4. Acampamento de Aslan

73 4 0
                                    


        Andamos mais um pouco e em pouco tempo estávamos no acampamento de Aslan. Enquanto andávamos até a tenda central, todos paravam para nos olhar e nos seguiam.

- Por que estão olhando para nós? - Susana pergunta

- Talvez achem você engraçada. - Lucy diz, me fazendo rir

- Pelo contrário, Lucy. Eles estão admirando seus futuros reis e rainhas. Vocês são uma lenda aqui, assim como eles são apenas lendas em seu mundo. - digo

- Não só nós, você também é uma lenda para eles, Astra, filha de Aslan. - Pedro diz

- Não exagera, Pedro, filho de Adão. - digo e rimos, chegamos na tenda de Aslan então Pedro pega sua espada e a ergue

- Nós viemos para ver Aslan. - Pedro diz

        Então, um lindo leão sai de dentro da tenda, fazendo todos se curvarem a ele, inclusive os três irmãos.

- Bem-vindo, Pedro. Filho de Adão. Bem-vindas Susana e Lúcia. Filhas de Eva. Bem-vindos castores, agradeço a vocês. E bem-vinda, Astra. Minha filha. - Aslan diz - Mas onde está o quinto?

- Por isso viemos, senhor. Precisamos de ajuda. - Pedro diz

- Nós tivemos um problema pelo caminho. - Susana diz

- Nosso irmão foi capturado pela Feiticeira. - Pedro diz

- Capturado? Como aconteceu? - Aslan pergunta

- Ele os traiu, Majestade. - o Sr. Castor diz

- Então traiu todos nós! - o centauro, Oreius diz

- Calma, Oreius. Sei que existe uma explicação. - Aslan diz

- Foi minha culpa. Fui severo com ele. - Pedro diz

- Todos nós. - Susana diz

- Senhor, ele é nosso irmão. - Lucy diz

- Eu sei, minha querida. Mas isso torna a traição pior ainda. Será mais difícil do que pensam. - Aslan diz a eles, e olha para mim - Minha filha, gostaria de conversar com você. - ele diz e volta para a tenda, então eu o sigo

- Pai. - digo abaixando a cabeça

- Acredito que tenha recebido meu presente. - ele diz

- Sim. - respondo

- Algo está lhe perturbando. O que é? - ele pergunta

- Sei que minha missão é ser guardiã de Narnia, guardiã dos reis e rainhas, mas por que eu? Você tem os melhores guerreiros ao seu lado, e me enviou para esta missão. - digo

- Você é minha filha, eu te mandei para Narnia para tal responsabilidade porque você é a melhor guerreira que conheço e uma das pessoas que mais confio. - ele diz

- Mas como você tem certeza disso? - digo

- Porque eu vi. Ainda lhe ensinarei sobre seus poderes, mas você tem um grande talento em suas mãos. Eu confio em você, espero que você também confie em mim, filha. - Aslan diz

- Claro, meu pai. - digo e saio da tenda, vendo Pedro, Susana e Lucy me esperando - Não precisavam ter me esperado.

- Você nos guiou durante esses dias, nos ajudou e estava disposta a lutar por nós. Você já é parte da família. - Pedro diz

- Sem contar quando você cuidou de mim na casa do Sr. Tumnus. - Lucy diz

- Ou quando brigou comigo por eu não estar pensando direito. - Susana diz rindo

- Desculpa por aquilo. - digo

- Eu que peço desculpas. - ela responde

- Vamos, temos que achar nossas tendas e tomar um banho. - digo e fomos

        Eu, Lucy e Susana dividimos uma tenda, e as ninfas da floresta nos ajudaram a trocar de roupa, arrumar nossos cabelos, etc. Então, fomos para o lado de fora pegar um ar.

