O encontro do destino

4.

                MALINA WOOD
                  Los Angeles

- Malina, vou falar pela última vez, eu não vou deixar você viajar sozinha para Maldivas. - Minha mãe diz impaciente pela minha insistência.

- E se eu for com a Jayla? - Insisto mais

Minha mãe se levanta amarrando seu cabelo ruivo em um coque e me olha com um olhar de repreendimento.

- Vai tomar banho pra ir pra escola, hoje tem jogo do Dylan e nós vamos assistir. - Ela diz

- Eu não quero ir ver o jogo dele. - Falo enquanto faço uma cara manhosa.

- Malina. - Minha mãe enuncia e eu saio correndo antes dela dizer qualquer coisa.

Hoje minha mãe está bem mau humorada, eu não sei se é o trabalho ou é porquê eu sou filha dela mesmo.

Tomo um banho rapidamente e coloco uma calça jeans junto a um cropped branco, como está um pouco fresco hoje coloco um moletom por cima.

Desço pra sala vendo minha mãe e e Eduard se abraçando.

- Mamãe, papai, estou pronta. - me viro com o vestido roxo e rodado.

- Você está linda minha filha! - Meu pai me pega no colo e me ergue no alto.

Dou gargalhadas o olhando e ele me traz para seu colo.

- Vamos? - Ele pergunta enquanto acaricia meus cabelos.

- Simmm! - dou um gritinho e meus pais começam a rir junto a mim.

Eduard é um bom homem, admito que no começo não gostei dele, e nem aceitei o relacionamento dele com minha mãe. Mas eu vi que eu tinha que deixar tudo pra trás, minha mãe não poderia ficar sofrendo por um relacionamento passado pra sempre, e nem presa a isso. Então eu tento meu máximo para apoiá-los.
Minha mãe agora está na cidade natal dela, com a sua melhor amiga Lauren Argent, casada com Eduard, mas isso não significa que ela esqueceu do meu pai, ou que parou de amar ele. Ela apenas está seguindo sua vida.

- Vamos? - Digo

- Claro. - Eduard me olha rapidamente e em seguida fomos para o carro.

[...]
As arquibancadas estavam cheias, e sinceramente, eu ja vi myitos jogos de futebol americanos, mas quando eu ainda morava aqui, não lembro de mais nada agora. Então creio que não vou entender nada, olho para o campo e vejo diversos caras, mas o time da escola dava pra reconhecer de longe com o Dylan gritando com os garotos.

- Se querem vencer, precisam se sacrificar, se doar e se empenhar ao máximo, entendido? - Dylan grita e os garotos dizem sim em uma altura parecida.

O olhar de Dylan paira sobre mim que me remexo desconfortável e ele vem em minha direção. Merda, por que estou nervosa?

- Cadê meus pais e seus pais? - Ele diz se sentando ao meu lado.

- Ficaram com as primeiras arquibancadas. - Digo sem o olhar diretamente.

- E por que você não ta com eles? Vai ficar aqui sozinha? - Dylan exclama e olha em volta procurando alguém. - É perigoso.

- Vou ir embora daqui a pouco, não entendo nada disso. Nem mesmo sei quando marca um ponto ou não. - Eu falo e ele ri um pouco.

- É difícil de entender pra quem é sedentário, mas se você ficar, prometo que vai me ver ganhar e vai entender absolutamente tudo desse jogo. - Ele levanta e da uma piscadela pra mim antes de sair correndo em direção ao time.