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9:10 ᴘᴍ
— Cala a boca, itiota. Se não vai ajudar, larga daqui. — Falei.
—Ah, então você quer minha ajuda? — Tom disse semicerrando os olhos.
— Maneira de falar, Kaulitz. — Manquei até a secretaria ignorando totalmente Tom. Bati na porta, mas nem esperei abrirem, fui logo entrando.
— Oi, o Sr Thompson pediu algo que preste e não fique se desgastando pra escrever no quadro? — Fui direta.
— Canetões novos? — A secretária perguntou arqueando as sobrancelhas.
— Não, lápis para cororir. — Fui irônica e acabei sendo um pouco grossa. O moreno sabia como tirar meu humor.
A secretária me ignorou e pegou os canetões, em seguida me entregando os mesmos. Saí da secretaria ainda mancando. Porra... Tom ainda estava lá, em frente a porta, cheguei a me assustar quando abri a mesma.
— Você não tem mais nada para fazer não? Porque algo totalmente estranho aconteceu, você está trabalhando aqui agora. — Falei, indo em direção as escadas a fim de subi-las. Mas estava sendo difícil. — Bom... se você acha que vai conseguir subir as escadas com o tornozelo desse jeito, por conta da sua burrice... Vá em frente. — Ele estava encostado na parede apenas me olhando e rindo das minhas tentativas falhadas de subir.
A dor era suportável, mas mesmo assim estava doendo pra caraca, eu mal conseguia firma-lo no chão, o que dificultava minha subida. Gemi de dor.
— Aconselho você à ir na enfermaria. Andar de baixo. — Tom murmurou.
— Não preciso dos seus conselhos.
— Garota, você mancando está me dando agonia, então deixa de ser chata porra, e vamos. — Tom disse irritadinho.
Ele me pegou no colo a força, eu esperneava a fim de que ele me soltasse, pois eu queria distância daquele garoto, mas foi inútil, até porque ele era bem mais forte do que eu.
Tom desceu as escadas comigo, pois a enfermaria ficava no andar de baixo, exatamente no primeiro andar da escola. A escola tinha seis andares, sendo que as salas de aula ficavam a partir do terceiro andar, então se acontecesse algo grave com alguém dentro das salas, até chegar a enfermaria a pessoa já estaria morta. Esse não era meu caso, mas mesmo assim eu não precisava estar passando por isso.
Entramos em uma sala onde estava escrito bem grande "ENFERMARIA" havia uma mulher baixinha e rechonchuda lá dentro, expliquei para ela que eu havia sido idiota o suficiente para cair escada a baixo, ela reprimiu um riso e logo colocou uma faixa em meu tornozelo. Eu preferia uma gelo, mas tudo bem.
