— Ah, obrigada... — respondi ficando vermelha na hora. Que merda, era só isso o que eu conseguia falar depois de tanto planejar esse momento na minha mente? — E você? Vai batalhar hoje?
Ele estreitou os olhos e sorriu, mas antes que pudesse responder chamaram o nome dele.
— Boa sorte. — sorri.
— É impressão minha ou cê tá afim do Brennuz? — Jota fala com um olhar desconfiado.
— Depende. Você vai me ajudar? — provoco.
Ele ri e assente voltando sua atenção para o meio da roda. A batalha já iria começar. Ia ser Brennuz vs Kroy. Dessa vez quem levou foi o Kroy.
Quando a batalha terminou Brennuz veio até onde estávamos, Jotape cumprimentou ele com um abraço e dois tapinhas nas costas e continuamos a assistir as batalhas.
Quando terminou Jotape me chamou para ir beber com eles. Percebi que Brennuz estava meio cabisbaixo hoje, meio quieto, estão fui para o lado dele tentar puxar assunto.
— Ei, você foi muito bem hoje. — falei esbarrando nele de leve.
— Valeu, ruivinha. Você também. — respondeu sorrindo de canto.
— Você parece estar meio aéreo hoje. Tá tudo bem? — perguntei com receio.
— Hoje? — ele arqueou a sobrancelha com um olhar de provocação. — Você me acompanha é?
— Hmm... um pouquinho. — respondi rindo.
— Olha, temos uma fan aqui. — provocou.
— Ainda to esperando meu autógrafo. — ri.
— Aí pessoal, chegamos. — interrompe Jota.
O lugar parecia ser um pub, fomos entrando e seguimos para uma mesa com outros mc's. Os meninos cumprimentaram eles e Brennuz me apresentou.
— Aí família, essa aqui é a Anne. Tava batalhando lá hoje contra o Jota. — ok, ele falou meu nome certo. Não surta.
— É, batalhou contra mim e perdeu. — Disse Jotape me zoando.
— Ei, mas ganhei um round e to na rima a bem menos tempo que você. — provoquei.
— Quer revanche, maninha? — Jota disse colocando o braço envolta dos meus ombros.
— Só se você estiver preparado, é claro. — falei contendo um sorriso e os outros responderam com um "iiihhh".
Nos sentamos ao redor da mesa e começamos a conversar sobre a batalha.
— Ae ruiva, cê não é daqui não né? — disse Barreto, já meio alterado pela bebida.
— Ah, não. Eu vim do interior do RJ. Me mudei fazem dois dias na verdade, ainda não conheço quase nada por aqui. Vim por conta da faculdade.
— Alá, universitária ela. Tá fazendo o que?
— Artes. Sei que é um ramo meio complicado, mas prefiro arriscar do que ser infeliz em outro ramo.
A conversa fluiu bem. Mas percebi que Brennuz ainda estava meio cabisbaixo bebendo no canto dele. Então puxei assunto novamente.
— Ei, tá tudo bem mesmo?
— Tá sim, só to um pouco cansado hoje. — respondeu.
— Sem energia pra arrastar o Barreto pra casa dele hoje? — felei olhando pro Barreto que estava falando alto e embolado.
Ele riu baixo e se virou para mim.
— E você? Sabe voltar pra casa?
— Sinceramente? Não faço a mínima idéia. — respondi rindo.Ele perguntou onde eu morava e quando eu respondi ele riu.
— Então você é literalmente a minha vizinha. — OI?
— O quê? — perguntei surpresa. — Onde você mora?
— No mesmo prédio na verdade. — respondeu rindo. — Qual seu andar?
— Moro no terceiro andar, número 23.
— É — ele riu com vontade. — Você mora bem na frente da minha porta.
Porra.
— Ah não, você tá brincando comigo né? — falei desconfiada.
— Na verdade não. — ele sorriu. — Podemos voltar juntos hoje. — Ele falou isso justamente na hora em que o Jotape sentou na nossa frente.
— Nossa, já? — falou com os olhos arregalados.
— NÃO. — respondi rapidamente envergonhada. — não desse jeito. — Brennuz riu.
— É que acabamos de descobrir que moramos no mesmo prédio. — respondeu sorrindo.
Jotape franziu a testa sorrindo, deu de ombros e tomou um gole da cerveja.
Passamos o resto da noite zoando e fomos embora já eram quase 4 horas da manhã.
Eu e Brennuz rachamos um uber e fomos para o prédio conversando, até chegarmos na minha porta.— Eu até te convidaria para entrar, mas meu apartamento ainda está uma bagunça. — disse meio sem jeito sem querer parecer que estava com segundas intenções.
— Relaxa. Pode me passar seu número? — perguntou ele.
— Ah posso sim. — respondi e coloquei meu número no celular dele.
— Foi legal de conhecer "Anny". — disse ele enquanto recuava para sua porta, falando meu nome com ênfase no "Y" para provocar.
— Até mais, "Bruno". — falei respondendo a provocação. Ele sorriu indo abrir a porta do apartamento dele e eu entrei no meu, fechei a porta e respirei fundo.
Não acredito que isso está mesmo acontecendo.
*
*
*
Notas da autora:Eai gente. O que estão achando? Admito que fico um pouco perdida em fazer as falas dos personagens pois tenho ser o mais fiél possível a personalidade deles, então qualquer sugestão é bem vinda.
Essa história se passa bem na atualidade mesmo, então vão haver muitas referências aos storys dos mc's, principalmente do Brennuz.
Espero que estejam gostando.
Bjuss
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Tudo Por Você.
FanficAnne morava no interior do Rio de Janeiro, até que desenvolveu uma obsessão por um Mc que conheceu através das batalhas de rima, nas quais ela nunca nem sequer presenciou de verdade. No entanto, essa obsessão se tornou maior do que ela, fazendo com...