Epitologo

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A guerra havia acabado.

Harry James Potter nunca esteve tão em paz. Desde seu primeiro ano em Hogwarts, ele havia enfrentado desafios que pareciam não ter fim: a Pedra Filosofal, a Câmara Secreta, a perda de Sirius e o Torneio Tri-Bruxo. Depois do quarto ano, soube que não poderia descansar, mesmo que quisesse. Mas agora, ali, sob a sombra de uma árvore, ele se permitia finalmente relaxar.

Debruçado sobre a grama, Harry observava Minerva e outros alunos recolhendo pedras e consertando janelas. Queria ajudar, mas Madame Pomfrey fora clara: ele precisava descansar. Ao seu lado, Gina repousava a cabeça em seu ombro, contando histórias de sua infância que faziam o coração de Harry aquecer, embora algumas fossem interrompidas pela menção de Fred.

— Sabia que a Torre de Astronomia ainda está de pé? Deve ser a única coisa que sobrou inteira — comentou Gina, levantando a vista.

Harry a olhou, surpreso.

— A torre está de pé?

Ela não percebeu a centelha de curiosidade no olhar do namorado, mas Hermione, que ouvia a conversa, não pôde deixar de intervir.

— Não deveria estar em ruínas? — perguntou, com uma sobrancelha arqueada.

— Achei que o castelo inteiro estava destruido, mas aparentemente não — respondeu Harry, ainda intrigado.

— Voldemort deve gostar muito de astronomia para não chegar perto dela — Rony brincou, recebendo um olhar reprovador de Hermione.

- Tem algo errado nisso - O jovem Potter cometa 

- Hazz é so uma torre não tem como ter um proposito por tras disso tudo - Gina cometa brincando com a mão do namorado 

Harry lançou um olhar desconfiado para o horizonte onde uma pequena estrutura era avistada. Ele sabia que era mais do que parecia. A Torre de Astronomia sempre teve uma aura de mistério, uma sensação de que guardava segredos, memórias de tempos que ele ainda não compreendia. Ele lembrou-se dos encantamentos, das lições e das noites sob as estrelas que trouxeram revelações.

— Não sei, Gina. É como se essa torre estivesse esperando por algo — insistiu Harry, sua mente girando com possibilidades.

Gina entrelaçou os dedos nos dele, a expressão dela suavizando.

— Ok, talvez você tenha razão, mas não podemos passar a vida procurando fantasmas em cada esquina. Às vezes, o que vemos é só isso: uma torre — disse ela, puxando-o levemente para perto.

Harry olhou para ela, vendo não apenas a luz nas estrelas refletida em seus olhos, mas também a confiança e a coragem que ela lhe transmitia. Ele não queria parecer paranoico, mas havia algo em sua intuição que não podia ignorar.

Ron, encostado em um canto, ergueu uma sobrancelha.

— Harry, deixe de paranoia — disse ele, com um sorriso brincalhão. — Estamos livres, cara! Aproveite! Ano que vem, podemos fazer o teste para aurores, e então a vida já tá feita!

Hermione, que estava sentada um pouco mais atrás, largou o livro que tinha nas mãos, um olhar de surpresa estampado em seu rosto.

— Teste de aurores? — ela exclamou, claramente intrigada.

— Ora, Mione, não vai me dizer que pensa em continuar Hogwarts ano que vem! — Ron respondeu, fazendo uma careta.

A expressão de Hermione mudou, e ela murmurou algo inaudível enquanto se virava para Harry.

— Tanto faz, mas quando não passarem por falta de estudos, não venham choramingar para mim — disse ela, com um misto de exasperação e carinho.

Harry não conseguiu evitar um pequeno sorriso. A dinâmica entre eles sempre fora cheia de provocações, mas também de apoio.

Dark MaraudersOnde histórias criam vida. Descubra agora