Capítulo III

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No dia seguinte, Manoel se levantou primeiro, não conseguia dormir, traumatizado com outros dois hóspedes mortos se decompondo na piscina.

A noite, foi tomar água e olhou em direção ao quarto de seu irmão, Matis estava acordado aquela hora, sua cara esboçava trauma, seus olhos abertos, seu rosto estava pálido, o mais novo não conseguia ver as pessoas daquele jeito pelo seu passado, ele tinha apenas 21 anos, não merecia ver o que acabará de acontecer.

Manoel chegou perto de Matis e o abraçou, não falaram uma palavra sequer, somente ficaram ali, quietos, sem nenhum movimento, sem perceberem, acabaram dormindo ali mesmo.

Estava fazendo o café da manhã pensando no vídeo da câmera que receberam, não sabia como reagir, nunca viram algo assim em sua carreira, normalmente, era só uma assombração, uma pessoa possuída, nada demais.

Ao terminar de preparar a única refeição que sabia fazer, pão com presunto e queijo e frutas picadas para seu irmão, só isso que sabia fazer, nem um cafezinho Matis o ensinou, já que tinha medo dele queimar a cozinha.

Foi para a mesa comer, tinha medo do dia pois iriam conversar com mais gente a respeito de tudo, além que teria hóspedes e funcionários perguntando sobre os assassinos.

Mal percebeu seu irmão chegando por trás, sentou-se na cadeira e ficou quieto, Manoel empurrou o pote de frutas para ele, comiam silenciosamente, não sabiam o que comentar.

Após terminarem, foram para seus quartos se arrumarem para conversarem com uma família, Matis estava tenso, e se eles forem a próxima vítima? Perguntas como está rodavam em sua cabeça, mas o que não sabia era que estava correto.

Um tempo depois, eles já estavam no 2⁰ andar, apartamento 11, era residido por Vanessa, Pedro, Helena e Felipe, respectivamente tinham 38, 39, 15 e 5 anos.

Uma família descontraída e feliz, ajudavam André a ir no mercado e conversavam bastante com Cleber, já que ele levava o mais novo no parquinho ou na piscina do hotel.

Estavam em direção a porta e Matis o perguntou o que falariam, já que o casal era bem próximo das vítimas, além de que tinham dois filhos, deveriam estar assustados com a ideia de serem os próximos.

Manoel o acalmou e disse que se estivessem assustados, deveriam os acalmar e deixa-los despreocupados.

Ao baterem na porta, não foram atendidos, bateram novamente, mas não houve resposta, os dois começaram a sair quando se depararam com uma menina, de altura média, cabelos médios de coloração avermelhada (provavelmente foi pintado), olhos castanhos e pele parda.

- Bom dia! Vocês devem ser os detetives né? Queriam conversar com meus pais?- questionou a menina.
- Você que é a Helena não é?- perguntou o mais velho- Bom, sim, mas seus pais não atendem, poderia abrir, só queríamos fazer algumas perguntas!
- Ah! Claro! Estou com as chaves, ignore o meu irmão se ele estiver correndo para lá e pra cá.- enquanto se pronunciava, abria a porta.

Helena entrou no apartamento, seu irmão não estava na sala, nem seus pais, ela os levou até o sofá e foi procurar seus pais.

Os irmãos estavam sentados, aparece um menininho de cabelos enrolados médios preto, estava preso em um coque, que provavelmente sua mãe o fez, olhos castanhos e pele morena.

Matis o chama, já sabia seu nome, mas perguntou mesmo assim, estava tudo silencioso quando escutaram um grito agudo e alto, Manoel foi correndo para o lugar onde Helena gritava.

Chegou em um quarto verde, com a janela aberta com a luz entrando no ambiente, no chão de madeira havia sangue, ele se aproximou da cama de casal e se deparou com dois corpos ali, ensanguentado, com o ventilador de teto encima dos falecidos.

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⏰ Última atualização: Oct 02, 2023 ⏰

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