Capítulo I

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Manoel estava em seu quarto vendo as contas que precisava pagar, enquanto Matis estava fora no mercado para o almoço.

A dupla de irmãos começaram a resolver casos sobrenaturais e ajudava a polícia, primeiro, começaram a serem conhecidos no Acre, depois subiram sua popularidade na região norte.

Matis chegou o chamando para almoçar, ele se levantou e foi em direção a cozinha, seu irmão havia comprado marmita, o que fez ele estranhar, sempre cozinha, então, Manoel foi perguntar a ele o que estava acontecendo de diferente.

- Porque você não vai cozinhar hoje? Aconteceu algo?
- Recebi um chamado lá no Cruzeiro do Sul, vamos em um hotel, parece que está assombrado.
- Que legal! Quem te ligou, funcionário, hóspede?
- O dono que ligou, ele disse que um homem se matou, daí ele foi ver as câmeras e ele tava falando umas coisas estranhas, como se tivesse... Possuído!
- Ele te disse quando é para ir?
- Amanhã, às 14:00h, temos que nos apresar, por isso que eu comprei a marmita.
- Eu vou me arrumar então.
- E a comida?
- Eu como enquanto me arrumo.

Manoel foi para seu quarto e Matis foi colocar a comida no prato, enquanto pensava o qual idiota seu irmão era a ponto de nem se alimentar direito. Depois de comer, ele foi para o quarto, arrumou suas malas e foi ver se seu irmão tinha comido.

- Vai comer agora, se não, você vai ficar aqui, você está me entendendo?- Exclamou com o tom bravo.
- Estou indo já!- Manoel respondeu rapidamente.

Manoel concordou com ele e foi comer, jamais iria desobedecer seu irmão, mesmo sendo adotado e sendo o menor por 5 anos, Matis quando ficava bravo ou irritado, só Deus o parava.

Quando deu umas 22:00h, os dois foram para o carro, Matis arrumou as malas, entrou no carro e procurou a localização do hotel, e Manoel ligava o carro e começou a dirigir na estrada.

- O hotel de chama Tupi-guarani, fica mais ao oeste da cidade Cruzeiro do Sul, tem a distância de 631km, chegaremos amanhã, são 11h de viagem, chegaremos lá aproximadamente às...9:00.
- Porque que nesse estado tudo é longe em?
- Fazer o que né, é tudo mato, tá querendo demais!

Os dois continuaram conversando, passaram a noite inteira na estrada escura, fizeram duas paradas só para esticarem as pernas.

Chegaram na cidade umas 9:30h, passaram no supermercado para comprar a comida para irem no hotel, passaram pela cidade para conhecê-la melhor.

Quando bateu 13:50h, eles foram para o hotel, aparentemente ele era amarelo com 12 andares, entrando lá, foram recepcionados pelo dono.

- Que bom que tiveram tempo de virem, meu nome é Antônio, vamos até a sala de câmeras para mostrá-los!- Pronunciou o dono se dirigindo até o local.
- Bom senhor Antônio, você comentou sobre um homem, poderia ir explicando até lá?- Perguntou Manoel.
- Claro senhor...
- Manoel, este é o meu irmão, Matis.
- Qual de vocês que me atendeu?
- Eu!- Respondeu Matis- O senhor disse sobre o homem, disse que estava possuído, poderia falar sobre?- Disse voltando ao assunto inicial, já que percebeu que se deixasse, acabariam se distraindo muito.
- Ah! Claro! O homem se chamava Cleber, tinha 37 anos, morava no andar 12⁰,quarto 58⁰, pelas câmeras ele falava um tipo de língua estranha, olhando para frente aterrorizado, começou a tremer e depois se jogou da janela do corredor, foi aterrorizante!
- O que será que ele tinha?- Perguntou Manoel para Matis.
- Não sei, mas ele disse que ele estava olhando para frente aterrorizado, provavelmente viu algo!
- Certamente!
- Entre, é nessa sala!- Pronunciou Antônio entrando na sala e colocando o vídeo.

Os dois irmãos olharam para o vídeo, e realmente, era como o dono falou, mas Matis percebeu algo de estranho.

- Espera um pouco... Volta rapidinho... Ele tá falando na língua indígena que eu falava!
- Oi? Fala isso direito.- Disse Manoel.
- Ele tava falando " Saia de perto de mim... Eu não quero morrer... Por favor..." E depois ele parou e se tacou.
- Que estranho! Parece que ele tava conversando com algo, aconteceu alguma coisa antes de construir o hotel Antônio?
- Bom, antigamente uma tribo ficava aqui, mas com o passar do tempo, algumas pessoas começaram a vir e construir a cidade, pelo que parece, aqui era tipo de um cemitério.
- Bom, meu pai disse que meu bisavô teve que se mudar junto a tribo para outro lugar, porque havia outros invadindo o território e mataram uns 3 índios, incluindo o irmão do meu bisavô, deve ter sido isso!
- Deve ser isso mesmo, a coisa que ele deve ter visto pode ser um espírito de algum índio que morreu, e ... Cadê o Antônio?
- Estou aqui, estava vendo algum quarto para vocês ficarem, tem um no 11⁰ andar, número 52⁰, aqui as chaves, podem ficar aqui o tanto que precisarem!- Respondeu entregando as chaves.
- Mande para nós o vídeo por favor, já vamos arrumar nossas coisas e começar a trabalhar!- Disse Matis.

Antônio foi enviar o vídeo e os irmãos foram levar as coisas do carro para o apartamento, lá tinha uma cozinha pequena com um balcão que cabia duas pessoas, ligava com uma sala pequena com um sofá pequeno bege, um banheiro e dois quartos pequenos também, com um armário e uma cama de solteiro.

Matis entrou e foi direto para a cozinha guardar as coisas na geladeira e nos armários, Manoel entrou logo em seguida, e observando o desespero de seu irmão em guardar as comidas, pegou as malas dos dois e foi nós guardas roupas dos dois quartos guardas as roupas.

   - Vamos começar a ver isso amanhã, conversamos com alguns moradores, você sabe quantos tem Manoel?- Matis perguntou indo até o quarto que seu irmão estava.
   - Primeiro, este vai ser seu quarto porque eu que decidi- Matis o olhou com desprezo, acabara de perceber que era o menor quarto - E em segundo, eu pedi a lista de moradores para o Antônio, tem 60 quartos, um nós estamos e outro era do homem, tem uns 67 moradores, e alguns deles são os próprios funcionários daqui.
   - Ok, eu vou dormir um pouco, estou cansado de ficar no carro por muito tempo.- Matis pronunciou indo em direção a sua cama- Tem comida na geladeira, se quiser, fiz alguns sanduíches para tarde.

Manoel concordou e saiu do quarto fechando a porta, iria comer e se deitar um pouco, amanhã seria um dia um pouco trabalhoso, perguntariam para moradores sobre o acontecimento e pensariam um pouco mais.

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