5. A Morte de Aslan

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- Astra, melhore sua base, se não eu posso simplesmente fazer...isto, e você irá cair como acabou de fazer. - Oreius diz enquanto faz um movimento que me faz cair no chão

- Não foi justo, nem estávamos treinando mais. - digo me levantando

- A batalha nunca será justa, minha cara. Mas se focar nisso e nas aulas com seu pai, você será uma grande guerreira. - Oreius diz

- Obrigada. - respondo

- Agora, vai comer. Já treinou bastante. - ele diz

- Sim, senhor. - digo guardando minhas espadas e indo até os quatro irmãos Pevensies

- Achei que não iria parar de treinar nunca, mal te vimos o dia todo. - Pedro diz

- Vocês deveriam fazer o mesmo, a batalha está próxima. - digo

- Eu e Lucy estávamos indo fazer isso mesmo agora. - Susana diz, pegando seu arco e flechas

- E vocês dois, hein? - digo aos meninos

- Pensamos que você podia nos ajudar. - Edmundo diz

- Claro que eu posso. - digo

Após comermos um pouco, Pedro pegou um unicórnio e eu e Edmundo pegamos dois cavalos, então começamos a lutar entre nós enquanto estávamos montados nos cavalos.

- Vamos Ed, espada pra cima! Como Astra nos mostrou! - Pedro diz

- En garde! - Ed diz

- Agora bloqueia. - digo

- Astra, Pedro, Edmundo! - Sr. Castor diz correndo até nós, fazendo o cavalo de Edmundo se assustar

- Calma, cavalinho! - ele diz

- Meu nome é Filipe. - o cavalo respondeu

- Desculpe. - Edmundo responde

- A Feiticeira exigiu um encontro com Aslan. Esta vindo para cá. - o Sr. Castor disse, então todos fomos até a tenda principal

A Feiticeira já havia chegado com alguns de seus seguidores.

- Jadis! A Rainha de Narnia! Imperatriz das Ilhas Desertas! - um de seus seguidores diz enquanto ela esta sentada em uma cadeira, sendo carregada por ciclopes

- Que piada... - digo

- Você tem um traidor entre os seus, Aslan. - a Feiticeira diz

- A ofensa dele não foi contra você. - Aslan diz

- Vejo que se esqueceu das leis sobre as quais Narnia foi construída. - ela diz

- Não cite a Magia Profunda para mim, Feiticeira. Eu estava lá quando foi escrita. - Aslan responde

- Então se lembra bem de que todo traidor pertence a mim. O sangue dele é minha propriedade. - a Feiticeira diz

- Tente pega-lo. - Pedro diz pegando sua espada, e faço o mesmo

- Acreditam mesmo que a força bruta vai tirar o meu direito...reizinho e princesinha? Aslan sabe que a menos que eu tenha o sangue dele como manda a lei, toda Narnia sera subvertida e perecerá em fogo e água. Esse menino morrerá na Mesa de Pedra...como diz a tradição. Não ouse recusar. - a Feiticeira diz

- Basta. Quero falar com você a sós. - Aslan diz e entra em sua tenda, com a Feiticeira atrás dele, depois de um tempo eles voltaram - Ela renunciou ao direito do sangue do filho de Adão.

- Como vou saber se manterá a promessa? - a Feiticeira diz e Aslan a responde com um forte rugido, a fazendo sentar em sua cadeira e ir embora, todos riram e comemoraram, mas algo estava errado

- Astra, venha cá. - vejo Aslan me chamar e vou atrás dele até sua tenda

- O que você prometeu a ela? Hein? Ela não desistiria de Edmundo assim. - digo

- Eu irei no lugar dele. - ele responde

- O quê? Não! Eu sou a guardiã, eu devo protegê-los, você é o símbolo de esperança nesta guerra. Se você morrer, estamos condenados...Eu devo ir em seu lugar. - digo

- Basta. - ele diz - Eu irei morrer na Mesa de Pedra esta noite. Você deve ajudar a manter a esperança sólida.

- Mas pai... - digo me levantando e o abraçando, com lágrimas nos olhos

- Você tem muito o que aprender ainda sobre seu poder, mas com isso que lhe ensinei neste curto período, você conseguirá prosperar em batalha. - ele diz deitando a cabeça em meu braço - Agora vá. Tenho que me preparar.

Assim, sai de sua tenda. Os Pevensies me esperavam do lado de fora novamente, mas dessa vez eu precisava ficar sozinha.

- Astra... - Susana diz, mas continuo andando até o campo de arco e flecha

Sem conseguir me controlar eu acabo usando meu poder para levitar todas as flechas que tinham lá, então eu cai no chão chorando e todas as flechas acertaram os alvos bem no centro. Só não percebi que Lucy havia me seguido, e se ajoelhou ao meu lado me abraçando.

- Eu não sei o que aconteceu, mas estou aqui com você, Astra. Você também é minha irmã agora. - ela diz enquanto me abraça e eu choro

- Obrigada, Lu. - digo

Já estava escuro, todos estavam dormindo, mas eu não conseguia dormir, não tinha como, eu sabia que daqui pouco tempo, meu pai seria morto em sangue frio. Então, vi sua sombra passando ao lado da minha tenda, levantei e o segui.

- O que está fazendo, Astra? - escuto Susana atrás de mim, e vejo que ela e Lucy me seguiram

- Não deveriam estar na cama? - Aslan pergunta

- Não conseguimos dormir. - Lucy diz

- Por favor, pai. Não podemos ir com você? - pergunto

- Ficarei contente com a companhia, por enquanto. Obrigado. - Aslan responde e andamos com ele mais um pouco - É a hora. Daqui em diante, devo seguir sozinho.

- Mas Aslan... - Susana diz

- Tem que confiar em mim. Pois deve ser feito. Obrigado, Susana. Obrigado, Lúcia. Obrigado, filha. Adeus. - ele diz e segue em diante sozinho

Nós três vamos até um morro, onde conseguimos ver a Mesa de Pedra e todas as criaturas que seguiam a Feiticeira em volta para ver o assassinato de meu pai. Aslan subiu as escada, sendo maltratado e desrespeitado por tantas criaturas que deveriam amá-lo. A Feiticeira estava no topo das escadas esperando por ele.

- Observem. O Grande Leão. - ela diz, e um de seus minotauros bate em Aslan, o fazendo cair no chão

- Por que ele não reage? - Lucy pergunta

- Porque ele não pode. Esse foi o trato. - respondo

- Amarrem o animal! - a Feiticeira manda, e assim fazem - Esperem! Tirem todo o pelo dele! - assim fizeram - Podem trazê-lo a mim! Esta noite será satisfeita a Magia Profunda! Mas amanhã nós tomaremos Narnia para sempre! Ciente disso...desespere-se...e morra! - ela diz enfiando uma adaga no coração de Aslan - O Grande Gato...está morto!

- Eu tenho que voltar pro acampamento e avisar todos. - digo

- Astra, ele é seu pai, não quer ficar? - Susana pergunta

- Por ele ser meu pai, que eu devo voltar. Fiquem aqui por mim. - digo e volto ao acampamento

As Crônicas de Narnia - Astra Onde histórias criam vida. Descubra agora