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NÃO PERMITO ADAPTAÇÕES.
postada como sope e minsung.

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Papai por empréstimo
capítulo um: Wooyoung, eu preciso de um pai.
...

O clima estava tão quente que, se deixassem, San compraria uma piscina e encheria de gelo apenas para poder se refrescar. O ômega não é lá muito amigo do sol e seus raios fortes e destruidores de pele, por isso se trancava dentro do apartamento quase que por vinte e quatro horas; na verdade, ele ainda precisava trabalhar, portanto, era obrigado a passar um pouco mais de oito horas fora de casa. Nesse exato momento, San está voltando de mais um dia de trabalho, exatamente 17h45min da tarde o moreno chega ao apartamento médio e joga as chaves sobre o sofá, caminha até a cozinha, bebe um copo grande com água e gelo, coloca a ração do gato e por fim, vai para o quarto arrancar as peças de roupas e tomar um banho frio bem refrescante.

—  Se esse dia esquentar mais, eu juro que me jogo da ponte, você também, Hyo? —  Hyo é o gatinho de San, ainda é filhote, tem apenas quatro meses de nascido e se assusta bem fácil. Morando sozinho, o Choi acabava conversando com o gato mesmo, não que o ômega se importe com isso, San sempre fez o tipo independente. — Preciso fazer compras... Olha o estado deplorável dessa dispensa! Que horror.

Pegou um pão qualquer e fez um sanduíche de alface com tomate e frango, era o que tinha para hoje, ah pelo menos tinha maionese. Jogou-se sobre o sofá e reclamou baixinho quando as chaves jogadas ali machucaram suas costas; a tevê a cabo o salvaria do tédio como sempre fazia, era um saco não ter nada para fazer, não fazia faculdade mais, trabalhava cedo, passava toda tarde largado no sofá... E às vezes um de seus amigos resolvia chamá-lo para fazer algo. “Amigos” era um exagero, já que Wooyoung era o único que se atrevia a sair e chamar San para ir consigo. Geralmente o Jung o chamava no fim da tarde quando o sol não estava tão forte, então iam comer em uma lanchonete ou só ficar sem fazer nada pelo resto do dia; Wooyoung é um alfa loiro bem lerdo na concepção de San, ele custava a entender algumas piadas e vez ou outra não entendia nem o que ele mesmo estava falando. Fora isso, o loiro era realmente alguém maravilhoso, o Choi o conhecia desde que saiu de sua cidade natal para cursar faculdade em Seul. O modo como se conheceram foi bastante engraçado até, Wooyoung derrubou o sorvete de uma criança porque estava distraído e San brigou com ele.

Enquanto se lembrava do passado San se assustou com o som estridente de sua campainha, com um suspiro cansado e o gato no encalço, o moreno se levantou do sofá — amistosamente apelidado de pedra estofada — e seguiu até a porta, quando a abriu revirou seus olhos, não era nem seis horas da tarde e Wooyoung estava na sua porta com...

— isso é chocolate?

— Oi Wooyoung, tudo bem? Como vai a vida? Que bom te ver, amigo. — O alfa parado na porta resmungou enquanto o menor apenas saía andando com o chocolate nas mãos. — Você é muito mal agradecido, San. Eu te trago seu doce preferido e você ignora a minha existência.

O loiro seguiu o Choi até a cozinha, o moreno abriu uma das portinhas do armário e tirou de dentro duas latinhas de creme de leite e uma de leite condensado. Era quase um ritual, sempre que Wooyoung trazia chocolate o ômega fazia um doce meio estranho, porém muito gostoso. A barra de chocolate foi posta sobre uma tábua de vidro e cortado com uma faca quente, em seguida ficou um tempo no microondas e depois em banho Maria apenas para não solidificar novamente.

— Vai fazer aquela cobertura de bolo? — O loiro perguntou depois de ver o moreno colocar o chocolate e o creme de leite dentro de uma panela e começar a mexer com uma colher de pau pequena.

𝐏𝐀𝐏𝐀𝐈 𝐏𝐎𝐑 𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄𝐒𝐓𝐈𝐌𝐎 • woosan | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora