Capítulo 20

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Mitsuki estava mal com toda essa situação, e depois da morte de seu marido, percebeu que nunca foi uma boa mãe para o seu filho. Se fosse, ele estaria sofrendo menos do que agora.

A mulher se culpava por tudo que o seu garoto estava passando. Como não tinha parado para repensar suas atitudes durante todos esses anos? Era mesmo necessário a morte de Masaru, para que ele reconhecesse seus erros?

Estava decidida! Seria uma mãe muito melhor, não aguentava mais ver Katsuki daquele jeito.

Enquanto isso, o loiro estava abraçado com seu travesseiro, pensando em sumir daquele mundo. De repente escutou batidas na porta e logo em seguida, ela se abriu.

– Filho? Posso entrar? – perguntou, ainda sem ter entrado por completo no quarto.

Bakugou nada respondeu. Apenas olhou para ela.

– Vou entender isso como um sim – sorriu aproximando-se da cama e se sentando perto de seu menino.

– O que quer comigo? – perguntou. Sua voz mal saia e aquilo fez Mitsuki sentir um aperto no coração.

– Vim ver como você está, meu amor – levou sua mão para o rosto dele, fazendo um carinho na região.

– Eu tô ótimo – desvia o olhar.

– Olha, eu vim aqui te pedir desculpas. Sabe, pelo jeito que eu venho te tratado, eu não tinha percebido antes que era uma péssima mãe – baixou a cabeça, derramando algumas lágrimas de arrependimento.

– Uh? – a encarou surpreso.

– Você pode me perdoar, querido? – segurou a mão do loiro, dando um sorriso.

– Tá falando sério? – a mulher acentiu – é claro que eu te perdôo, aliás, nem tem nada pra perdoar – a abraça.

– Obrigada, muito obrigada – o abraça de volta – eu tô muito preocupada com você, Katsuki. Por que não sai? Não está com fome?

– Não...

– Mas eu estou! Então porque não vem comigo preparar o jantar? Podemos fazer seu prato preferido, ou o que você quiser! – se levantou – Você gosta de cozinhar, não gosta?

– Gosto muito.

– Então, vamos? Por favor, seu pai sempre disse pra você seguir em frente quando estivesse triste. E agora é o momento de você fazer isso. Eu estou aqui com você e por você, sou sua mãe.

O loiro abaixa a cabeça, começando a chorar, sempre quis que sua mãe lhe dissesse isso. Mas ela sempre pronunciou essas palavras somente para Izuku.

Ela estava certa. Mesmo tendo poucos dias da morte de seu pai, ele precisava ter forças e aguentar. Mais cedo ou mais tarde se encontraria com ele. Sabia muito bem que Masaru cuidava de si mesmo não estando ali fisicamente.

– Está bem, eu vou com você – arrumou forças para se levantar, embora não conseguisse manter o equilibrada direito.

– Eu te ajudo. Mas antes, limpa esse seu rosto, é lindo demais pra ficar assim – secou as lágrimas do rosto do garoto com suas mãos.

No dia seguinte

Todos da U.A estavam vivendo suas vidas normal e tranquilamente. O famoso "bakusquad" estava um canto da sala conversando, mas todos pararam quando avistaram o loirinho explosivo na porta.

– Bakugou! – o falso ruivo foi correndo até ele e o abraçou.

– Oi, bom dia – adentrou mais na sala, junto com ele.

– Você está bem, bro? Por que faltou esses últimos dias? Tava todo mundo preocupado. Quer dizer, nós estávamos!

– Não foi anda, só uns problemas lá em casa. Será que podem me passar a matéria desses últimos dias? – perguntou sentando-se em seu lugar.

– Pode pegar meu caderno – Jirou disse, indo até sua mochila e pegando o caderno, entregando para Katsuki.

– Kacchan, eu te amo muito cara. Não me deixa nunca mais, foi horrível ficar sem você – Denki choramingou indo abraçar o outro loiro, que riu baixo.

– Quando for faltar avisa, bakubaby, o Kiri e o Denki só faltaram enlouquecer – a rosada falou rindo.

– Tá...teve algum trabalho?

– Teve sim. Eu fiz por você, ficou ótimo! – Sero falou – mas eu digitei, se não o professor ia perceber.

– E acredita que ele fez você tirar nota máxima? – o "pikachu" riu alto, batendo nas costas do mais alto.

– Jura? Obrigado. Eu tô te devendo uma – sorriu

– É, mas faz logo antes que o professor chegue. A atividade de filosofia é pra hoje.

No intervalo

Bakugou's pov

Eu ainda tô mal, muito mal pra falar a verdade. Eu continuo sem vontade pra fazer algumas coisas, mas minha mãe não tá me deixando em paz nem um minuto. Hoje ela me acordou cedo, me obrigou à tomar banho e me arrumar, fez café pra mim e até me trouxe de carro.

Eu preferia estar em casa. Mas não é horrível estar aqui na escola, poderia ser pior.

– Bakugou! – ouço alguém me chamar, era Shouto.

– Oi, meio a meio. Tudo bem? – o cumprimento sorrindo.

– Tudo. Aliás, eu queria saber você está, fiquei sabendo da morte do seu pai quando fui à sua casa – diz.

– Ah, tô indo. Tá sendo horrível não ter ele comigo, mas tô tendo muito apoio lá em casa. Pelo menos desde ontem– explico calmamente.

– Oh, fico feliz então. Eu queria conversar com você.

– Sobre?

– Sobre eu ter me afasto mais. Juro que não foi minha intenção, acontece que meu namoro-

– É mais importante, seu namoro é mais importante. Tudo bem, eu entendo, de verdade – desvio o olhar.

– Posso te dar um abraço? – pergunta é eu sinto meu rosto esquentar.

– P-pode.

Logo sinto seus braços me rodeando, e eu apenas aproveito o máximo que posso. Faz tempo que ele não me abraça. Eu espero de verdade que algum dia ele goste de mim assim como gosta do Deku.

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