cumprimento.
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Cagna
Accióntudo tem um fim, mas sempre haverá um recomeço, seja ele bom ou mau. Cabe a nós escolhermos? Ela não teve opção a não ser aceitar o que lhe foi atribuído.