Samba e fuzis

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Forever where they can't be, never understand me
(Para sempre, onde eles não podem ser, nunca me entendem)
I'd rather be the one they hate than the one they think is friendly)
(Prefiro ser odiado do que ser aquele que eles acham que é amigável

-BONES

Estou puto, muito puto

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Estou puto, muito puto. Agora além de tudo o que eu tenho para fazer nessa base militar, o Capitão teve a brilhante ideia de recrutar brasileiros e trazê-los para cá, ele só pode estar ficando louco, louco para caralho, poderia ser soldado de qualquer lugar, mas Brasil? Sério?! Será que ele não sabe da fama que esses caras têm? Eles vão vir fazer o que aqui? Dançar samba com os fuzis?

-Você está louco Capitão? Não por trazer soldados, mas brasileiros?

-Escuta aqui, não é porque você é meu filho que eu devo satisfação, e digo mais, o Capitão do batalhão de lá é meu amigo e serviu comigo a uns anos atrás, eu sei que ele só mandará pessoas extremamente competentes.

Só pode estar de brincadeira com a minha cara mesmo.

-E como vai ser? Quando eles chegam?

-O combinado é semana que vem, e como meu filho é um dos tenentes desse lugar você deverá apresentar a base e dividir as patentes novamente e treiná-los.

-Ok pai- estarei ansioso para transformar a vida desses brasileiros em um inferno e fazer com que todos eles voltem com o rabinho entre as pernas para onde nunca deveria ter saído- estou liberado?

-Está- quando eu estava quase na porta ele fala novamente- nossa... quase me esqueci, o Capitão Alvez me disse que teremos um tenente, o tenente Clarke e ele me disse que esse cara é um dos melhores para treinamento e ele pediu se poderíamos manter a patente dele, o que você acha?

Eu ri, porque só pode ser uma pegadinha, mas o rosto do meu pai dizia outra coisa.

-hum... eu posso pensar sobre, mas não sei onde eu colocaria.

Pra lavar pratos provavelmente.

- Então eu vou escolher a patente dele, e você se preocupe com os outros apenas, certo? Dispensado.

-ok capitão- eu e minha boca grande, era só eu ter dito qualquer coisa ou só concordado.



Depois dessa péssima notícia eu preciso descarregar essa minha raiva, e nada melhor do que fazer isso batendo em alguém não é mesmo? Meu método de treinamento é o seguinte: eu coloco os soldados para lutarem comigo, bato neles para caralho, como se fossem sacos de pancada, uma troca justa a meu ver... eu desconto minha raiva e eles aprendem a lutar. Depois de ter derrubado uns 30 soldados no soco eu vou para meu dormitório tomar um banho porque eu tenho uma missão amanhã e espero que ela não demore para terminar, a previsão é ficarmos quatro dias fora para recuperar umas armas que foram contrabandeadas a uns dias. De forma resumida uma facção interceptou nossos caminhões e levou uma carga de armas e agora iremos atrás delas e eles estão fodidos, porque faz tempo que eu não saio para uma missão e estou com sede de sangue.

É estranho ser um militar e fazermos essa missões, às vezes me sinto em uma máfia, mas é assim que funciona aqui no pouco conhecido Fort Albion. Aqui temos apenas os mais sanguinários soldados de todo o mundo, até porque nosso serviço é o que ninguém mais quer fazer. 

-Bora caralho! Não temos o dia todo- gritei para os soldados, para que acelerassem e subissem no caminhão logo.

Seguimos para o sul que foi para onde conseguimos o sinal dos rastreadores da carga, mas o que me lasca é saber que vai demorar uns dois dias para chegarmos lá mais dois para a volta, ou seja, já se foi quatro dias nessa brincadeira. Quando chegamos no lugar nos deparamos com um lugar muito bem planejado e equipado, tinha cinco galpões enormes e todo o lugar estava murado e com muitos soldados, nós fomos em vinte soldados, não dava nem para sonhar em entrar. Merda.

-Ligue para meu pai e peça reforço. - O soldado assentiu e fez o que eu pedi e retornou rápido.

-Ele falou que está mandando de imediato. -Assenti.

E o que nos restava era esperar, e o tempo da missão aumentou novamente, quem sabe eu não dou sorte e perco a chegada dos brasileiros e me livro de ter que ensinar a eles a como se faz para dar um soco.

No caminho da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora