LEMBRANÇAS FRAGMENTADASNova Iorque, Brooklin,
07 de setembro de 1987▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
Nos últimos dias a Sra. Watson tem me pedido favores meio bobos e em troca ela me dava alguma quantia de dinheiro. No início não desconfiei de nada, pois eram coisas simples como pintar o lado de fora da varanda, limpar janelas, etc. Eu achei isso bem estranho, mas não questionei nada afinal. Ela já havia me dado cem pratas em troca desses favores e assim vem sendo desde aquela fatídica noite no Palácio Azul.
Tenho a desconfiança que, depois que contei a ela o que houve, ela se sentiu culpada por ter me levado à prisão e vem tentando se desculpar com favores e trocas de dinheiro. Ou isso é apenas uma forma educada de me chamar de desocupado e está tentando me fazer arrumar outro emprego.
Espero que seja a primeira opção.
Hoje, ela veio me pedir mais um favor: passear por aí com seu cachorro, Bob. Sua desculpa dessa vez foi que além de ter uma consulta médica à tarde, também estava com as pernas doendo e que passear por aí com Bob não seria muito agradável. Além disso, contou que ele ficava muito agitado quando ficava preso por muito tempo em casa.
Ela me deu algumas instruções: A primeira era que eu preferisse em andar com ele por lugares arejados e silenciosos, como um parque ou uma trilha. Segundo, que eu me certifica-se que sua coleira estava presa, já que o Bob tinha uma péssima mania de correr atrás de esquilos ou animais pequenos. E terceiro, era que eu precisava levar alguns petiscos de cachorro junto comigo caso ele sentisse fome.
Pensei em questiona-lá sobre contratar um passeador de cães, mas aí lembrei qual era a dela e decidi concordar. Antes de eu sair, peguei uma bolsa com os petiscos do Bob e petiscos para mim também obviamente, um pouco de dinheiro e por último mas não menos importante, um boné azul dos yankees e um óculos de sol para cobrir meu rosto. Já com meu disfarce de celebridade em mãos, estava seguro para sair do apartamento.
Eu não fazia a menor ideia se estava morto ou vivo, bem no pique do gato de schrödinger, tá ligado? Isso por que tudo estava estranhamente calmo e até agora a polícia ainda não havia aparecido na porta da minha casa, mas mesmo assim não era bom arriscar. Com todo esse rolo acontecendo, a minha vontade de sair vazado daqui só aumenta. Se as coisas continuarem assim será difícil conseguir me estabelecer em Nova Iorque e teria que arranjar outro lugar para ficar, mas como havia gastado todo o meu dinheiro vindo para cá, não tinha outra opção se não andar daquele jeito.
Quando havia acabado de sair, passei em frente ao Junior's. A placa de neon que dizia "aberto" agora estava escuras, assim como o interior do estabelecimento que era apenas iluminado pela luz do sol. Lá de dentro pude ver as cadeiras empilhadas em cima da mesa. Estava fechado. Enquanto observava, minha mente trouxe à tona memórias que faziam contraste com aquele cenário vazio, que na noite de minha chegada, esbanjava vida. A imagem de Elizabeth também veio à minha mente, além de outra ainda mais sombria.
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* ˚ . 🎸 # 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐕𝐈𝐒Í𝐕𝐄𝐋: 𝟏𝟗𝟖𝟕 * ˚ .
Teen Fiction... ( 🗽 ) 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎 𝐈𝐍𝐕𝐈𝐒Í𝐕𝐄𝐋: 𝟏𝟗𝟖𝟕 written by shaylinha_ Thomas encontrou não só um refúgio de sua antiga vida pertubada, mas sim uma chance de se estabelecer por lá, porém todos os seus sonhos foram jogados fora em apenas uma noite...