Estranho Intruso !

capítulo 68 🥀

—O senhor precisa ir mesmo ??

       —Sim meu amor... É necessário!

-Já se passaram 3 anos, que minha vida virou de cabeça para baixo, a cada dia que passava era uma tortura... No dia em que levei Bianca ao hospital, muita coisa aconteceu, começando pelo parto, complicado que ela teve...

Não tinha estrutura para ter a criança normal, apesar da bolsa ter estourado, não havia dilatação.... Foi nescessário fazer um cesariana de emergência .

Bianca ficou apagada por horas, a criança foi levada para a UTI, eu não quis vê-la de imediato.... naquele mesmo dia , no exato me mitos seguintes a seu nascimento,foi feita a coleta de sangue para seus primeiros exames ...

O promotor veio me pressionar, dizendo suas baboseiras, eu não tinha cabeça pra nada, e deixei explodir minha raiva encima dele... Eu não ia deixar ele fazer o que queria comigo.
Por outro lado, aproveitei a sua própria explosão, e entrei em um novo acordo com ele...

Cheio de ódio ,e um certo alívio naquele momento,eu precisava acertar algumas coisas ... saí do hospital, e fui preparar o que não tinha feito antes, andei por bairros vizinhos, ainda daquele lado da cidade...

Perguntei a alguns moradores, e cheguei num aglomerado de casas geminadas, era um bairro novo ainda estava se formando, escolhi a mais afastada e fechei negócio, pra isso precisei vender meu carro, me desfazer
de praticamente ,tudo que eu tinha de valor ...

  Não era um bairro chique, as casas ainda não eram valorizadas havia poucos moradores ... Mas tinha o necessário...

—2 quartos, banheiros , sala e cozinha junto .... Uma pequeno espaço pra garagem.... A outra metade estava desocupado... Por ser mais afastado as pessoas tinham um certo medo por ser o final da rua. Porém se tratava de um lugar como eu sempre imaginei morar...

Com o pouco que me restou, precisei ir em uma loja infantil, ainda não tinha nada do enxoval da criança, eu nem sequer fazia ideia do que comprar ...

Fui comprando o que me era  recomendado...
....Talco, pomada pra assadura, alguns pacotes de fraudas descartáveis, bastante fraldas de pano, não iria deixar Bianca ter paz...

Até que chegou a vez das roupinhas... Começei com os mijões, foi assim que a atendente se referiu a pequena peça, , também alguns conjuntos e macacões ..... Aquilo não estava certo, não parecia real, eu definitivamente não deveria estar ali.

Mais a frente, os sapatinhos, peguei um par bem pequeno entre os dedos, meu coração apertou, as lágrimas começaram a molhar meu rosto, junto a imagem de JK imaginando nossa família.... o sorriso lindo dele idealizando nossos filhos, foi com ele, que pensei viver essa história...
o que eu estou fazendo agora?

Esse momento nem de perto chegou a ser terno, foi uma tortura agoniante.
Dois dias se passou, eu não queria ver Bianca, tão pouco a criança, mas já estava na hora, me ligaram que eles iam ter alta...

Ainda não tinha ido até a UTI conhecer "meu filho", quando fui questionado, pelo enfermeiro, falei que ainda não tinha ido porque não sabia o caminho, e nem sabia se ele podia receber visitas.

Mas ,a verdade era que eu não queria ter contato, eu não planejei ter um filho, o mais próximo que pensei sobre isso, foi na companhia de um homem, algo pro futuro.

Entrei na UTI todo equipado, touca nos pés e na cabeça, mascara, e avental descartável...mãos higienizada, a enfermeira me levou até o quarto, onde havia várias crianças em encubadoras...

Algumas, com oxigênio, outras que foram abandonados, as mães simplesmente foram embora e não voltaram mas... Em minha frente, um bebê em um pequeno berço, que mais parecia uma banheira, Ele não era nada bonito.

 Um ser pequeno e engelhado , com cara de joelho, ainda não tem uma fisionomia definida,para comparação, era igual a todos os outros, no quarto.

A enfermeira, incentivou a pegá-lo no colo,  eu não queria, eu tinha certeza que ele não era meu. Eu não o queria, mas não tinha pra onde correr, era dia de alta, então ela o colocou no meu colo, me mostrou como segurar corretamente...

