ELO FUNESTO

〖Capítulo-XVII〗Odeio amar você.

"Eu odeio amar você."

Dias mágicos, dias belos, repletos de amor e luxúria. Foram quebrados pela dor da verdade.

Dor essa que poderia ter sido evitada, a enganação é evidente e perturbadora. Havia mil interrogações girando em torno de Jimin e ainda assim não achara a resposta para tamanha dor.

Jimin se encontrava desolado em um taxi qualquer que entrou assim que saiu correndo sem um rumo certo, o único endereço que sabia era o da mãe de Jungkook e então apenas deu-lhe esse endereço para o motorista e ignorou a cara de preocupação que o motorista estava fazendo. Jimin não conseguia parar de chorar, seu rosto estava inchado e vermelho, suas mãos tremiam como nunca, seu coração estava em disputa contra o "flash" para ver quem estava mais acelerado naquele momento. Olhando pela janela do taxi, se sentia em clipe de música triste.

Jimin sabia que não era certo se envolver nesse amor, mas ignorou todos os sinais e ainda sim quis se aventurar em algo que estava sendo tão lindo. Aquela verdade nua e crua que estava agarrada em sua garganta lhe cortava profundamente, ele se sentia andando em cima de cacos de vidro ao ver que tudo que viveu nesses últimos dias era mentira, uma mentira que lhe deixou sem rumo.

"Eu odeio te amar jungkook"

Ao chegar no local dado para o taxista, Jimin continuou dentro do carro por mais um tempo vendo o taxímetro rodar.
- Moço, já chegamos. - Diz o taxista com cara de preocupação.
- Sim, percebi. - Jimin diz em poucas palavras.
- Está tudo bem? - Continua o motorista
- Sim. - Jimin enxuga as lágrimas ao falar - Poderia me esperar aqui? Preciso ir para o aeroporto. - Jimin pergunta engolindo a seco toda angústia.
- Sim, deixarei o taxímetro rodando - o motorista responde.

Ao sair do táxi, Jimin tenta ficar o mais neutro possível para ver a mãe de Jungkook, não queria responder nenhuma pergunta referente a sua cara de choro.
- Meu Deus Jimin, o que aconteceu?
- Ei, estou bem. Vim apenas pegar minhas coisas
- Você não está nada bem! Deixa eu fazer uma água com

Jimin responde subindo as escadas e indo direto para o quarto aonde estavam suas coisas. Chegando no quarto, a dor veio como um tiro em seu peito, só queria que isso acabasse logo e que não sentisse mais essa angústia que estava lhe dominando. Parou por um momento e olhou para a cama que dormiram juntos e fizeram amor, sentiu uma lagrima amarga descer em seu rosto. Decidiu então arrumar suas coisas o mais rápido possível para ficar menos tempo em um local que um dia foi seu ponto de conforto e agora é só mais gatilho em sua mente.
Ao fechar a porta do quarto Jimin escuta ji-hey falando no telefone em um tom muito irritada, ele queria muito saber o contexto, porém sua vontade de ir embora era maior.

- (Você trata de atender esse telefone Jeon Jungkook, quero ter uma conversa muito séria com você) - Jimin escuta essa parte da ligação quando chega no andar de baixo e seus olhos enchem de lagrimas. As lágrimas pesavam 1 tonelada em seus olhos e ele não conseguiu segurar e acabou escorrendo pelo seu rosto.
- Por favor, vamos conversar. - Diz a mãe de Jungkook tentando segurá-lo- O que Jungkook fez?
- Não irei ficar, preciso ir embora urgentemente, não posso ficar aqui nem mais um segundo.
- Não sei o que Jungkook fez, mas respire fundo... tome essa água e, se acha que tem forças para ir eu não te impedirei. - Diz ji-hey sentindo a dor de Jimin. Ela entrega um copo de agua para Jimin e deposita um abraço apertado naquele que desabou ao sentir o conforto dos braços ao seu redor.
- Desculpa, eu preciso ir... não consigo ficar aqui.

Ele não queria tratar a senhora Ji-hey mal, mas também não iria contra seu sentimento de angustia. A última vez que se magoou com o amor era novo demais e, julgo ter sido tão bobo por conta de sua idade, mas agora era diferente, se entregou de corpo e alma para Jungkook, deu todo seu amor e carinho, se apaixonou mais e mais a cada dia que passavam juntos. E tudo foi uma mentira dolorosa e fulminante.