capítulo 4

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Uma mulher safada é capaz de transformar uma mulher comum em uma maníaca- compulsiva em menos de uma semana.

OBS: NÃO REVISADA!!

Apesar de estar me sentindo um zumbi (embora externamente estivesse parecendo uma Barbie, toda maquiada e produzida), e de ela ser a real culpada por isso, não podia deixar a situação me abalar. Eu conhecia muito pouco da Calvin, tão pouco que nem sabia qual era o seu verdadeiro nome. Com muita sinceridade, o meu real desejo naquele instante não foi de brigar ou de esbofeteá-la com aquele regador (embora tenha pensado nisso por alguns segundos), mas sim saber um pouco mais sobre a mulher safada que comia um monte de vadia diariamente. A sua história devia ser, no mínimo, interessante.

Arrumei a bolsa no meu ombro e me preparei para surpreendê-la. Mesmo estando bem atrás da sujeita, ela ainda não havia percebido a minha presença. Segurei a sua cintura com força, logo sentindo toda a rigidez dos seus músculos.

- Bom dia, vizinha! - Berrei como uma maníaca.

Ela tomou um susto tão grande que caiu para frente, levando os meus braços consigo. Foi um desastre. Calvin mergulhou nas plantas diante de si, e eu caí bem em cima dela, batendo o meu rosto nas suas costas enormes e os meus joelhos em suas coxas. Meus cabelos foram agarrados por um galho do pé de pitanga durante o percurso, e soltei um grito de dor.

Cheguei a achar que estava no meio de um pesadelo muito ruim enquanto tentava me levantar. Calvin buscou apoio para se erguer, mas o meu peso o impedia, então ela acabou desistindo e ficou esperando que eu conseguisse sair dali primeiro. As plantas e galhos grudados na gente não ajudavam em nada, bem como os meus saltos (que naquele instante mais pareciam patins), por isso foi uma tarefa complicada e demorada.

Quando finalmente fiquei de pé, com os cabelos assanhados, cheios de folhas grudadas, e com o uniforme amassado, tive vontade de chorar. Calvin se levantou bem rápido depois que a maluca aqui parou de imprensá-la contra as plantas.

- Uau! - Ela limpou a barriga, toda suja de terra e folha, com as mãos. - Que ataque foi esse? Nossa, Soraya... Assim você me mata! - Começou a gargalhar.

Praguejei um monte de palavrão mentalmente. Ainda tentava recuperar o meu fôlego ( mas queria guarda minha dignidade, embora ela jamais pudesse ser recuperada depois daquele mico).

Desculpa! - Choraminguei.

Ela bateu uma mão contra a outra, tentando se livrar da sujeira. Olhava o próprio corpo com um sorriso divertido estampado nos lábios. Ela ainda estava melada nas pernas e no rosto, e devo acrescentar que nunca esteve tão sexy. Eu pegava aquela mulher suja de lama, de graxa, de farinha de rosca... Resumindo a minha enorme lista composta por mais de mil itens: pegava aquela mulher de qualquer jeito.

- Desculpa pelo quê, Soraya? - Finalmente me olhou. Perdi-me em algum lugar dentro de seus olhos profundos e negros. - Foi o bom-dia mais intenso da minha vida. Só seria mais perfeito se você estivesse só de calcinha! - Riu.

Abri a boca. Não deu tempo de raciocinar muito. - Da próxima vez vou me lembrar disso.

Foi instantâneo, Calvin parou de rir e me olhou de cima a baixo. Prendeu os lábios

como se estivesse morrendo de tesão. Não pude suportar a curiosidade; dei uma bela de uma olhada no volume da sua cueca. Não foi o suficiente para calcular o tamanho do seu RG, mas foi o bastante para que ela percebesse o que eu estava procurando.

-Da próxima vez que me agarrar entre as plantas te ensino a manejar o regador... — Murmurou, tocando de leve o seu pênis por cima da cueca.

Eita! Meu coração disparou. Senti o sangue deixar o meu corpo enquanto dava alguns passos para trás. Calvin continuou me olhando, mas pelo menos deixou as mãos subirem pela sua barriga. Começou a retirar mais sujeira por ali, só que bem lentamente, de um jeito mais sensual impossível.

A safada do 105 (Versão Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora