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Papai por empréstimo
capítulo três: Até que você beija bem
...

WOOYOUNG

Eu fiquei por um tempo tentando processar as palavras de San, porque tipo, ele havia acabado de dizer que eu poderia beijá-lo, ou melhor, que eu deveria estar beijando ele — mas no momento eu estou surtando dentro dos meus pensamentos, segue. — é estranho pensar em beijar meu melhor amigo mesmo sabendo que daqui alguns dias eu vou ter que fazer algo bem mais “surtante” assim por dizer. San é tipo um deus grego, só que magrinho e sem aquelas roupas que mais parecem cortina de banheiro, então beijar ele é como um sonho que de tanto tempo que foi sonhado para que nem seja, sabe real.

— Então eu não vou apanhar se encostar a minha boquinha na sua? — Tem que perguntar né, vai que ele tava brincando e agora quer rir da minha cara depois de me arrebentar os dentes?

— Não vou te bater, você pode mesmo me beijar. — Eu tremi lindo com o sorriso que ele deu. Me aproximei igual o galã faz nas cenas românticas e vi o ômega umedecer os lábios usando sua língua vermelhinha. Respirei fundo e quando notei já estava com a minha boca na dele e minhas mãos estavam em sua cintura sobre o robe fazendo um carinho tão lento quanto os movimentos de nossas línguas. O beijo dele é muito bom, devo ressaltar. Bem calminho, mas tenho certeza de que se eu der um apertinho de nada na cintura ele pega fogo. Como não somos dois adolescentes desesperados, o beijo parou por ali (insira minha cara de choro aqui) — Para um alfa meio lerdo até que você beija bem.

— Como assim “até que” querido, se eu não beijasse bem pra porra, não ia chover ômega, beta e até alfa na minha horta. — Disse presunçoso e o moreno riu cheio de deboche, aí não tá crendo no pai aqui. — Não acredita em mim? Então vamos a uma balada hoje, aí você vai ver que se eu quisesse eu faria um harém.

— Certo, então vamos. — Arregalei meus olhos mais que os do Sid da Era do Gelo — O que foi? Tá achando que eu ia arregar? Quero ver esse teu harém.

— Beleza então, baixinho. Oito horas eu venho te buscar, vista algo provocante pra mim, neném. — Pisquei e levantei da cama, San me olhou meio sem entender. — Você tá de folga, eu não San. Saio às quatro horas já que mudei o horário para vir te ver.

— Não vai nem tomar um café? — Neguei — Nossa... Olha só que pai eu fui arranjar pro meu filho.

— Chantagem emocional? Você não presta San! Ok, ok, eu tomo o café da manhã com você, mas se Seonghwa me encher o saco eu desconto em você. — Apontei o indicador em seu rosto e ele mordeu dando um sorriso sapeca. — Olha, você se controla Choi San!

— Eu não fiz nada, você que tá de mimimi. — Ele finalmente foi pegar uma roupa decente e eu saí dali antes de vê-lo nuzinho da silva.

Depois de um ou dois minutos ele voltou usando uma blusa de basquete que chegava até pouco antes dos joelhos e pantufas do Nemo. Eu não sabia se ria da infantilidade dele ou se beijava as bochechas fofas e o chamava de fofinho do papai, no fim eu só sorri igual pateta. San é tão fofo que eu tenho vontade de morrer apertando ele.

Mas eu nem ia morrer pela fofura não, ele ia me matar com as mãos mesmo por apertá-lo. O café da manhã foi bem divertido, ficamos um bom tempo falando besteiras e rindo um da cara do outro, ele me disse que dia trinta é o primeiro dia do seu cio, e eu tenho que estar presente. San confia bastante em mim e eu gosto tanto da minha relação com esse baixinho que eu acho que não consigo me imaginar em um futuro sem ele, então que pelo amor de tudo que é vivo, que esse filhote — que ainda nem no ventre tá — nos una ainda mais. Depois de comer eu confirmei sobre a boate e me despedi do San, pasmem, com um beijo que ele deu.
Então eu fui feliz da vida trabalhar.

𝐏𝐀𝐏𝐀𝐈 𝐏𝐎𝐑 𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄𝐒𝐓𝐈𝐌𝐎 • woosan | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora