VERMELHO

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• Alexandre •

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• Alexandre 

Estava caminhando em direção a saída do Starbucks segurando o meu café matinal, quando me dou com a ilustre presença de uma mulher vestida a vermelho, saindo de uma Ranger Rover branca. Com a cabeça erguida, acompanhei comprimindo meu olhar, franzindo o cenho, ao ouvir a sua voz grave, tive a certeza de que era ela, a mulher que me intrigou no dia anterior. 

Giovanna usava um conjunto social na cor vermelha com um scarpin na mesma cor. Compondo um estilo que retratava a mesma, de personalidade forte e quente. Meus olhos acompanharam o seu corpo até encontrarem seu par de orbes castanho, localizando os meus de maneira curiosa. 

Soltei um pigarro, coçando a garganta e antes que eu pudesse dizer algo, senti o seu cheiro invadindo minhas narinas. E que cheiro delicioso!

— Ora, ora! Não sabia que Vossa Majestade andava no meio de seus súditos.

Demorei alguns segundos para assimilar as suas palavras direcionadas a mim. Quando dirigi o meu olhar ao dela seus lábios formavam um sorriso... Ah, aquele sorriso!

— Não sabia que a marrenta tinha seu senso de humor. — Respondi contendo um sorriso.

— Bom dia! — Ela respondeu me direcionando um sorriso.

— Ahh, a senhorita aprendeu as palavrinhas de bons modos. — Respondi divertido, ganhando um olhar de cumplicidade vindo dela. — Aceita tomar um café?

Perguntei erguendo meu par de orbes aos dela. Giovanna me acompanhou com o olhar penetrante. Fui surpreendido quando ela tomou o copo da minha mão.

— Interessante a sua escolha, mas não é o meu favorito. — Respondeu me devolvendo o recipiente.

Giovanna se virou batendo as madeixas castanhas em meu rosto, me permitindo sentir o seu cheiro. Após a mesma adentrar na cafeteria, me dirigi para o meu carro, colocando o meu café no suporte destinado a ele. Segui rumo a empresa. A maneira como a marrenta me afetava, estava me incomodando, afinal, não estava acostumado com esse tipo de aproximação.

O seu jeito petulante, a maneira que me desafia, consegue me tirar de orbita. Estou acostumado com as pessoas abaixando a cabeça e não me provocando.

Fui retirado dos meus pensamentos, quando aquele cheiro penetrante invadiu a caixa de aço. Era ela. Giovanna. Levantei o meu olhar e lá a estava, outra vez sorrindo.

— Acho que vou ter que contratar um segurança. — Disse quando a porta do elevador se fechou.

— Como? — Ela me perguntou confusa.

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