[🍭] Pirulito que bate, bate

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[ Avisos ]

O capítulo contém palavras de baixo calão, uso inapropriado de doces, crossdressing (personagem usando "roupas do gênero oposto"), referência a si mesmo em terceira pessoa, dirty talk e conteúdo sexual explícito. Todos são maiores de idade na história.

Se sentirem desconforto com qualquer um dos temas, peço para que deixem o capítulo e evitem comentários desnecessários. Não me responsabilizo se decidirem continuar, os avisos estão ali em cima.

Para os que ficam, aproveitem a história e eu vejo vocês lá em baixo.

Boa leitura!

[...]

Park Jimin sempre fora um garotinho mimado.

Gostava das coisas do seu jeito e odiava ser ignorado. Sempre teve o mundo em sua pequena palma, e amava a sensação de ser o centro das atenções.

Não o entendam mal, ele era uma bom menino. Sempre ia bem na escola e fazia a lição de casa com muito gosto. Ajudava os velhinhos a atravessarem a rua e sempre alimentava os gatinhos que miavam na porta de sua casa. Era um bom conselheiro e consolava o grupo de amigos sempre que um problema surgia, os animando com o seu jeitinho especial e lhes fornecendo vários abraços carinhosos. Além disso, tinha um coração enorme e muito puro, gostava de ver as coisas boas da vida e não era muito difícil arrancar um sorriso seu. Um verdadeiro doce.

Porém, Jimin tinha apenas esse pequeno defeito. Era a porra de um mimadinho. A peculiar característica ficava visível sempre que tinha a sua palavra contrariada. Ele colocava um beicinho nos lábios, sempre tão fartos e cor de carmim, inflava as bochechas fofas e coradas, choramingava com manha e batia o pezinho contra o chão continuamente, causando um barulhinho irritante e chatinho.

O Park era uma graça. Ninguém conseguia resistir aos seus olhinhos brilhantes, os orbes cor de mar, límpidos e charmosos, com o formato felino e os cílios de boneca tão escuros quanto as suas pupilas.

O menino grunhia e esperneava, parecia uma pequena criança birrenta, as lágrimas escorriam pelo rostinho choroso e, nesse ponto, ninguém conseguia negar aos seus pedidos, a voz amolecendo os corações com puro e simples dengo.

A maior vítima do pequeno pestinha, alvo de suas vontades e chantagens, era o próprio pai, Park Chanyeol. O grandalhão de quase dois metros e sorriso contagiante sofria nas mãozinhas do único filho, já que eram apenas os dois depois que a progenitora de Jimin abandonou ambos e fugiu para seguir com a sua vida de cantora. Essa não era uma história muito comentada entre eles.

Chanyeol jamais recuava um pedido sequer de Jimin. Se ele pedia algo, logo o teria em mãos. Era sempre assim. O menino abusava da boa vontade do pai, adorava gastar dinheiro em suas coisinhas e vivia pedindo desculpa e prometendo se controlar no próximo mês. Não era preciso ser um gênio para saber que aquilo era pura mentira e enrolação, a fatura do cartão continuava tão alta quanto as anteriores.

Além de ter exigências consumistas e tudo mais, Jimin era carente de atenção e amor, queria ser o foco de todo mundo. Ele gostava de receber carinho, não era difícil vê-lo abraçado ou grudado com alguém. Bastava acariciar os cabelos castanho-claro e o menino já estaria se aconchegando em seu ombro.

Não pensem que o Park não recebia amor ou carinho suficientes em casa, não havia ninguém que o amasse mais do que Chanyeol, era quase impossível vê-los separados sempre que o mais velho conseguia escapar do trabalho.

A relação de Jimin e Chanyeol era realmente admirável. O maior sempre era o primeiro a se levantar, preparava um café da manhã bem gostoso e subia para acordar o mimadinho. No escuro, ele caminhava até as grandes janelas e abria um pouco da cortina cor-de-rosa, apenas uma pequena frestinha de luz, Jimin odiava ser acordado com o Sol em sua cara. Então, ele seguia até a cama espaçosa no meio do quarto, rindo suave ao ver o bolinho na ponta do colchão, quase caindo no chão.

Banhados em devassidão | Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora