O Imperador e o Humano - (MiTake)

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  Em um leve flutuar Mikey o colocou sentado sobre a mesa repleta de livros antigos, o loiro de sorriso suave ainda segurando sua mão com a direita a cobriu com a esquerda, dando uma leve carícia em suas costas.

O sorriso do loiro de longos cabelos sumiu assim que uma nevoa se formou atrás de si. Ele se virou olhando sério o homem de pele bronzeada e óculos retângulos.

- Senhor. - o moreno começou em uma leve reverência. - Kisaki. O que te disse sobre vir me procurar? - Mikey o disse seco se virando novamente para frente, seu sorriso voltou no mesmo instante que encarou os olhos azuis de Takemichi.

- Minha intenção não era te incomodar. - disse neutro, seus olhos claros foram em direção do humano que se sentiu desconfortável com a atenção repentina. - Izana está pelas redondezas. O melhor a fazer é ir embora para a próxima capital, Mikey. - disse ajustando os óculos. Mesmo com sua fala, não recebeu mínima atenção do Sano. - ... Eu sei que não gosta mas, você devia voltar. Fugir de suas responsabilidades como uma crianç- - Kisaki se calou assim que recebeu o olhar frio de Mikey em sua direção. - Mikey, não se pode deixar a família imperial, não devia deixar o reino sem um imperador. Mesmo que seu irmão tenha fugid- - tentou continuar mas fora interrompido novamente.

- Cale a boca. - Mikey disse sério, seu tom tão seco que causou arrepios no de óculos. - Você é um mero marquês! O que sabe sobre a família imperial para ter tanta liberdade para falar?! - gritou irritado, seu tom assustando Takemichi. - Eu já disse milhões de vezes e direi novamente; não fale o nome do meu irmão na minha presença! - seus olhos escureceram, não demonstrando mais nada além de fúria.

Kisaki se calou com sua fala, a cabeça baixa e a posição rígida, sua intenção era levar Manjiro ao seu lugar de direito, sendo o imperador do reino das feras e não no mundo humano ao lado de um insignificante humano que nem nome tinha antes de encontrar Mikey. Kisaki não entendia e nunca entenderia o porquê dos Sano's sempre se iludirem por humanos.

Isso era, e sempre será, a ruína da família Sano.

- ... Certo. - Kisaki limpou a garganta ajeitando novamente o óculos após um pequena reverência. - Eu já disse o que tinha a dizer. Saiba que sempre poderá contar comigo, mas se o assunto se alarmar eu não poderei fazer nada contra Izana, e espero que você não me traia quando esse momento chegar. - terminou de dizer e assim como chegou ele desapareceu em uma nevoa negra como se nunca tivesse estado ali.

Mikey suavizou seu olhar, ele rapidamente olhou para Takemichi ao sentir uma mão tocar seu cabelo; Takemichi se sentiu envergonhado com a própria ação e rapidamente recuou a mão, a mesma sendo agarrada por Mikey.

- Me desculpe. É que eu nunca vi um cabelo tão grande e muito menos tão brilhoso. - Takemichi rapidamente disse desviando os olhos de Mikey.

O Sano o olhou em silêncio, ele acariciou novamente a mão que havia pego e levou até a própria bochecha, sua ação chamou rapidamente a atenção de Takemichi. Ele subiu o toque por sua bochecha e levou a mão de pequenos galos até seu cabelo macio, dando um silencioso positivo para Takemichi.

O Hanagaki soltou o ar e tocou o cabelo loiro, os fios refletiam o sol que entrava pela janela; Takemichi admirava com atenção os longos cabelos, vendo como os fios caiam pelos ombros de Mikey e desciam por suas costas, seu cabelo tão longo que terminava em seus calcanhares.

Takemichi se perguntava como um homem bonito como Mikey se interessou por um simples escravo como ele ao ponto de o comprar sem pensar duas vezes. Era assustador o fato de Mikey não ser humano e sim um grande demônio, mas para si o Sano parecia mais um gatinho manhoso do que um temido demônio.

Nós poucos dias que ficou com Mikey, percebeu que ele era confuso de se entender, era tão carinhoso consigo, o lembrava uma criança, mas com outros tão raivoso que podia matar qualquer um que entrasse em sua frente. Manjiro era complicado, mas isso é o que fez ele ser único.

Um demônio procurado por abandonar seu posto de governante e um simples escravo humano que não tinha ao menos um nome registrado, nada além daquele que estava em seu pingente, uma grande profecia reinava esses dois seres.

É como eu, Kisaki, o contador dessa história disse; A ruína da família Sano sempre foi, e sempre será, um humano.

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Uma pequena prévia da nova fic! Um focado em seres místicos.

Primeiro capítulo em breve 💫