CAPÍTULO 2

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A impressão que tinha, é que o conhecia há anos, seus olhos, seus lábios não lhe pareciam estranhos, era como um dos seus sonhos, em muitas vezes, Katrine tinha a sensação de que já tinha presenciado ou vivido determinada cena, mas quando percebia tudo não passava de um devaneio.

Judith observava os dois há um tempo e estava feliz por ver que sua amiga estava sorrindo aos poucos e aproveitou para se apresentar ao novo amigo, ou parceiro de sua melhor amiga.

Você fez e está fazendo, o que muitos de nós ainda não conseguimos... Depois de quase 4 meses sem ver a minha amiga sorrir, isso para mim é quase que um milagre.

Não exagera Judith... Alec, essa é a minha amiga Judith.

Oi, Judith.

Desculpe em não me apresentar, e chegar no meio da conversa de vocês, mas é que estou muito contente em ver a Katrine sorrindo. Se eu não me engano, você é novo na cidade?

Sim. Cheguei há pouco tempo, mas pelo que percebi é uma cidade muito calma e tranquila para se morar.

Sim, é uma cidade tranquila, mas o que realmente é insuportável é o frio.

Isso sim, eu tenho que concordar por que é verdade.

A primavera começa daqui alguns meses, mas mesmo assim não faz calor e o que acaba animando na cidade são as festas, o povo adora reunir a família e amigos para fazer uma fogueira, tomar um vinho quente ou beber algo muito quente.

Interessante, parece que vou gostar daqui, pelas boas referências que vocês estão me passando.

Eu não posso dizer que tenho referências positivas, porque acho que cheguei na cidade com muito azar...

Katrine, você ainda vai conhecer os tempos bons dessa cidade.

Espero que sim Judith.

Eu estou com um pouco de sede e vou buscar algo para tomar, vocês aceitam?

Não, obrigada.

Obrigada, Alec.

Alec precisava se retirar por não estar se sentindo bem, Katrine já havia observado a mudança na cor de seus olhos e agora ele sabia o quanto isso poderia ser arriscado, pois estava com muita sede. Um garçom passou a sua frente e ele se serviu com um copo de refrigerante, tomou com pressa em um só gole, mas sabia o quanto isso não adiantaria, pois a sua sede ia além de um simples copo de refrigerante. Entrou no banheiro e ao olhar sua face no espelho, percebeu o quanto seus olhos haviam ficado escuros, lavou o rosto e tentou se controlar... Uma onda de sensações também penetrava em seu ser, o cheiro da pele de Katrine, seus olhos, sua boca meiga e seu sorriso tentador. Alec, também sentia o que ela tinha sentido por ele, mas de uma forma diferente por que ele não era um simples humano, seus sentidos eram muitos aguçados, ele podia sentir o coração dela bater aceleradamente, podia ouvir os pensamentos de todas as pessoas que estavam naquela festa, mas os pensamentos de Katrine, eram confusos e ele não conseguia ouvir... Ela era a única mortal, que ele não conseguia ler seus pensamentos e isso o deixava fraco e nervoso, de uma forma da qual ele passava a mudar sua face e a cor dos seus olhos. Lavou o rosto logo e a porta do banheiro abriu, um rapaz meio embriagado entrou, e ficou olhando para Alec, pelo reflexo do espelho.

Cara você está pior do que eu. Tô bêbado, mas você está drogado!

Estou bem. Com licença.

O Despertar do LuarOnde histórias criam vida. Descubra agora