capítulo 04

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Ajuda as pessoas

Quando clara já estava a caminho de se encontrar com a sua amiga Luciana, passou por um pequeno parque e sentiu a sensação de parar um pouco ali, deu meia volta com o carro e sem cerimônias estacionou o carro e sentou-se em um banco, não tinha muita gente, uma carrocinha de pipoca algumas pessoas correndo, outras passeando com os seus cachorros, mães brincando com seus filhos em alguns brinquedos velhos da praça, nada que fosse anormal, para alguns, do outro lado viu alguns moradores de ruas, sentados em bancos parecidos com o que ela estava, muitas barracas montadas, muitos jornais, papelões, e lixo muito lixo
Nesse momento Clara sabia que aquilo ali não era normal, como poderia a cidade estar vivendo normalmente com outras pessoas passando por essa situação? Tinha crianças juntas, senhores e senhoras, nesse momento Clara só lembrava da vida aboa em que seu avô teve até a hora de sua morte, uma casa limpa cheirosa cama boa e principalmente comida na mesa, como poderia pessoas passando essas necessidades serem invisíveis à tantas pessoas que passavam e frequentavam aquele lugar, e chorou quietinha mas chorou, suas lágrimas foram interrompidas pelo toque de seu telefone quando era Luciana ligando para saber onde sua amiga estava nesse momento,já que o horário combinado já tinha passado,

- Alô, ou amiga tudo bem sim, eu tive uns probleminhas aqui em casa e já estou saindo me desculpa meu atraso mas não se preocupe eu vou chegar aí tá bom, tá bom um beijo.

Nesse momento Clara não queria sair dali, sentiu muita tristeza com aquela situação, e impotência de não poder fazer nada por eles, percebeu que uma criança chorava muito talvez de fome ou sei lá ... Do outro lado da rua tinha uma farmácia, clara se levantou e foi até lá

- Oi, tudo bem, você vende coisas para bebê aqui? Sim claro logo ali atrás! A tá bom obrigada

Clara pegou, chupeta, fralda, lenço,pomada, mamadeira ,umas 4 latas de leite em pó, remédios para dores para os adultos , absorventes para as mulheres, ataduras, umas 5 garrafas de água mineral, e muitas outras coisas, chegando no caixa ouviu !!

- Nossa, essa criança está sendo abençoada pela senhora, e respondeu;

- eu que estou recebendo essa benção .

- senhora deu o valor de 658,00 reais !

- tudo bem pode passar no meu cartão por favor! você sabe me dizer se aqui tem algum caixa eletrônico? Sim senhora logo aí na esquina lá loja que vende coxinha !

- Ótimo obrigada

Clara pagou sua conta e pediu a um atendente da farmácia ajudá-la a levar as sacolas até a máquina 24h na loja da coxinha

- Aqui amigo, obrigada pela ajuda tá, a senhora não quer que eu leve até seu carro? não precisa obrigada, aqui para você por ter me ajudado claro tirou 50 reais e deu ao menino ele saiu tão contente que nem acreditou.

Ela retirou uma quantia considerável e foi com as bolsas até aquele grupo de moradores

- bom dia! dá licença, chamo-me Clara e vi que vocês estão aqui com algas crianças e idosos e eu queria ajudar, posso?

Claro que sim senhora, ficamos muito felizes com isso, disparou uma senhora lá de trás, clara soltou as sacolas e disse, mas ou menos o que tinha dentro e disse que não era muitos era de coração, a mãe que via a sua filha chorar de fome levantou-se e disse jamais vou esquecer o seu rosto salvou a vida da filha ela já não comia a três dias e não sei se sobreviveria hoje, posso te dar um abraço, clara muito tímida deixou-se levar e abraçou aquela mãe, e disse
- Bom passo aqui sempre e vejo vocês aqui e sei o quanto deve ser difícil viver nessas (condições) e queria saber se vocês são de uma família só !?

- Sim, disse a menina mãe, somos sim, viemos de outra cidade para tentar uma vida melhor aqui, mas não funcionou tentamos, mas um tempo, mas nada acontecia e viemos parar aqui, mas somos pessoas de bem senhora uma família mas que infelizmente estamos no nosso pior momento!

- Bom, quero ajudar vocês, tenho um dinheiro aqui e quero dar a vocês, vai dá para ligar um lugar e comprar algumas coisas essenciais para sobreviverem na casa assim terão ânimo e tranquilidade para refazerem as suas vidas, vocês aceitam?

Sem cerimônias a senhora, mas velha veio até a mim e se ajoelhou aos meus pés eu imediatamente fiz ela subir e disse que não passava da minha obrigação, ela agradeceu-me por uns dez minutos sem parar e muito emocionada, eu entreguei o dinheiro nas mãos dela dei tchau a todos e fui em direção ao meu carro. Saindo com o carro percebi que todos da farmácia estavam-me olhando perplexos com a minha atitude, eu ri como se isso não fosse meu dever com as outras pessoas, quando estava a sair tive a sensação de estar a ser acompanhada com os olhos, tentei ver se via alguém e nada, peguei a estrada.

Mas lá na estrada do outro lado da rua estava meu avô Agenor sorridente e dizia que essa é a neta que eu amo.

Pelas escuras ruas do vício Onde histórias criam vida. Descubra agora