Eles não trocaram nenhuma palavra mesmo depois que entraram no carro.
Um desviava do outro assim que sentiam o olhar sob si. Castiel semicerrou os olhos antes de Dean quebrar o silêncio.
— Estou levando você pra casa ou...?
— Não. — rebateu óbvio. — Ainda preciso ir encontrar o Aaron.
— Do que você está falando?
— Meu encontro, ao qual você está me levando.
— Bem, eu...eu pensei...— talvez fosse a primeira vez que Castiel viu Dean gaguejar. — Mas o Aaron?
— Olha, pode encostar?
— Espere, ainda estamos a um quarteirão do bar. — Dean tentou, mas o moreno insistia.
— É, eu sei. Eu quero sair do carro.
Dean parou.
— Espere, só...— Castiel mal esperou para abrir a porta, as gotas fortes de chuva começando a cair em cima dele. — Ei, espera. Leva meu guarda-chuva!
O moreno ignorou os gritos dele e bateu a porta do carro, rapidamente ficando ensopado e não poderia se importar menos.
Andava em passos rápidos, praticamente correndo pela rua molhada. Seu sobretudo o protegia minimamente, mas seu cabelo já estava uma bagunça e dessa vez não era proposital. Quando entrou pela porta do bar deixou suas pegadas marcadas no piso, ouvindo de longe Aaron conversando com o bartender.
— É o seguinte, Harris, se este fosse um chalé de madeira autêntico, o que você teria que fazer é entalhar aqui e usar uma estrutura em "A", clássica pela estética e estabilidade. — ele discursava segurando os palitos de pretzels na bancada como se estivesse dando uma aula grátis ao bartender, mas os soltou e tentou disfarçar quando viu Cas se aproximando. — Hey!
— Oi, desculpe o atraso, está um dilúvio lá fora. — ele riu tirando o sobretudo e o colocando nas costas do banco antes de se sentar. — Parece que tentei lutar contra um tsunami.
— Você está ótimo molhado. — ele disse inocente, mas logo tentou consertar. — Quero dizer, você está muito bonito. Eu sou muito ruim nisso...
— Vou querer um Jhonny Black, puro. — Cas pediu ao bartender. Suas mãos entre os cabelos pretos tentando retirar o excesso da água.
— E eu um Bailey's, com gelo. — Aaron disse, a mão passando por sua própria perna, um pouco nervoso. — Dia difícil?
— Dia estranho. — o moreno constatou, reconhecendo o livro da empresa na bancada. — Tempo de despir! — revirou seus olhos, corrigindo-se. — Despindo o tempo! Você está lendo! O que achou?
— Dizem para não julgar um livro pela capa, mas neste caso, os dois são terríveis.
Cas entreabriu sua boca, um grande sorriso surgindo.
— É, eu sei! Eu sei! Quem quer ler dez páginas sobre a topografia do Forte-
— Ticonderoga! — os dois disseram ao mesmo tempo, rindo logo em seguida. — Exatamente o que eu pensei! É genuinamente muito ruim.
Castiel o escutava atentamente, de repente pensando por um momento e se levantando do banco.
— Pode me dar licença um segundo?
— Claro. — Aaron respondeu e Cas já se dirigia até o corredor.
Deu poucos passos até quase esbarrar em Dean, mal olhando em seu rosto antes de continuar a andar.
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The Hating Game • Destiel
RomanceCastiel Novak e Dean Winchester se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do o...