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Um mês depois do prólogo:

Shinobu estava marcada com hematomas, pois na noite passada havia sido espancada por Henry.

Não havia nenhum motivo aparente (não é como se tivesse motivo nas outras vezes).

Ela não sabia o que tinha acontecido com ele na noite passada, então não soube dizer o que ela "fez" de errado.

Henry apenas havia chegado em casa com a roupa amarrotada, perfume feminino empreguinado em seu corpo e uma feição horrorosa.

Sem dar um "Boa noite" ou um "Oi", ele chegou puxando Shinobu para um canto e começou a descontar toda a frustração dele em seu pequeno corpo.

Ela chorava sem parar, tentando se lembrar o que ela havia feito de tão ruim para apanhar daquela forma.

Tantas coisas se passavam em sua cabeça, mesmo a principal... Uma traição.

Era quase 100% perceptível de que ele traia ela, mas Shinobu não queria aceitar aquela realidade.

Mesmo perguntando o que tinha de errado, Henry ignorava e continuava batendo ainda mais forte, então ela desistiu de conversar e só aceitou calada.

Na cabeça de Henry se passava as palavras que Eloise lhe disse, palavras que o deixou cego de ciúmes e raiva.

Tudo o que ele mais queria era acabar com Shinobu para nenhum homem pensar em tocar nela.

O que é impossível, já que ela tem uma beleza que é impossível de não se observar. Se ele não a trata bem, tem milhares de homens que esperam essa chance.

Ela só não sabe.

Na noite passada, com a amante:

Deitados em uma cama de casal em um Motel caríssimo, Henry fazia leves carinhos no cabelo de Eloise, causando sono na mulher.

Autora: a sua você não cuida, né, vagabundo.

Eloise se aconchegava na cama com cuidado, se virando para olhar em seus olhos pretos.

Ela só pensava em uma coisa: destruir o casamento dele com uma mentira para fazer ele largar Shinobu.

Ao pensar em algumas mentiras que faria ele pirar de raiva, ela se lembrou o quão ciumento ele era.

Não só com Shinobu, mas com ela também. Eloise começou a passar a mão direita por seu abdômen definido e coçou a garganta, pronta para falar.

— Sabe, Henry... – Ela começou, fazendo uma cara de santa. – Eu descobri uma coisa, acho que você gostaria de saber.

Ele se ajeitou na cama e olhou para ela, focando em seus olhos. Continuou o carinho em seus cabelos.

— Pode me dizer, linda. – Disse com uma pontada de desconfiança.

Eloise já estava ficando animada para jogar a mentira na cara dele, porque ela sabia que ele iria reagir mal.

— Sabe a Shinobu? Descobri que ela está te traindo, baby. – Eloise faz uma carinha "triste", para fazer Henry cair em seu teatro.

— Como é? – Henry sentiu o seu corpo se contrair, causando muito ódio nele.

— Não fique zangado, baby. Já era perceptível que o relacionamento de vocês era uma bosta. – Ela sorri de canto e desce a mão em encontro do pau dele.

Antes que ela conseguisse adentrar a cueca, Henry segurou a sua mão com muita força e se levantou.

— Quem é você para dizer o que é bom ou não, sua vagabunda? – Henry gritou, cheio de ódio.

— B-baby, eu só disse o óbvio, não fica zangado comigo. – Eloise arrastou o corpo nu pela cama, até chegar nele.

Henry agarrou os cabelos loiros e levantou a sua cabeça para olhar para ele.

— Vai me dizer agora quem é o corajoso de roubar a minha mulher, Eloise. – Henry ordenou.

— M-marshal, o novo funcionário da sua empresa, foi ele. – Eloise mentiu novamente, causando mais raiva em Henry.

— Logo ele? – Ele suspirou. – Já sei o porquê dela ter me pedido para colocar ele na empresa, aquela putinha.

Henry soltou o cabelo de Eloise e começou a colocar a sua roupa. Colocou de qualquer jeito, o intuito era apenas ir para casa.

— Vai para sua casa, ou apenas durma aqui. Vou resolver as coisas com Shinobu. – Ele sobe o ziper da calça.

Eloise sentiu uma faísca de felicidade subindo por seu corpo, a ansiedade de perguntar se ele ia acabar com o casamento era grande.

— Vai pedir o divórcio, não vai? – Eloise perguntou, muito ansiosa.

— Não. – A feição de Eloise se fechou e ela se sentiu uma tola. – Até depois, linda. E obrigada por me dizer o que aquela vagabunda ia fazer.

E assim Henry saiu do Motel para ir espancar Shinobu, que não estava fazendo nada de errado.

Dia atual:

Shinobu estava fazendo o almoço, era o seu prato favorito da vida. Henry ainda não tinha acordado, e ela estava agradecida.

A sua manhã foi "tranquila", mesmo com toda a dor que ficou em seu corpo. Depois de um longo banho e uma roupa quentinha, Shinobu foi fazer o seu almoço.

Na noite passada ela estava tão machucada que nem dormiu do jeito que ele gostava, ela ignorou os pedidos dele e foi dormir com um pijama de frio.

Ultimamente as noites estavam frias, causando tremedeira nela. Enquanto Henry dormia com casacos, ela dormia com uma blusa de alça fina e uma calcinha.

Agora na cozinha, ela tirava a sua comida do fogão e colocava em cima da mesa, para enfim almoçar.

Shinobu estava faminta, na noite passada o seu marido a proibiu de comer, até que amanhecesse.

Agora ela estava sentada na mesa, mas se lembrou que não podia almoçar sem Henry quando ele estava em casa, então foi acordar.

Shinobu se levantou e foi até o quarto, viu ele dormir e se aproximou vagamente, pois estava com medo.

— Henry, acorda. – Shinobu começou a cutucar, até que ele acordou. – O almoço está pronto.

— Certo, só vou tomar um banho. – Ele se levantou e foi até o banheiro.

Shinobu ficou esperando ele terminar por uns 10 minutos, até que ele voltou com uma box, apenas.

Ela começou a servir a comida dele e serviu a dela, começando a comer, pois estava faminta.

Ela não abriu a boca em nenhum momento, porque isso também o irritava.

Eles continuaram comendo, até os dois acabares e ela ir lavar as louças. Henry se aproximou dela e distribuiu um beijo em seu pescoço.

— Me desculpa, amor. Mas eu fiquei muito bravo com você. – Ele puxou Shinobu contra o corpo dele, colando os dois corpos.

— Mas eu nem fiz nada, Henry. – Shinobu sussurrou.

— Certo... Como pedido de desculpas, podemos jantar hoje? Naquele restaurante que você tanto ama. – Ele sorri.

Ela pensou muito em uma resposta, mas como sempre, ela acabou aceitando o seu pedido de desculpas.

Como todos os outros.

1141 palavras.

É gente, a nossa pituca sempre vai sofrer (até o Giyu aparecer), estão ansiosos para a vinda dele?

A Eloise vai aparecer bastante, é uma das antagonistas. Que ódio.

Fiquem ansiosos para o próximo capítulo, beijocas.

(Quem está julgando a Shinobu, é porquê não sabe o quão difícil é passar/ver esse tipo de coisa acontecer.)

Vida (in)feliz - GiyushinoOnde histórias criam vida. Descubra agora