A impressão que tinha, é que o conhecia há anos, seus olhos, seus lábios não lhe pareciam estranhos, era como um dos seus sonhos, em muitas vezes, Katrine tinha a sensação de que já tinha presenciado ou vivido determinada cena, mas quando percebia tudo não passava de um devaneio.
Judith observava os dois há um tempo e estava feliz por ver que sua amiga estava sorrindo aos poucos e aproveitou para se apresentar ao novo amigo, ou parceiro de sua melhor amiga.
‒ Você fez e está fazendo, o que muitos de nós ainda não conseguimos... Depois de quase 4 meses sem ver a minha amiga sorrir, isso para mim é quase que um milagre.
‒ Não exagera Judith... Alec, essa é a minha amiga Judith.
‒ Oi, Judith.
‒ Desculpe em não me apresentar, e chegar no meio da conversa de vocês, mas é que estou muito contente em ver a Katrine sorrindo. Se eu não me engano, você é novo na cidade?
‒ Sim. Cheguei há pouco tempo, mas pelo que percebi é uma cidade muito calma e tranquila para se morar.
‒ Sim, é uma cidade tranquila, mas o que realmente é insuportável é o frio.
‒ Isso sim, eu tenho que concordar por que é verdade.
‒ A primavera começa daqui alguns meses, mas mesmo assim não faz calor e o que acaba animando na cidade são as festas, o povo adora reunir a família e amigos para fazer uma fogueira, tomar um vinho quente ou beber algo muito quente.
‒ Interessante, parece que vou gostar daqui, pelas boas referências que vocês estão me passando.
‒ Eu não posso dizer que tenho referências positivas, porque acho que cheguei na cidade com muito azar...
‒ Katrine, você ainda vai conhecer os tempos bons dessa cidade.
‒ Espero que sim Judith.
‒ Eu estou com um pouco de sede e vou buscar algo para tomar, vocês aceitam?
‒ Não, obrigada.
‒ Obrigada, Alec.
Alec precisava se retirar por não estar se sentindo bem, Katrine já havia observado a mudança na cor de seus olhos e agora ele sabia o quanto isso poderia ser arriscado, pois estava com muita sede. Um garçom passou a sua frente e ele se serviu com um copo de refrigerante, tomou com pressa em um só gole, mas sabia o quanto isso não adiantaria, pois a sua sede ia além de um simples copo de refrigerante. Entrou no banheiro e ao olhar sua face no espelho, percebeu o quanto seus olhos haviam ficado escuros, lavou o rosto e tentou se controlar... Uma onda de sensações também penetrava em seu ser, o cheiro da pele de Katrine, seus olhos, sua boca meiga e seu sorriso tentador. Alec, também sentia o que ela tinha sentido por ele, mas de uma forma diferente por que ele não era um simples humano, seus sentidos eram muitos aguçados, ele podia sentir o coração dela bater aceleradamente, podia ouvir os pensamentos de todas as pessoas que estavam naquela festa, mas os pensamentos de Katrine, eram confusos e ele não conseguia ouvir... Ela era a única mortal, que ele não conseguia ler seus pensamentos e isso o deixava fraco e nervoso, de uma forma da qual ele passava a mudar sua face e a cor dos seus olhos. Lavou o rosto logo e a porta do banheiro abriu, um rapaz meio embriagado entrou, e ficou olhando para Alec, pelo reflexo do espelho.
‒ Cara você está pior do que eu. Tô bêbado, mas você está drogado!
‒ Estou bem. Com licença.
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O Despertar do Luar
RomansaKatrine desperta para uma nova vida, após a descoberta de um grande segredo dos seus antepassados, que mudará seus planos e sua vida com Alec... Ela se apaixona por Alec, um rapaz misterioso e romântico, que guarda um segredo há séculos. Suas vidas...