Simone TebetA mulher saiu completamente possessa de raiva, de dentro de minha casa. E eu não fui atrás, eu estava tranquila e até um pouco aliviada com a minha decisão.
- Filha, pode me deixar sozinha com sua mãe. Só por uns minutinhos? - Soraya perguntou, ela concordou e saiu do quarto puxando e fechando a porta. - Simone, eu..
- Está tudo bem Soraya. Não se preocupe. - Falei me sentando na cama.
- De manhã cedo eu senti você me abraçando.. eu deveria ter ido embora. - Ela disse, cortada pela ligação em seu celular. Era seu noivo. Ela ignorou a ligação e colocou seu sapato para ir embora. Se aproximou de mim e passou a mão em meu rosto. - Me perdoe.
Sentia que o perdão ia muito além..
————✊🏻💜————
Eu estava trabalhando e Jade graças a Deus já estava melhor, estava na escola. Hoje a tarde teria um campeonato de vôlei na escola da mesma e eu e Soraya iríamos para assistir, já que Eduardo inventou desculpas para faltar.
Inútil
Tentei focar minha mente a manhã toda no trabalho, distrair minha mente. As vezes olhava ao redor e me lembrava dos bons momentos que eu tinha com Soraya aqui. Chegava as vezes a entrar no quarto em que era seu e aspirar o cheiro pra que eu tentasse ainda sentir algum rastro de seu perfume.
Quando caiu a parte da tarde, eu já estava na escola de Jade às 15:00 em ponto, vi minha filha animada chegar perto de mim, estava toda trajada e linda. Tamara acabou por vir também junto a Ilma e quando vi Soraya, acabei por abrir um sorriso. Que morreu foi rápido quando vi Rafael atrás dela.
- Esse carrapato não desgruda não? - Ouvi Ilma murmura. Acabei sorrindo, mantendo minha postura e vendo que ele falou com todos, menos comigo.
Como se eu me importasse.
Quando Soraya me deu um rápido abraço, senti o cheiro gostoso que vinha dela e fechei os olhos aproveitando o momento que se foi tão rápido.
Quando o jogo de vôlei começou, eu vi Soraya praticamente surtar. Ela pulava na grade da quadra, fazia torcida e até mesmo gritava o nome da nossa filha que estava abobalhada e envergonhada.
Ela nunca teve uma segunda presença assim em sua vida..
Acabei por sorrir admirada com a animação real e amorosa de Soraya, por Jade. A mulher praticamente entrou dentro da quadra de tanta animação. Pensei que iria infartar, quando Jade fez um ponto.
Soraya foi ao banheiro quando o jogo acabou e eu vi Tamara me cutucar.
- Uma professora pediu que falasse com ela sobre Jade. - Tamara falou apenas pra mim, franzi o cenho
Agora ?
Tamara me direcionou aonde era a sala e me ajudou a encontrar, quando entrei na sala. Vi Soraya ali sentada, que me olhava confusa também. Quando eu fui olhar para trás e questionar Tamara, a mesma havia me trancado ali com Soraya.
- O que tá acontecendo? - Soraya perguntou confusa. Vi uma mensagem no meu celular chegar.
Dinah
Um dia, ira me agradecer.
Cuidarei de Jade.Tamara bloqueou você.
Filha da puta. Encarei Soraya meio envergonhada e mostrei a conversa pra que ela olhasse. A mesma suspirou e se sentou novamente , estava quente. A sala completamente abafada e o ar condicionado desligado. Estava escura e entrava apenas traços de luz pela persiana. Completamente reservada
Não acredito nisso.
- Desculpe por isso Soraya, tenho certeza que já e ela vem nos soltar. - Falei meio envergonhada sentando em uma cadeira ao seu lado.
- Tudo bem. - Ela disse, ficamos um bom tempo caladas, até que Soraya se pronunciou novamente. - Desculpe pela situação com Addison, espero que esteja melhor.
