[🛟] Você faz eu me sentir seguro

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[ Avisos ]

O capítulo contém palavras de baixo calão, dirty talk, menção de traição (não entre os Jikook), humilhação e conteúdo sexual explícito.

Se sentirem desconforto com qualquer um dos temas, peço para que deixem o capítulo e evitem comentários desnecessários. Não me responsabilizo se decidirem continuar, os avisos estão ali em cima.

Para os que ficam, aproveitem a história e eu vejo vocês lá em baixo.

Boa leitura!

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Jimin não parava de chorar. Era como se o mundo tivesse desabado sobre os seus ombros, sobre a sua cabeça, fodendo-o sem piedade. E ele estava ali, esmagado debaixo dos escombros, apenas esperando por um socorro que parecia nunca chegar.

Seus pensamentos estavam abobalhados, confusos, e tudo em seu corpo parecia doer, gritando por ajuda, por conforto. Nada estava certo, nada estava bem. Seu coração ardia no peito e as lágrimas escorriam com cada vez mais vontade, manchando o rosto meigo com o fluído cristalino, bochechas coradas e nariz entupido, aparência pouco agradável.

O casaco de bolinhas não aquecia o seu corpo, tremia feito vara-verde, os ombros encolhidos e a postura torta, prendendo o frio em si. Estava abandonado no meio de um parque vazio, solitário, no meio do inverno feroz, as árvores balançando com o vento gelado e o céu pintado por azul-escuro, sinal de tempo chuvoso, triste. Não havia ninguém por perto, nem uma única alma viva, o lugar estava deserto, com alguns pássaros observando-o entre as folhagens. Um grande lago estendia-se até a entrada, largo e profundo, com patinhos flutuando sobre a água, de um lado ao outro, aproveitando a vida.

Ele funga baixinho, limpando o acúmulo de ranho e lágrimas com a manga da blusa, rosto inchado e quente, orelhas pinicando. As pernas tremiam em misto de frio e ansiedade, estava desolado, com uma multidão de sentimentos e emoções atravessando as vias neurais a cada novo segundo. Seu peito doía e saltava com furor, sentia-se tristonho, arrasado, acabado, todo muxoxo, chorando feito bebezinho, com um coração todo quebrado, desfigurado, irreconhecível. Não conseguia controlar, a solidão assolava-o com força e o clima piorava o seu estado, todo melancólico e pavoroso, escuro, vazio.

Seu telefone vibra no bolso traseiro. Jimin não atende, estava fadigado, e sabia quem estava ligando. Não queria falar com ele agora. Não queria falar com ele nunca mais. Mais três chamadas ressoam antes dele arrancar o aparelho do bolso e desligar, cansado do barulho chato que irritava os seus ouvidos, queria ficar em paz, quieto em seu canto, sofrendo a sua dor. Sabia que o idiota estava desesperado, não dava a mínima, esperava que morresse de preocupação, talvez assim se arrependesse do que tinha feito com os últimos três anos que passaram juntos. Tudo jogado no lixo, como a merda de um nada sem valor.

Estava no fim da tarde, um pouco além de seu limite para estar fora de casa, mas ele precisava ficar longe de tudo, para esfriar a cabeça e acalmar as emoções. Ele não queria dar outro piti, outro surto catastrófico, explodir com o mundo, falar merdas e se arrepender depois. Preferia ficar sozinho e tirar um tempo para si, era o melhor a ser feito.

Entretanto, para o seu desagrado, uma figura desponta do outro lado do parque, contornando o lago em costumeira corrida vespertina. Era um homem, Jimin podia ver por causa de sua estrutura, as luzes amareladas dos postes circundavam a sua silhueta, expondo o peito desnudo, livre de camisa, fones de ouvido no volume máximo pendurados nas orelhas e suor cobrindo a pele toda, cabelos molhados e caindo na frente dos olhos, os pelos arrepiados com o ar gélido do início da noite.

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⏰ Última atualização: Oct 05 ⏰

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