- Está parecida com a mamãe. - Lucy diz pra Susana

- Ela não tem um vestido assim desde antes da guerra. - Susana responde

- Vamos levar um pra ela! Um baú cheio! - Lucy diz

- Se é que voltaremos. - Susana diz e percebe Lucy ficar triste - Desculpe ser pessimista. Nos divertimos juntas, não é?

- É. Antes de você ficar chata. - Lucy diz rindo

- Ah, é? - Susana diz e joga água do riacho na Lucy, então Lucy joga água de volta, até as duas olharem para mim, que estava sentada encostada em uma árvore, e jogarem água em mim também

- Acabamos de tomar banho! - digo rindo e me levanto para pegar a toalha que tinha no galho da árvore, quando puxo a toalha um lobo aparece de trás dela, fazendo eu puxar minhas espadas

- Por favor, não tentem correr. Estamos cansados. - o lobo diz

- E preferimos matá-las rapidamente. - outro lobo diz aparecendo

- Susana...a trompa. - digo e Susana e Lucy correm para pega-la, enquanto eu cubro elas lutando com os lobos quando eles tentassem se aproximar, e Susana consegue soprar a trompa

        Pouco depois, ela e Lucy estavam em cima de uma árvore e eu ainda tentava afastar os lobos, até Pedro chegar.

- Para trás! - ele diz correndo até nós com a espada na mão

- Por favor. Já passamos por isso antes. Sabemos que você não tem coragem. - o lobo diz enquanto rondava o Pedro, e eu cuidava para que o outro lobo não tentasse nada

        Então quando o lobo tentou me atacar eu pulo em cima dele e coloco minhas espadas em seu pescoço.

- Se você se mexer, eu corto sua cabeça. - digo, enquanto Aslan e outros do acampamento chegam para ajudar

- Guardem as armas. Esta batalha é de Pedro. - Aslan diz vindo para meu lado

- Pode pensar que é um rei, mas vai morrer como um cão! - o lobo diz e pula em Pedro

- Pedro! - Lucy grita enquanto ela e Susana descem da árvore e tiram o corpo do lobo de cima do Pedro, sua espada cravada no lobo

- Pode soltar esse ai, Astra. - meu pai diz e eu solto o outro lobo, que saiu correndo - Atrás dele. Vai levá-los a Edmundo. - assim, Oreius e outros foram atrás do lobos - Pedro. Limpe sua espada. - Pedro fez como foi dito e se ajoelhou diante de Aslan - Levante, Sir Pedro, Ruína dos Lobos. Cavaleiro de Narnia.

        Voltamos para o acampamento, e não muito depois Oreius voltou com Edmundo e o levou até Aslan. Pedro estava na sua tenda, assim como Lucy e Susana.

- Pedro. - digo do lado de fora da sua tenda - Seu irmão voltou. - logo depois ele sai da tenda e faço o mesmo com as meninas

- Edmundo! - Lucy diz e tenta correr até o irmão, que falava com Aslan, mas Pedro a segura, então Edmundo vem andando até nós com Aslan atrás

- O que passou, passou. Não vale a pena falar com Edmundo sobre o ocorrido. - Aslan diz e sai

- Olá. - Edmundo diz cabisbaixo e Lucy o abraça, Susana logo em seguida

- Você está bem? - Susana pergunta

- Um pouco cansado. - Edmundo diz

- Descanse um pouco. - Pedro diz

- Desculpe por dificultar seu trabalho, guardiã. - Edmundo me diz

- Estou feliz que esteja bem, mas não me chame mais de guardiã. - digo sorrindo e ele sorri também antes de ir em direção a sua tenda e de Pedro

        Aproveito o momento e dou uma cutucada em Pedro.

- Que foi? - ele me cochicha

- Diz alguma coisa! - digo

- Edmundo... - Pedro diz e Edmundo se vira para ele - Tente não se perder. - Pedro diz rindo e Edmundo ri também

As Crônicas de Narnia - Astra Onde histórias criam vida. Descubra agora