- Soraya, eu acordei também um pouco mais cedo.. eu poderia ter saído da cama também, mais quis aproveitar a situação e eu te peço desculpas por isso. - Falei, lhe encarando.
- Foi erro nosso..tá tudo bem. - Ela disse, concordei olhando em seus olhos.
- Você está linda Soraya. Fico admirada a cada dia mais com sua beleza. - Falei, ela sorriu meio admirada com meu elogio.
- Simone, se eu fizer uma loucura agora.. poderemos esquecer depois e fingir que nada aconteceu? - Ela falou olhando em meus olhos. - Eu preciso.
- Depende do que seja. - Falei engolindo em seco, a mulher beijou minha boca e eu suspirei passando a minha mão em seu cabelo. Aliviada.
Ela encarou meus olhos quando eu afastei minha boca da sua e eu consegui compreender. Peguei em sua cintura e beijei novamente sua boca, aproveitando o momento e os seus lábios, meu coração faltava explodir no peito. Descontrolado.
A mulher se levantou e sentou em meu colo, passei meu nariz pelo seu pescoço e senti seu cheiro. Beijei seu ombro e passei a ponta do dedo pela sua coluna , por baixo de sua camisa.
- Eu quero.. - Ela falava agoniada. Parecia tentar dispensar qualquer pensamento que a faria recuar. - Quero você Simone.. eu preciso de você.
Parecia que um choque caiu sobre mim
Suspirei e me levantei , a colocando em pé e ajeitando sua roupa que estava praticamente fora do local certo. Vi Soraya franzir o cenho.
- Eu queria. Eu quero tanto.. tanto você Soraya. -Falei suspirando. - Não tem noção do quanto eu sinto a sua falta, mais não quero que depois vá embora e vá para os braços daquele homem, e aja como se eu nem existisse.. de novo.. não sou mulher feita pra ser boneca, eu estou sofrendo a muito tempo Soraya.. e eu não quero sofrer mais por um amor que nunca mais será meu novamente.
- Meu amor sempre foi seu. - Ela disse baixo, seus olhos lacrimejando.
- Não parece. - Falei baixo, respirando fundo. Ela negou tocando em meu rosto, fazendo eu a encarar.
- Eu te amo Simone.. eu só.. - Ela procurava palavras. - Eu tenho medo de sofrer novamente.
- E por isso escolheu o lado mais fácil e infeliz pra você? - Perguntei, ela olhou pra baixo. - As pessoas mudam, Soraya.
- Eu irei me casar, Simone. Não posso fazer isso com ele. - Ela disse, concordei suspirando.
- Então não me beije novamente.. seja feliz Soraya. - Falei passando por ela e tentando encontrar uma forma de ir embora.
O que não foi difícil, a chave da sala estava no chão, provavelmente Tamara teria a jogado por baixo da porta um tempo depois.
Abri a porta e sai da sala , dando de cara com Rafael, que nem soube me dizer nada. Não dei espaço pra isso, mesmo me afastando pude ouvir ele questionando Soraya, bravo.
Quando entrei em meu carro, acabei por chorar e praticamente socar o volante à minha frente.
A agonia em meu peito me dava desespero.
Dirigi de volta pra minha casa e eu sentia minha visão turva por conta das lágrimas. Estava agoniada e pressentimento ruim começando a invadir meu peito.
Quando estacionei o carro em minha garagem. Vi que tinha gente na casa ao lado pela primeira vez em muito tempo. E consegui enxergar a imagem do rapaz parado a porta me encarando com um sorriso.
Carlos César.

VOCÊ ESTÁ LENDO
SIMONE ( Simoraya )
Научная фантастикаSimone tem 37 anos, mulher madura e com muitas coisas na costa para se responsabilizar, inclusive sua filha de apenas 5 anos. Dona de vários hotéis espalhados pelo mundo. Soraya uma menina de apenas 21 anos, com a faculdade trancada por falta de din...