Me ensinaram a dar banho,  me ensinaram a dá a mamadeira, como colocar para arrotar, posições para dormir, e depois de uma longa lista e instruções, o papel da alta, com receita de vitaminas..

Antes de sair dali, j-hope um dos enfermeiros, chegou com o  exame de DNA, afinal esse era o combinado, e todos estavam reunidos ali pra isso... Quando o resultado foi aberto com 93%  compatível,  meu pai, e também o promotor  não se olhavam, tão pouco trocavam palavras...

Meu pai se aproximou e me olhou com um sorriso terno, ele sabia que não era isso que eu queria, mas acho que ele simplesmente não podia ignorar, que o filho era meu !

Bianca que ainda estava, pálida, bastante enfraquecida , mal podia se mover...ela teve uma série alteração na pressão pós o parto, coisa de mulher fresca e, fraca,... pelo menos era era o que eu achava !

Bianca teve uma crise de surto, quase pondo seus pontos para estourar, não aceitava o resultado do exame, ela tinha a certeza na cabeça dela que o filho era do JK segundo ela.

  Apesar da raiva, me submeti a um segundo exame, com o sangue sendo colido em sua frente, e de todos ali presente ...o resultado sairia em 2 dias, dessa vez deu 99.99 % ...

J-hope explicou que a margem de erros na porcentagem, as vezes se dava ao fato da quantidade do material usado ... Mas incontestavelmente, os dois deram positivo.

  Já em casa, Bianca como de praxe, só sabia reclamar. Não tinha experiência com crianças, não sabia fazer nada, o menino chorava dia e noite...  a vaca também não tinha leite suficiente para amamentar.... e a cirurgia era seu maior ponto de apoio, para dizer que não dava conta.

Isso me rendeu em muitas noites de sono mal dormidas, eu dava banho, esquentava a mamadeira, e colocava pra dormir, já que Bianca, cada vez que se aproximava dele era só para fazê-lo chorar ainda mais...

Por outro lado, ela tinha obrigação de deixar a casa um brinco, roupas lavadas, era hilário ver as caras de nojo dela , lavando as fraldas de cocô, as descartáveis era colocado somente pra sair, ir ou médico... Eu não ia gastar mas que o nescessário...

Eu fiquei tomando conta dele quase integralmente, por dois meses já que Bianca adoeceu, eu estava ficando louco, e em minha loucura, eu cheguei a cogitar em abandonar Bianca ali...
Mas essa decisão teria consequências.

   Não sei em quê momento aconteceu, mas eu passei a adorar ter esse pequeno ser em meus braços, passei a sentir amor por ele, já não o via como angústia no peito...

Sempre que olho pra ele meu coração, bate um pouco mais acelerado, quando ele chora, me sinto fraco por não ter o protegido o suficiente.

Bianca por outro lado o rejeita, não o olha com um pingo de carinho, é fria o tempo todo, sempre o tratando aos gritos, coisa que quando estou por perto ela não faz .

Mas já não posso está sempre por perto, terminei minha faculdade com muito esforço, mas não tô exercendo minha profissão..  Eu estava ferrado, precisava arrumar um emprego com urgência...

Então j-hope me indicou a um amigo dele, um jovem visionário, que abriu um grande  supermercado logo na entrada desse bairro, e deu muito certo porque o bairro tem crescido a cada dia...

Ele me contratou como entregador,  não recebo um grande salário, mas tem dado pra sobreviver... O básico em casa eu nunca deixei faltar!.
E é exatamente pra onde eu vou agora!.

Termino de me vestir, sentando na cama e o chamo até mim
Ele se aproxima, o coloco sentado em meu colo e olho em seus olhos para passar confiança...

— Seja um bom menino, e não incomode sua mãe... Eu vou , mas assim que terminar venho correndo pra você tá bom ?

Com um sorriso lindo, ele acena com a cabeça que sim.
Com um beijo em sua testa me despeço;

— Papai te ama ZYON PARK.

-O desço de meu colo ,e mais uma vez ,dou um aviso a ela ... qualquer coisa com ZYON ,que eu só se sequer desconfiar ,eu a esgano no meu retorno !
Sorri ,e saí para mais um dia !

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