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O dia foi completamente tranquilo, o que acabou me deixando mais calma. Henry não me bateu ou brigou, e eu adorei.

Agora são 18:45, estou me arrumando para ir ao jantar com ele. Tomei um banho calmo com ele, sem sexo ou mãos bobas.

Foi um banho normal.

Henry se trocou e colocou um terno preto, muito bonito. Ele ficou tentando arrumar a gravata, mas desistiu.

Ele me puxou até o seu corpo ficar grudado no meu, e com jeitinho, me pediu para arrumar.

- Eu já te ensinei a fazer o nó, Henry. - Comecei a arrumar.

- Prefiro quando você faz. - Ele sorri.

Eu adoro esses momentos em que estamos em paz um com o outro, porque é super reconfortante.

Quando terminei de fazer, me afastei e fui até o closet para pegar um vestido lilás.

Eu adoro essa cor.

Acabei escolhendo um rodado que ia quase até o joelho. Ele era violeta com algumas borboletas espalhadas pelo tecido.

Vesti uma lingerie normal e coloquei o vestido, admirando o meu corpo. Percebi que estou mais magra que o normal...

Resolvi ignorar, porque se não eu iria chorar. Peguei um salto baixo e uma bolsa pequena, para colocar só o celular e um batom claro.

Passei creme corporal e espirrei perfume em algumas áreas do meu corpo, me deixando ainda mais cheirosa.

Fui até a sala e vi Henry sentado no sofá, digitando alguma coisa no telefone. Confesso que fiquei curiosa.

- Com quem está falando? - Pergunto curiosa. Me aproximei para tentar olhar.

Ele automaticamente desligou o telefone e guardou no bolso, me deixando com uma pulga atrás da orelha.

- Ninguém de importante. - Ele se levantou e deu alguns tapas no terno, para tirar o amassado.

- O que achou da minha roupa? - Dei uma voltinha, com um sorriso grande.

Ele apenas me olhou de soslaio e deu um sorriso falso.

- Bonita. - Henry pegou as coisas dele e saiu de casa, me deixando parada no meio da sala.

Poxa, custava me dar um elogio melhor? Custava elogiar a própria esposa?

Shinobu, não estraga o seu dia perfeito. Não seja a culpada de uma briga maior. Engole o choro e as frustrações.

Não reclama.

Fui até o carro e entrei, completamente em silêncio. Henry colocou a mão direita na minha coxa e deu um leve aperto.

Tirei a sua mão de mim e escorei a cabeça no vidro do carro. Péssima escolha.

Eu não sabia que um simples ato poderia deixá-lo com raiva...

Henry agarrou o meu cabelo e me deu um tapa no rosto, me deixando confusa e com algumas lágrimas nos olhos.

- Nunca mais faça isso, entendeu? - Henry empurrou a minha cabeça, me fazendo bater no vidro.

- Ai... - Toquei na minha cabeça, sentindo um líquido escorrer de leve. - D-desculpa... Eu juro que não fiz por mal.

Ele revirou os olhos e me deu um tapa na coxa, deixando a sua mão parada ali.

É Shinobu, você conseguiu estragar tudo de novo. É tudo por sua culpa.

Nos sentamos na mesa do restaurante e fizemos um pedido qualquer. Fizemos assim: Henry escolheu o meu e o dele, como sempre.

O problema é que as coisas que ele escolhe não são tão apetitosas... Mas eu adorava esse restaurante.

Ele ficou falando algumas coisas que não prestei muita atenção, mas fingia que sim.

Dei uma olhada pelo local e vi um homem alto se aproximando, com os seus olhos azuis penetrados em mim.

- Henry... - Chamo.

- Fala, Shinobu. - Ele me olhou com uma cara de tédio.

- Você conhece aquele homem ali? - Apontei, disfarçadamente. Ele concordou.

- Tomioka Giyu, coloca de trabalho.

Fiquei até desanimada quando soube. Ele deve saber que Henry me bate. Será?

Ele chegou na nossa mesa e cumprimentou Henry, logo depois pegando a minha mão e dando um beijo.

Senti um choque percorrer o meu corpo quando a sua mão entrou em contato com a minha. Eu o olhei e vi que ele também havia sentido.

Nos afastamos e olhamos para Henry, que estava visivelmente bravo. Me encolhi na cadeira e olhei para o meu colo.

- Henry, porque você não foi ontem no almoço com o pessoal da empresa? - Tomioka perguntou, me deixando confusa.

Henry me disse que estava no almoço.

- Como assim não foi? - Olhei para Henry, que começou a ficar nervoso.

Tomioka olhou para mim e olhou para Henry, dando um sorriso pequeno.

Será que Henry está me traindo?

- Cala a boca, Shinobu. - Ele mandou e eu fiquei quieta, cheia de mágoa. - Tomioka, isso não te interessa.

- Realmente, Henry. - Tomioka coloca as mãos no bolso da calça e dá um sorriso de canto para mim. - Mas acho que interessa a borboletinha ali. - Ele apontou para mim.

Me encolhi ainda mais, ficando com medo da reação de Henry.

"Senhor, não deixe com que Henry me machuque em casa." Penso.

Tomioka saiu da nossa mesa e caminhou até a dele, me deixando ainda mais nervosa.

Henry apertou os punhos e me olhou com uma expressão raivosa.

- Em cada conversamos. - Brigou e eu me encolhi.

- C-certo...

A comida chegou e ele começou a comer, ignorando totalmente a minha existência.

O dia estava ótimo demais para ser verdade.

882 palavras.

Ai gente, tinha que ser essa peste do Henry.

Quem apoia que eu mate ele?:

Demorei mas cheguei, e com um capítulo razoável.

NÃO FOI REVISADO!

Vida (in)feliz - GiyushinoOnde histórias criam vida. Descubra agora