1. Bem-vindos a Narnia

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Já faz alguns meses que cheguei em Narnia, fiz alguns amigos como o Sr. Tumnus, o fauno que me achou e todos os dias eu rondava a floresta a procura dos filhos e filhas de Adão que eu deveria ajudar como fala na profecia.

"Quando a carne de Adão
Quando o osso de Adão
Com a ajuda da guardiã
Em Cair Paravel no trono sentar
Então há de chegar
Ao fim a aflição"

Eu sabia que eles estavam perto, só era questão de tempo até a profecia se realizar, e meu pai estava a caminho. Mas, enquanto nada acontece, eu devo me preparar para a batalha.

- Astra! Astra! - escuto Tumnus me chamar e pulo da árvore em que estava sentada

- Tumnus, que surpresa boa. - digo

- Você tem que parar de me assustar assim, sabia? - ele diz e eu rio - Tem alguém que eu quero te apresentar. - ele diz sorrindo e vejo uma menininha atrás dele

- Oi. - ela diz envergonhada

- Olá, qual o seu nome, querida? - pergunto

- Lucy, Sr. Tumnus disse que eu iria adorar te conhecer. - ela diz sorrindo

- Me chamo Astra, é um prazer conhecê-la, Lucy. - digo sorrindo para ela

- Você gostaria de tomar um chá com a gente na casa do Sr. Tumnus? - ela pergunta

- Eu adoraria. - digo e ela pega minha mão, me puxando para a casa de Tumnus

Chegando lá, Tumnus nos serve o chá e ficamos conversando perto da lareira. Ela me conta sobre seus irmãos Edmundo, Susana e Pedro e sobre como eles não acreditaram nela quando ela contou sobre a primeira vez que veio para Narnia.

- Por quê você carrega duas espadas nas suas costas? - Lucy me pergunta

- Bom, acredito que Tumnus tenha lhe contado sobre a história de Narnia. - digo

- Sim, ele contou. Sinto muito. - ela diz triste

- Está tudo bem, Lucy. Ainda há esperança, esse longo inverno logo chegará ao fim. A batalha está cada dia mais próxima, e preciso estar preparada para lutar pelo meu reino. - digo

- Sabe, Lucy, a Astra é guardiã de Narnia. - Tumnus diz

- É sério? Que incrível! Mas, você parece tão nova. - ela diz animada

- Em aparência tenho 17 anos...Está ficando tarde e é melhor você ir pra casa. Vou acompanhá-la até lá. - digo me levantando e pegando sua mão

- Tchau, Sr. Tumnus! - Lucy diz acenando para ele

- Tchau, Lucy! - ele responde enquanto eu e Lucy nos afastávamos de sua casa

- Você tem que conhecer meus irmãos, pena que eles não acreditam em mim. - Lucy diz

- Não se preocupe, logo seus irmãos vão acreditar em você, pequena. - digo, então vejo alguém perto de nós e puxo minhas espadas de minhas costas - Fique atrás de mim, Lucy.

- Edmundo? - Lucy diz, então o menino se vira para nós - Ah, Edmundo! Você entrou aqui também! Não é formidável? - Lucy diz correndo para abraçá-lo

- Então esse é um dos seus irmãos? - pergunto, guardando as espadas

- Ele mesmo, Astra! - ela responde, ainda apertando o irmão

- Onde você esteve, e quem é ela? - Edmundo pergunta, se soltando da irmã

- Com o Sr. Tumnus. Ele está bem. A Feiticeira Branca ainda não sabe que ele me conhece. E essa é a Astra, minha nova amiga, guardiã de Narnia. - Lucy diz segurando minha mão

- Feiticeira Branca? - Edmundo pergunta

- Ela diz que é Rainha de Narnia, mas não é não. - Lucy responde

- E essa guardiã? - Edmundo pergunta

- Ela cuida dos seres de Narnia. - Lucy responde, então o irmão fica estranho - Tudo bem com você? Você parece péssimo.

- Olha, o que você queria? Poxa! Está um gelo! Como nós saímos daqui? - Edmundo pergunta

- Vem com a gente, Astra estava me acompanhando. É por aqui. - Lucy diz pro irmão e volto a acompanhá-los para sua casa

- Até mais, Lucy. - digo

- Espero vê-la outra vez. - ela diz

- Claro que verá. - digo e volto para a casa de Tumnus

- Astra... - ele diz, já sabendo que eu estava brava

- Por que não me disse dela antes? - pergunto

- Eu ia reporta-lá para a Feiticeira. - Tumnus responde

- Você tem sorte de não ter feito nada, ou eu mesma o mataria. - respondo, então ouvimos barulhos de lobo, a Polícia Secreta - Eles sabem...

- Saía daqui antes que eles cheguem! Eles querem a mim, eles ainda não sabem sobre você, se você ficar então acabou. - ele diz me levando para a porta dos fundos

- Sabe que não pode me pedir pra fazer isso. - digo soltando meu braço de sua mão

"Esta não é sua batalha ainda"

- Por favor... - Tumnus diz e me entrega um lenço que Lucy havia dado a ele - Devolva para ela, por mim.

Então dou uma última olhada antes de me virar e correr para a casa de um dos nossos amigos, os castores.

- Astra? O que faz aqui? - o Sr. Castor pergunta

- Sr. Tumnus foi atacado, não pude ajudá-lo. Aslan disse que não era minha batalha. - digo triste

- Bom, que bom que está bem. Vamos, entre, não é bom ficar do lado de fora. - Sr. Castor diz

- O que está fazendo ai fora? - Sra. Castor pergunta

- Temos visita. - o Sr. Castor diz

- Astra? Por Aslan, entre querida. Deite-se e descanse, farei a janta para nós. - Sra. Castor diz, me levando até uma cama

- Obrigada. - digo e deito

As Crônicas de Narnia - Astra Onde histórias criam vida. Descubra agora