031- Praia deserta

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"Querido, eu caio aos pedaços quando
estou com você"

LANA DEL REY-
Música: Cherry


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JÉSSICA ALBA


- Não sei o que vestir - Digo colocando as duas mãos no rosto

- Nem eu, socorro - Any se senta ao meu lado

- Vou surtar - digo me deitando na cama

- Amiga? - Ouço Any me chamar

- hum?

- Está tudo bem com você?

- Como assim? - me levanto

- Não sei, você ta muito estranha ultimamente - Any diz

Eu realmente não estava muito bem ultimamente, eu precisava de descanso, de paz.

- O que acha de você ir dar uma volta? não sei, talvez respirar um pouco bem longe de tudo e todos. Se quiser, te acompanho

Any tinha razão, eu precisava de um descanso, de uma paz própria, de descanso tanto quanto fisicamente quanto psicologicamente.

- Você tem razão - Me levanto e pego as chaves do carro de Any e minha bolsa

- Jessy? Vai onde? quer que eu vá? - Any diz comigo já longe

- Aonde ela vai toda apressada assim? - Blair diz após eu passar ao lado da mesma igual um furacão.

- Quem e que sabe - Any responde à Blair

corro pelos corredores e desço as escadas toda contente e animada, olhando assim, até parecia que eu sabia aonde ir. Passei por todos que estava na sala, todos ficaram sem saber o que havia acontecido.

- Pra onde ela vai? - Moose sussurra nós ouvidos de Tom e de resposta Tom levanta os ombros em sinal de não saber aonde eu iria.

me adentro no carro, e coloco as chaves para ligar o automóvel, observo a traseira do carro pelo retrovisor para ter certeza que não havia nem um carro vindo. Um acidente e a última coisa que quero causar aqui agora, pra ser sincera, não chega nem ser opção. Dirijo sem medo de nada, dirijo como se nunca tivesse dirigido na vida, coloco minha cabeça para fora do carro, e grito, grito igual uma louca. Agora sim eu estava vivendo, agora sim eu estava me divertindo é dizendo foda-se para tudo e todos.

o Céu estava nublado, uma aparência de que estava prestes a chover, e isso pouco me importa, eu quero viver, eu quero conhecer Berlim, eu quero me sentir viva.

As estradas estavam um pouco vazia por conta do tempo que estava fechando, eu apreveitava é aumentava a velocidade cada vez mais, como se a estrada pertencesse apenas a mim. Logo depois de uns minutos, um trovão fica nítido no céu cinza, assim percebo uma praia deserta.

estaciono o carro e prossigo até a praia, o vento estava quase me carregando com ele, o vento bagunçava meus cabelos. jogo minha cabeça para trás, e fico de olhos fixos ao céu, fecho os olhos é sinto a brisa bater em cada detalhe da minha face.

- Jessy? - Escuto uma voz famíliar

ao me virar fico surpresa por quem estava ali parado logo atrás de mim. o mesmo vestia roupas pretas, ele me olhava profundamente e ao mesmo tempo sem entender nada.

- Bill? O que faz aqui?

- Não posso usar a desculpa de que estava aqui perto e te vi, até por que estamos quase fora de Berlim - O mesmo solta um sorriso leve - Bill percebe que minha expressão continuou a mesma pela qual fiquei quando o vi- Eu te segui, desculpa. - Concerto meus fios de cabelo o colocando atrás da orelha. - Eu já vou indo, desculpa mesmo - Bill se vira para se retirar

O que faço? Peço pra ele ficar? Ou deixo ele ir? Que merda Jessy, fala algo

- Bill, espera. - o mesmo se vira

- Tá afim de fazer uma loucura?

- Como assim loucura? - Bill pergunta sem entender

Tiro lentamente minha jaqueta, fazendo a mesma cair na areia que era mato entre eu e o Bill, tirando a jaqueta meus ombros ficavam totalmente nítidos, eu estava de camisola preta, e descalça.

- Confia em mim? - Estendo minha mão ao Bill, olhando fixamente nós seus olhos, sua pupila estava dilatada, seus olhos brilhavam mais que purpurina, e estanho, mas eu conseguia me encontrar em seus olhos.

- Eu deveria? - Bill pega em minha mão e solta um sorriso de leve

- Não seja bobo - Puxo Bill e começo correr com minhas mãos entrelaçadas na sua.

Enquanto eu corria, eu o olhava, olhava em seus olhos, eu não queria parar de me encontrar em seus olhos, eu não queria perder de vista toda aquela purpurina que tomava conta de seus olhos. Assim, começou chover, cada gota era como cubos de gelos caindo em minha pele, mas isso não me fez desistir, eu tinha um objetivo, viver, me sentir viva.

Solto minha mão da de Bill, e começo correr e pular só, rodava com os braços abertos.

- Tá chovendo Jessy, o mar fica muito turbulento- Bill diz ao me ver entrar no mar

- Para de choramingar - Puxo o mesmo para entrar comigo

Lá estávamos nós, no mar turbulento, no mar frio que causava arrepios até minha última espinha. Comecei jogar água no Bill e o mesmo começou fazer o mesmo, até que me escorreguei e cair nós seus braços, e logo eu já estava me encontrando em seus olhos novamente. Estávamos olhando um ao outro, olhos fixos um ao outro. Mas logo depois sinto uma pancada se contrabater contra a gente, fazendo assim nós dois se perder no mar frio que nós cercava. Não sinto mais nada, apenas muita água me carregando, eu não conseguia me mexer, ou ir pra um lugar diferente que a água me levava. Sinto alguém me puxar para fora daquele mar que me sufocava, que me deixava sem ar. Logo em seguida, não consegui ver mais nada além de uma pessoa me carregando, uma pessoa familiar.

- Tom? - Logo meus olhos se fecham, e não vejo mais nada além de um escuro atormentador.

Dance for me? | Jéssica Alba e Tom Kautliz Onde histórias criam vida. Descubra agora