Em um reino mergulhado em intriga e poder, Aemond e Aegon Targaryen, dois príncipes ômegas, encontram o amor nos braços de Jacaerys e Lucerys Velaryon. No entanto, a rainha Alicent, mãe dos príncipes, teme a união e força seus filhos a tomarem inibi...
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Era madrugada quando Aegon acordou com o som estridente do choro de Jaehaera, ele rapidamente se levantou para ir até a filha, mas percebeu que não era mais necessário, o seu lugar ao lado do berço já estava sendo ocupado. Jace se apoiava no berço deixando que a filha pegasse seu dedo com as mãos pequenas como uma forma de distrair ela deixando que Aegon dormisse mais um pouco, suspirando Aegon se aproxima dele devagar para não atrapalhar aquele momento entre eles.
— Sabe, você é muito mais comilona que seu irmão, veja Jaehaerys, dorme que nem ver o seu escândalo, mocinha. — Ele diz pra filha apontado o outro bebê que dormia tranquilamente. — Que tal a gente fazer um acordo, princesinha? Sempre que você só quiser atenção, eu estarei aqui, por que você não está com fome, não é? Você só não quer ficar sozinha.
Aegon abriu um sorriso, ele sabia que Jace seria o tipo de pai bastante protetor com os filhos, mas que Jaehaera que iria ser o foco dele e é tão bom saber que ele não está sozinho com os filhos.
— Sei como é a sensação de ficar sozinho, eu me senti assim quando seu pai me deixou. — Jace suspira encarando a filha que o observava como se estivesse entender, mas ele duvidava muito que isso era verdade. — Eu pensei que meu mundo tinha acabado, todas as esperanças de ter um futuro ao lado dele tinha sido destruído naquele momento, por que seu pai é o ar que eu respiro, pequena, sem ele é como se estivesse morrendo lentamente.
— Sabia que devia fazer essas declarações para mim e não para nossa filha de dois meses? — Jace ergueu seus olhos encarando o ômega. — Eu entenderia melhor do que ela.
— Mas ela está me entendendo, está até em silêncio me ouvindo. — Ele sorriu para Aegon erguendo seu corpo. — Foi uma boa ouvinte até agora.
— Ela só tem dois meses, Jace, claro que ela foi uma boa ouvinte. — Ele se aproximou do alfa que abraçou a cintura dele colando seus corpos. — Só ela acordou?
— Ela nem tinha dormido, não faz nem meia hora que você acordou para alimentar ela, por isso sei que a mesma não está com fome. — Aegon deita a cabeça no ombro de Jace que suspira. — Você precisa dormir, Aegon.
— Mas eles choram toda hora, eu fico com medo de que alguém esteja...
— Ninguém vai levar nossos filhos. — Ele aperta a cintura do ômega beijando o topo da cabeça dele. — Eu não vou permitir, tem guardas prontos para matar o primeiro que tocar em um deles, e mesmo se passarem por eles, a pessoa vai ter que me matar primeiro se quiser um dos dois.
Suspirando Aegon fecha os olhos, sabia que o seu medo de perder os gêmeos não era irracional, mesmo o reino estando em paz, ainda existia olhares tortos para Aegon e para as crianças quando eles não estavam com nenhum dos negros por perto, ele não confiava na corte de Rhaenyra, pelo menos não em relação a ele e os filhos, e sabia que não podia falar nada ou começariam achar que ele era paranóico, e tudo que ele menos queria era criar ainda mais inimizades por causa dele, então ele pediu para Jace para que ambos ficassem em Dragonstone até o dia em que ele tivesse que subir ao trono, não queria mais voltar para a Fortaleza Vermelha, por causa dos olhares e por causa do que viveu ali.
