Capítulo 10

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As três horas desde que Alex lhe dissera que precisavam conversar passaram com a velocidade de uma lesma

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As três horas desde que Alex lhe dissera que precisavam conversar passaram com a velocidade de uma lesma. Nina não sabia quanto tempo mais poderia esperar para escutar o que Alex tinha para lhe dizer. Seria bom ou ruim? Bem, se fosse bom, ele não teria dito na hora?Possibilidades mais sombrias lhe ocuparam os pensamentos. Será que se deixara empolgar excessivamente por ele? Enxergara o que não existia nos seus gestos?

Após passar quase uma hora na pista de dança, tentando se divertir e aproveitar cada instante que tinha com Alex, estava suando, e procurou o toalete, para se certificar de que a maquiagem não borrara. Sua imaginação correra solta durante o jantar. Vagas concorridas no acampamento? Os Lowery concorrendo com os McNair? Uma avó que queria ver os netos encaminhados antes de partir. Os instintos de Nina estavam gritando que alguma coisa estava errada, mas ela não conseguia entender como ela se encaixava naquele quebra-cabeça.

E não era a primeira vez que Alex dizia que queria falar com ela. Abriu uma porta, mas, em vez de encontrar um banheiro, deparou-se com um escritório, com mesa, poltronas, e Amie esticada sobre um sofá de veludo cor de ferrugem. Seus olhos estavam fechados, mas era evidente que estava acordada. Lágrimas escorriam pelo seu rosto, deixando trilhas na maquiagem. Nina adentrou o aposento e fechou a porta atrás de si.

– Amie? – perguntou, adiantando-se até o sofá. – Você está bem?

– Não. – Inspirando fundo, ela espiou através de um dos olhos entreabertos. – Mas vou ficar.

Ajoelhando-se, Nina tocou no braço dela.

– Há algo que eu possa fazer? Quer um lenço? Uma bebida?

– Que tal um caixão? De preferência para um homem bem grande? – respondeu Amie com amargura, girando os pés para o chão.

– Ui. Parece ruim.

– Nada que eu não possa resolver. Normalmente, controlo melhor minhas emoções, mas há muito acontecendo no momento. – Ela olhou para o alvo de dardos,marchou determinadamente até lá e pegou três dardos. – A melhor coisa depois de um caixão? Um dardo bem na cara.

Nina estremeceu.

– Acho que isso é ilegal.

– Não vou acertá-lo literalmente. Apenas imaginar o rosto dele bem ali... – Ela se preparou para atirar. – No alvo. Todas as vezes. A raiva é engraçada assim.

– Lembre-me de jamais deixá-la zangada.

– Ah, minha querida. – Amie tratou de virar-se e abraçar Nina. – Eu jamais a machucaria. Você é boazinha demais.

– Importa-se se eu perguntar quem foi que a deixou furiosa? Família, ou alguém mais?

– Alguém... mais.

Amie atirou outro dardo.

– Sinto muito. Sei como é doloroso ser traída por um homem.

O ex-marido de Nina deixara para trás um rastro de dor e sofrimento, um rastro que ela ainda estava tentando superar.

A Woman's Heart - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora